2025 vai ser muito pior.
É o preço do AMOR🫶🏼 pic.twitter.com/jpUJpWF7f9— Karly🇧🇷 (@karenllyandra) November 30, 2024

2025 vai ser muito pior.
É o preço do AMOR🫶🏼 pic.twitter.com/jpUJpWF7f9— Karly🇧🇷 (@karenllyandra) November 30, 2024
Hoje vamos fazer uma viagem de volta ao tempo. A mim, essa prosa satisfaz. Acaricia, tal qual a audição de um “desafio” entre repentistas violeiros do Nordeste. É, finalmente, uma massagem no ego.
Você, mineiro ou não, gosta de comer “tutu” com todos aqueles ingredientes que acompanham?
E, aquela paçoca feita com carne seca ou charque, você já comeu e gostou?
Aquela farofa com torresmos pequenos para acompanhar qualquer bem-servida feijoada, você dispensa?
Mas, com certeza, quando era criança você nunca dispensou o “pirão de parida” que sua mãe comia no “resguardo” de mais um brugüelo!
Pois, saiba que, nada disso existiria sem a “farinha”.
Viajemos!
A maniva é o começo de tudo
O agricultor que provém a farofa, começa tudo pelo preparo da maniva. A maniva, para quem não sabe, é parte de uma haste (galho) do pé de mandioca. Cortada em vários pedaços, a haste vira maniva. Semeada em “covas” especiais – com o cuidado de ficar com o “olho” (broto) voltado para a luz solar – a maniva vai renascer num prazo máximo de 90/120 dias, mas o tubérculo estará pronto, completamente, num período de oito ou nove meses.
Nos dias atuais, a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) faz pesquisas intensas na procura de resultados que viabilizem um prazo menor, sem perder a qualidade do tubérculo – há pesquisas, também feitas pela instituição, quanto ao benefício e melhoramento a partir de irrigação do terreno.
Pois, colhido o tubérculo da mandioca, esse é transportado para a “Casa de Farinha”, onde existe toda uma estrutura para a “farinhada”. Começa pela limpeza (tirada da casca) da mandioca, que ainda é feita na maioria das “Casas de Farinha” por um processo manual antigo.
Mandioca sendo ralada no caititu
Retirada a casca, a mandioca é lavada e preparada para ser ralada no caititu – um equipamento muito antigo.
Quando a energia elétrica ainda não chegara nesses interiores dos municípios brasileiros, principalmente nas Casas de Farinha, o caititu era impulsionado pela “bolandeira”. A bolandeira (e ainda é em alguns lugares) é um equipamento “tocado” por um boi – andando em círculo, e, às vezes, “tangido” por um chicote ou apenas pelo barulho feito pelo “estalar” desse chicote.
Feita a ralação (também conhecida por “cevagem” em alguns lugares) a mandioca, agora transformada em massa, é colocada em sacos e levada para a prensagem – onde a massa da farinha é separada da goma (amido), ainda em estado líquido.
Concluída a prensagem e separada a massa da farinha da goma (amido), a massa é levada para ser peneirada, operação que retira pedaços inconvenientes que podem desqualificar a farinha.
A última etapa dessa “fabricação” de vários tipos e qualidades de farinha, é a torrefação. Feita na maioria das vezes e lugares pelo processo artesanal antigo, a farinha recebe “a cereja do bolo” sendo manuseada no forno por alguém com comprovada capacidade e experiência.
Massa de mandioca em estágio de prensagem
Esse “profissional” atua como um verdadeiro “Chef”, e cuida da quantidade adequada da lenha (madeira) queimando para aquecer o forno, também de formato artesanal e antigo – mas, no Maranhão, a farinha denominada de “farinha de puba”, conhecida como “farinha d´água” em outros lugares, já é “torrada” em tachos especialmente fabricados (sob encomendas) para esse fim.
A “farinha de puba” ou “farinha d´água” não passa pelo caititu nem pela prensagem. Ainda com a mandioca com casca é colocada em igarapés ou açudes de pequeno porte, onde permanece por alguns dias até “ficar no ponto” de ser retirada para o preparo dos processos seguintes.
Ao fundo o forno e o equipamento usado para mexer a farinha
Após alguns dias, com toda a mandioca daquela safra transformada em farinha, uma verdadeira festa é organizada, recebendo o nome de “farinhada”.
