
Arquivo diários:9 de fevereiro de 2025
DEU NO JORNAL

MAURÍCIO ASSUERO - PARE, OLHE E ESCUTE

CONSULTA AO CHATGPT
Eu vi um vídeo no tiktok que me chamou a atenção. Minha formação acadêmica me impulsiona a não acreditar em tudo que ouço. Estudei muito, tenho uma formação em Ciências Exatas e por essa razão aprendi a buscar argumentos para provar ou para refutar determinadas assertivas. Oriento meus alunos a seguir dessa forma. Não adianta o aluno escrever uma tese ou dissertação alegando fatos ditos por outros ou fatos que ele não conseguiu demonstrar.
Nesse sentido, vendo a pesquisa que uma pessoa fez ao chatgpt, acabei de fazer a mesma coisa e vou transcrever na íntegra pergunta e resposta:
CITE 5 REGIMES DE GOVERNO QUE ALEGARAM QUE “QUANDO VOCÊ DESACREDITA UM INSTRUMENTO PÚBLICO ESTÁ COMETENDO UM CRIME”.
RESPOSTA:
Diferentes regimes de governo ao longo da história adotaram leis que criminalizam a descredibilização de instrumentos públicos, como documentos oficiais, instituições governamentais ou processos eleitorais. Aqui estão cinco exemplos:
1. Brasil (Atualidade – Código Penal): O artigo 296 do Código Penal Brasileiro criminaliza a falsificação e uso indevido de documentos públicos. Além disso, a Lei de Segurança Nacional (revogada em 2021 e substituída por crimes contra o Estado Democrático de Direito) previa punição para quem espalhasse fake news que atentassem contra a segurança do Estado ou a credibilidade das eleições.
2. Alemanha Nazista (1933-1945): Sob Adolf Hitler, desacreditar instituições do governo era considerado crime de “traição ao Reich” (Hochverrat), com punições severas, incluindo prisão e execução. A propaganda nazista reforçava que questionar decisões do Estado era uma ameaça à ordem pública.
3. União Soviética (1917-1991): Durante o governo de Josef Stalin e seus sucessores, criticar o governo ou desacreditar instituições do Estado era considerado crime de “propaganda antisoviética” (artigo 58 do Código Penal Soviético), levando a prisões, exílio ou até execuções.
4. China (atualidade – Partido Comunista Chinês): A China tem leis rígidas contra a disseminação de “rumores” que prejudiquem a credibilidade do governo. A Lei de Segurança Nacional de Hong Kong, por exemplo, pune quem desacredita o governo ou espalha informações que possam enfraquecer a autoridade estatal.
5. França (Revolução Francesa – 1793, Período do Terror): Durante o governo de Robespierre, desacreditar o governo revolucionário ou seus decretos era considerado traição. A Lei dos Suspeitos (1793) permitia prender qualquer um que criticasse ou questionasse a autoridade da Convenção Nacional.
Esses exemplos mostram como governos de diferentes ideologias usaram leis para proteger a credibilidade de suas instituições, muitas vezes punindo severamente quem as questionasse.
A consulta está aberta a qualquer um que faça uso do chatgpt. O resultado do vídeo que vi, quem disse isso foi Fernando Haddad e o vídeo coloca o Brasil do governo militar, no entanto, eu fiquei deveras chocado com as companhias que temos. No fundo, o Brasil de hoje, com esse pensamento dito inicialmente pela reporte Eliane Castanhede, é um protótipo republiqueta. Tornou-se menor do que era, mas as pessoas não estão preocupadas com isso.
Recentemente, surgiu um rumor intenso com a atuação da USAID que, segundo se comenta, protagonizou um cenário de horror mundo afora defendendo interesses do pensamento esquerdista e, pior, passando a imagem de que estavam trabalhando em benefício dos direitos humanos. O que se comenta é que a atuação dessa agência mudou o cenário político do Brasil. Eu tenho dúvidas, porque embora tenha tido um governo democrata, que é mais ligado à esquerda, eu não consigo ver o socialismo forte num país de um tom tão capitalista como os Estados Unidos. Nesse sentido, vou aguardar o desenrolar dos fatos para que entenda e faça um julgamento mais crítico sobre tais fatos.
Acho uma aberração qualquer pessoa defender um pensamento tão desprezível quanto esse. Parece que o governo é onisciente. Sabe tudo e não erra nada, no entanto, a coleção de fracassos que temos vistos está levando a economia do Brasil para um buraco negro (estou usando a teoria de relatividade de Einstein e não o pensamento pobre da ministra que disse que isso era uma expressão racista).
Eu até me choquei quando vi um vídeo do presidente dizendo uma coisa que sempre falo publicamente (basta consultar meus textos no facebook): para construir se leva anos e para destruir basta um minuto. Ele disse algo assim: para construir se leva anos, mas para destruir basta eleger um aloprado. Foi isso que foi feito com a eleição dele. E dia a dia o país está sendo destruído num déficit gigantesco que daqui a cem anos, não se pagará.
DEU NO X