O pagamento dos trabalhadores é realizado e carícias são feitas com alguns litros de farinha sendo distribuídos, além de almoço composto por bodes, carneiros e até bois abatidos – além, claro, dos tradicionais beijus feitos com a massa da farinha.
Beijus feitos com a massa da farinha
Açougueiro afirma que nunca viu na vida dele os preços tão altos como agora no Governo Lula pic.twitter.com/5Tx8T5x9F3
— Alex Moretti (@Alexmorettibr) November 30, 2024
O governo Lula (PT) torrou mais de R$ 150 milhões apenas entre os dias 8 e 28 de novembro, segundo dados do Portal da Transparência, no qual é por lei obrigado a informar despesas.
Em 2024, a administração petista gastou mais de R$ 1,65 bilhão com passagens aéreas e especialmente as diárias pagas aos funcionários deslocados.
Diárias custaram mais de R$ 1,03 bilhão aos pagadores de impostos brasileiros este ano, enquanto as passagens, quase todas aéreas, custaram outros R$ 605,4 milhões.
O valor com diárias pagas a funcionários de Lula em 2024 já supera todos os gastos com viagens em todo o ano de 2021 (R$ 790 milhões).
O ano não acabou, mas 2024 já é o segundo ano com as maiores despesas do governo federal na História, só perde para… 2023.
Em 2023, o governo Lula bateu todos os recordes de gastos com viagens e diárias: R$ 2,3 bilhões.
* * *
Quem voou muito foi a minha cabeça quando li estes números.
Milhões, bilhoes, ões, ões e ões…
Chega fiquei zonzo.
E fomos nós, os pagadores de impostos, que cobrimos toda essa safadeza aérea.
É pra arrombar a tabaca de Xolinha!!!
A cachorra Xolinha, mascote do JBF, de tabaca arrombada com a gastança avuadora do gunverno lulo-petralha
Duas das atividades que mais o atraiam eram o petróleo e a indústria siderúrgica, sem deixar, porém, a literatura. Por essa época escreveu Mr. Slang e o Brasil (1927), As Aventuras de Hans Staden (1927), Aventuras do Príncipe (1928), O Gato Félix (1928), A Cara de Coruja (1928), O Circo de Escavalinho (1929) e A Pena de Papagaio (1930). Muitos destes títulos foram reunidos e publicados em um único volume: Reinações de Narizinho (1931). Em 1928 visitou a Ford e a General Motores, em Detroit e organizou uma siderúrgica brasileira. Para isso, jogou na Bolsa de Valores de Nova Iorque e perdeu tudo com o estouro da Grande Depressão, a crise de 1929. Para cobrir o rombo, teve que vender as ações da Companhia Editora Nacional, em 1930.
De volta à São Paulo, em 1931, passou a defender o “tripé” para o progresso brasileiro: ferro, petróleo e estradas para escoar a produção. Aderiu com entusiasmo à campanha presidencial de Júlio Prestes, que no governo de São Paulo realizara explorações de petróleo. “Sua política na presidência significará o que de mais precisa o Brasil: continuidade administrativa!”. Mas a “Revolução de 1930”, i.é, o golpe de estado em 3 de outubro, liderado por Getúlio Vargas, com o objetivo derrubar o governo de Washington Luís e impedir a posse de Júlio Prestes, dá início ao seu infortúnio na área política.
Em 1931, fundou a Companhia Petróleos do Brasil e iniciou uma campanha para convencer a população e os governantes da existência de petróleo no país e necessidade de explorá-lo. Criou as empresas: Companhia Petróleo Nacional, Companhia Petrolífera Brasileira, Companhia de Petróleo Cruzeiro do Sul, e a maior de todas, em 1938: Companhia Mato-grossense de Petróleo, Assim, contrariou os interesses de muitos políticos brasileiros e de grandes empresas estrangeiras. Enquanto isso, prevalecia a política oficial do governo em negar a existência de petróleo no Brasil. A partir daí passou a enviar cartas ao presidente Vargas demonstrando o contrário, baseado em sólidas informações. Em 1940, em plena ditadura, ele reitera numa das cartas suas denúncias e acusa o Conselho Nacional do Petróleo de agir a favor dos “interesses do imperialismo perpetuando a nossa situação de colônia americana”. Na ocasião, enviou carta ao general Góis Monteiro, reiterando a “displicência do sr. Presidente da República, em face da questão do petróleo no Brasil, permitindo que o Conselho Nacional do Petróleo retarde a criação da grande indústria petroleira em nosso país”.