PULANDO DO BARCO
Acabou, Lula. pic.twitter.com/menBa4Rk1P
— Claudio Dantas (@claudioedantas) February 8, 2025
JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

CALDO DE CANA COM PASTEL
Moenda
O calor abrasador se aproxima dos 40 graus. As sombras das árvores não têm muita serventia. Mas, ainda é na sombra, que transeuntes minimizam os efeitos do calor que se torna insuportável.
E a danada da chuva que não vem. Mas continuam as rezas para São José, o Padroeiro do Estado.
Fortaleza, capital do Ceará. Exatamente 10 horas e o sol continuava inclemente. Apressados, passantes procuram as sombras das árvores nas praças. A preferida é a Praça General Tibúrcio, local onde antes funcionou a sede da Prefeitura Municipal de Fortaleza, e naquele mesmo período, a sede da Secretaria de Segurança do Estado.
Ali naquele logradouro aconchegante, o calor é amenizado com ares de oásis e fica melhor ainda se você sentar numa cadeira de um Engraxate para mandar dar um brilho nos sapatos. Se você estiver muito cansado, é capaz de dormir, tamanho é o frescor da brisa que sopra.
Mas, o calor fortalezense também pode ser amenizado em outras duas praças, próximas uma da outra. A conhecida Praça dos Leões com vários acessos para a Rua Sena Madureira e bem próxima do antigo Mercado Central, e a mais conhecida, mas não tão bem arborizada, Praça do Ferreira.
Mas, ainda que sem a necessária arborização, era na Praça do Ferreira que ficava a pastelaria Miscelânea, hoje Leão do Sul, onde é servido o melhor e mais concorrido caldo de cana com o mais gostoso pastel com diferentes recheios.
Caldo de cana caiana
Próximo dali, na esquina da Rua Perboyre e Silva com Rua Floriano Peixoto, ficava o antigo Café Cearazinho, onde o café fazia ameaçadora concorrência para a Miscelânea – essa atravessou o século XX no auge do prestígio.
– Seu Zé, me dá dois pastel e um caldo!
– Cadê as fichas?
– Taqui!
– Pastel de que?
– Um de queijo e o outro de carne!
Pastel de carne e queijo (misto)
Bem distante dali, viajamos horas de avião, ou dias de ônibus, e chegamos a São Paulo. Antigamente, desembarcávamos na Estação da Luz, onde também funcionava o Terminal Rodoviário.
Agora, viajantes por via terrestre (ônibus) embarcam e desembarcam no Terminal do Tietê. São Paulo mudou pouco, se não levarmos em consideração a violência urbana. Quase tudo que existia no Centro da capital, ainda existe hoje. Pouco ou quase nada foi acrescentado.
Distante do Centro, chegamos numa manhã dominical à Feira Livre do bairro Limão, uma das mais concorridas de antigamente, que manteve algumas tradições. Como bares e restaurantes vendendo galetos e um excelente cupim bovino assado na roldana. Uma maravilha. O petisco, servido com pão de queijo e uma cerveja Caracu gelada, não tem concorrência.
Mas, é na feira livre que encontramos a novidade não tão nova assim. Caldo de cana com limão sem semente (para evitar amargar), ambos passados na moenda. Acompanhado de pastel com vários recheios preparados pelos “chinas”. Outra maravilha da vida. Irresistível!
Faz parte da nossa vida cultural e dos nossos hábitos cotidianos, não dar muita atenção à higiene do que se come fora de casa. Assim, o pastel frito na hora é aceito e comido de qualquer jeito. Nunca se soube se a massa ou o queijo estão com validades garantidas.
– O que tem nesse pastel, “china”? (na maioria das vezes o atendente é nordestino e nem se incomoda muito com a nova “naturalidade”)
– Carne de boi e azeitona!
Come-se o pastel até o fim e a azeitona não é encontrada. Da mesma forma, o pastel com recheio de camarão.
– “China” cadê o camarão desse pastel?
– Tu queres um quilo de camarão num pastel desses, é?
E assim, como diálogos desse nível, ainda se come o melhor pastel de São Paulo, acompanhado de um caldo de cana moído com limão.
DEU NO JORNAL

CORAGEM DE DISCORDAR
O presidente da Câmara, Hugo Motta (União-PB), é o primeiro chefe de Poder com a coragem de discordar da versão histérica de “golpe” no 8 de janeiro.
Para ele, não eram golpistas, eram só “vândalos e baderneiros”.
E ainda criticou as penas excessivas do STF: “Há um desequilíbrio”.
* * *
Boa notícia pra começar o domingo.
Uma cutucada de bom tamanho.
O jovem paraibano mostrou desassombro.
Tomara que continue assim.
WELLINGTON VICENTE - GLOSAS AO VENTO