Bater de frente com o presidente da República e com o chefe do Estado-Maior do Exército em tempos ditatoriais, agravou sua situação política. Manteve por alguns anos dedicação à campanha do petróleo, enquanto se mantinha com edição livros traduzidos. Em 1936 ingressou na Academia Paulista de Letras e apresentou um dossiê O Escândalo do Petróleo, no qual acusava o governo de “não perfurar e não deixar que se perfure”. O livro esgotou várias edições em menos de um mês. Aturdido, o governo de Getúlio proibiu o livro e mandou recolher as edições. Vargas tentou conseguir sua adesão ao governo, convidando-o dirigir o Ministério da Propaganda, mas ele recusou.
Noutra carta ao presidente, fez severas críticas à política de minérios. O teor da carta foi considerado subversivo e desrespeitoso, fazendo com que fosse detido e condenado a 6 meses de prisão, de março a junho de 1941. Um grupo de intelectuais conseguiu um indulto do governo e a pena foi reduzida para 3 meses. Mas ele continuou fazendo oposição ao governo e denunciando as torturas praticadas pela polícia do Estado Novo. Em 1943 Caio Prado Jr. fundou a Editora Brasiliense e negociou com ele a publicação de suas obras completas. Em seguida recusou a indicação para a ABL-Academia Brasileira de Letras. Um título que ele tentou conquistar anos antes, mas foi preterido pelos acadêmicos da época.
Em 1945 participou do I Primeiro Congresso Brasileiro de Escritores, realizado, em São Paulo, organizado pela ABDE-Associação Brasileira de Escritores. O evento foi consagrado pela historiografia como um movimento da intelectualidade brasileira em favor da democracia, em franca oposição ao Estado Novo. A partir daí suas empresas foram liquidadas, enquanto na Itália se publicava Nasino, a edição italiana de Narizinho e aqui a obra foi transformada em radionovela para crianças pela Radio Globo. Seu último cargo público foi diretor do Instituto Cultural Brasil-URSS, mas logo foi obrigado a se afastar para ser operado às pressas de um cisto no pulmão. Em 1946 mudou-se para Buenos Aires. Mas, antes tornou-se sócio da Editora Brasiliense, que preparava as Obras Completas já traduzidas para o espanhol e editadas na Argentina. Não se ambientou ao clima porteño e retornou ao Brasil em 1947. Aos jornalistas que o aguardava no aeroporto, chamou o governo Eurico Gaspar Dutra de “Estado Novíssimo, no qual a constituição seria pendurada num ganchinho no quarto dos badulaques”. Em seu último livro – Zé Brasil – publicado pela Editorial Vitória, reelaborou seu personagem Jeca Tatu, transformando-o num trabalhador sem terra e esmagado pelo latifúndio.
Seu último gesto político se deu em 18/6/1947, após a cassação do Partido Comunista. Escreveu A Parábola do Rei Vesgo para um comício de protesto no Vale do Anhangabaú. O texto, narrando seu desencanto com a democracia restritiva do general Dutra, foi lido e aclamado pela multidão. Em abril de 1948 sofreu um espasmo vascular que afetou sua motricidade. Mesmo assim publicou mais 2 folhetos na revista Fundamentos: De Quem É o Petróleo na Bahia e Georgismo e Comunismo. Em 2/7/1948 deu sua última entrevista na Radio Record, à disposição na Internet, e sofreu o segundo espasmo, vindo a faleceu em 4/7/1948, aos 66 anos.
As homenagens pós morte foram muitas com seu nome dado a diversos logradouros públicos e escolas em todo o País. Mas, uma especial foi a nomeação da Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato, em 1955, e que se tornou o embrião da Rede de Bibliotecas Infantojuvenis da cidade de São Paulo. Seu legado foi registrado algumas biografias, com destaque à duas pelo enfoque centrado em seu próprio relato e uma centrada no empresário, pioneiro da indústria gráfica no Brasil: Reinações de Narizinho: uma biografia, de Marisa Lajolo e Lilia Moritz, publicada pela Cia. das Letrinhas, em 2019; Minhas memórias de Lobato, de Luciana Sandroni, publicada em 1997 pela Cia. das Letrinhas; Monteiro Lobato: intelectual, empresário e editor, de Alice Mitika Koshiyama, publicada pela Edusp, em 2006. Por fim, temos a clássica biografia Vida e obra de Monteiro Lobato, de Edgar Cavalheiro, em 2 volumes, publicada pela Gráfica Urupês, em 1962.