MINHA MÃE.
Este colunista, mamãe e meu irmão Wélio César
Minha mãe, faz sete dias
Que estás na Mansão divina.
Foste pra nós amorosa,
Uma exemplar heroína
Pra merecer o troféu,
Chegar na porta do Céu
E dizer: – Sou Enedina!
E eu que trouxe esta sina
De ser como os Bandeirantes,
Desbravando novas terras
Em lugares tão distantes,
Me sinto um abençoado
De poder tá ao teu lado
Nos derradeiros instantes.
Todos somos caminhantes
Em busca da salvação
E nós de ti recebemos
A correta educação
E em tua companhia
Honramos a cada dia
A nossa religião.
Hoje estás na Amplidão
Unida aos nossos avós,
Ficamos aqui na Terra
Mas não nos sentimos sós
Pois sei que a cada dia
Rogas à Virgem Maria
Proteção a todos nós.
DEU NO X

COLAR DE MILIONÁRIO
Não ostente pic.twitter.com/WYWhTHtNvr
— Maria Eva pocharski 🇧🇷🇧🇷🇧🇷😎2️⃣2️⃣ (@eva_pocharski) February 7, 2025
FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

POR UMA EFETIVA CSDN
Creio firmemente que estamos atravessando uma conjuntura histórica brasileira recheada de inúmeros fatores amplamente predatórios para a nossa futuridade como nação soberana. Urge a implantação de uma CSDN – Campanha Sistemática de Desmediocrização Nacional. Enumero, abaixo, alguns dos sinais mais evidentes destes primeiros dias do ano:
a. A analfabetização professional crescente em quase todos setores públicos e privados, a grande maioria abandonando um mínimo de criticidade, sempre se respaldando nos recursos da computação eletrônicas de dados, se olvidando, por ignorância ou conivência cretinas, de uma famosa advertência do saudoso economista nordestino Celso Furtado, quando dirigia a SUDENE, no Recife: “O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Mas será que o triângulo é realmente retângulo?” E ele ainda sempre complementava seus despachos e papos com funcionários reproduzindo uma frase do notável economista sueco Gunnar Myrdal: “O pior subdesenvolvimento é o mental”. Uma realidade que se configura cada vez mais, numa época de muitos avanços tecnológicos e quase nulo desenvolvimento social crítico-construtivo, haja visto alguns irracionais mandantes, eleitos nas últimas eleições do planeta por um eleitorado manada.
b. O crescimento do uso e da comercialização de drogas, provocando até o transporte da droga por aviões militares, além de um pronunciamento presidencial latinoamericano, proclamando que cocaína faz menos mal que whiskey. Um pronunciamento feito sem tirar a cela, os arreios e as ferraduras.
c. Crescimento das exibições bundalátricas e peitáticas nos eventos televisivos mais assistidos pela patuléia alienada, induzindo práticas exclusivamente enfiantes, em detrimento das efetivas demonstrações de afeto amoroso.
d. Uma crescente desleiturização física de textos humanísticos estruturadores, favorecendo a multiplicação de gigantescas manadas pelos quatro cantos do país, potencializando um fundamentalismo religioso somente arrecadador, usufruído por gente radicalmente desligada de uma espiritualidade mínima libertadora.
e. Uma cretiníssima polarização bipartidária – os de lá e os de cá – manipulada por lideranças políticas que apenas buscam o mando, pouco se lixando para o bem-estar do todo brasileiro.
f. A bostalização dos eventos televisivos, com as mínimas exceções que favorecem apenas poucos assistentes, exibidas geralmente em altas horas da noite.
g. Um cada vez mais precariamente estratégicos ministérios da Educação e da Cultura – que deveriam estar bastante integrados – com iniciativas distanciadas quilômetros das principais metodologias educacionais e culturas usadas na China e no Japão, essencialmente voltadas para o desenvolvimento de um pensar radicalmente evolucionário e empreendedor, sempre sementeiro.
h. Uma urbanização caótica das principais capitais brasileiras, submetidas a enchentes vergonhosas nos últimos tempos, multiplicando o número de seres humanos que dormem ao relento ´todas as noites.
i. A adultização precoce de crianças e adolescentes, aviltando fases de vida amplamente indispensáveis para uma boa formação cidadã.
j. Um agigantamento apenas burocrático dos Conselhos Profissionais, possibilitando uma gradativa desfiscalização dos níveis de excelência dos serviços prestados pelas diversas graduações de nível superior.
k. Um crescente negativismo geral, onde até mandatários messiânicos estão recomendando deixar de adquirir produtos alimentícios caros, como se a população em geral fosse obrigada a se alimentar de fins de feira e outros cacarecos fora da validação.
No mais, é seguir enriquecendo mentes e corações pela emersão de uma sólida CSE – Cidadanização Solidária Evolucionária, ensejando existências sem ufanismos infantilizados, manifestações grotescas, promessas eleitoreiras, consumismos discriminatórios e outras cafajestadas típicas de um SCSE – Sistema Capitalista Sem Ética, de consequências autodestrutivas, onde todos, os com e os sem dinheiro, terminarão suas existências de modos nada desagradáveis, olvidando-se de uma reflexão inesquecível de Rubem Alves, um pensante docente brasileiro inesquecível, da Universidade de Campinas: “O que faz o mundo humano não são as coisas, são as relações.”.
PENINHA - DICA MUSICAL