Neste buruçu final de ano, com mil e uma perspetivas, boas e nada boas, para 2025, alguns pitacos do meu irmão João Silvino da Conceição, caminheiro comigo há umas boas décadas:
“Nunca se deve culpar integralmente os políticos de uma Nação pelas deficiências deles, quando a cidadania da sua gente ainda se encontra em níveis insuficientes de autenticidade cívica”.
“Quando numa comunidade sente-se a ausência de bibliotecas, explica-se porque ela não pode alcançar graus civilizatórios compatíveis com o mundo civilizado. Com livros se edificam nações desenvolvidas, cérebros criativos e solidariedades sociais. Sem eles, embrutece-se a consciências e alimenta-se as violências mais constrangedoras.”.
“Se quisermos compreender o que é bondade, urge nos concentrar na forma da bondade e não nos exemplos particulares. As pessoas comuns são induzidas ao erro quando apreendem apenas pelos sentidos”.
“Não aceite, em nenhum momento e sob nenhum pretexto, as filosofias e os ensinamentos transmitidos sem uma reflexão questionadora à luz da razão e da lógica. Todos os ensinamentos legitimados devem ser recebidos com empatia, paciência e altruísmo, sempre com genuínas intenções de trabalhar para uma efetiva fraternidade cósmica”.
“Muitos países estão cometidos de uma estupenda crise moral, que amplia os níveis de criminalidade, os poderes disciplinadores públicos dispondo apenas de métodos convencionais para controlar o crime, enquando os envolvidos com a delinquência utilizam estratégias mais sofisticadas, inspiradas nos enredos midiáticos.”
“Nunca se deve cultuar passados para ampliar vaidades e nostalgias. Todos os ontens, positivos e desfavoráveis, devem ser reverenciados como alicerces dos caminhos pessoais e profissionais trilhados e sonhados de um vir-a-ser cada vez mais cidadão cósmico, sem ansiedades nem cavilosidades, sem individualismos nem falsas modéstias, sempre atento às mutações evolucionais internas (pessoais) e externas (do resto do mundo)”.
”As descobertas científicas recentes em genética e em biotecnologia somente poderão ter significado se refletirem anseios mundiais legítimos por uma nova sociedade, na construção de um novo ser humano mais solidário com seus descendentes e com o meio ambiente”.
“Nunca enfrente quem não tem o que perder, só vivendo de ostentação, sempre narcisista. É combater em desigualdade, posto que o outro já traz a vergonha perdida. É sempre o mal, e não o bem, que a malevolência. Mais vale ter e saber conservar as pessoas que os haveres”.
“Política é coisa séria!! Não existe político ruins, existem eleitores idiotizados, sem cidadania nem amor próprio”.
“A Educação não deve nunca ser aviltada por dirigentes incompetentes, posto que se trata da estratégia mais consistente na construção do futuro de um país, na consolidação da sua soberania e na expansão da capacidade criativa da sua gente”
“Quanto mais a ciência evolui, mais se deve, em cada ser humano, ampliar a capacidade reflexiva de entender o mundo em suas contradições e complexidades, abandonando as ingenuidades e os arroubos próprios dos emocionalmente imaturos”.
“Quando o amar, o pensar, o agir, o meditar, o criar, o orar, o fazer e o transcender se distanciam uns dos outros, é hora de reestruturar o caminhar, favorecendo ações que reabilitam o Ser Humano como co-autor da Criação”.
“Quando alguns se autointitulam iluminados donos da verdade, autores de ideários que abalarão os alicerces planetários, convergindo todos para um só pensar, é chegada a hora de perceber a urgência de se ampliar a capacidade de refletir de cada um, na busca de convergências que não menosprezam jamais, por irrestrito respeito, as opiniões diferenciadas”
“Saber formal dissociado de uma consistente vivência social pode revelar a incompetência existencial de qualquer profissional. Identificar somente a Tecnologia como pilastra única de uma profissionalidade promissora é o mesmo que imaginar possuir bom fogo para se fazer café sem grãos de boa qualidade”.
“Não existem ideias perigosas. Apenas o que as pessoas escolhem fazer com ideias pode ser perigoso, especialmente para o status quo e para os poderes constituídos, como governos, religiões e corporações multinacionais. Se pode escolher ou não escolher uma determinada ideia, mas escolher não escolher é uma escolha pela qual só você é responsável”.