Ministro da Fazenda de um governo cuja farra de gastos produziu rombo de R$ 230,54 bilhões nas contas públicas já em 2023, Fernando Haddad teve tempo para aprender que não dá para zerar déficit contando lorotas. Mas ele insiste.
Nesta quarta (22), difundiu outra fake news, na briga por manchetes, culpando Jair Bolsonaro pelo próprio fracasso petista no ano passado no déficit público, 2º pior resultado da História, após receber do antecessor um País com superávit primário de R$ 54,1 bilhões, em 2022.
Não é a primeira vez que Haddad recorre a dados falsos ou sem lastro na realidade para tentar justificar o próprio fiasco.
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Culpa de Bolsonaro…
Essa patotota do desastrado gunverno lulo-esquerdóide passa o dia inteiro tendo sonhos eróticos com o ex-presidente.
Deputados da oposição questionaram Haddad por rombo nas contas públicas e o classificaram como “negacionista dos números”
Na quarta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, e os deputados pegaram no pé dele. Temos esse último dado de déficit público, R$ 58 bilhões, e os deputados reclamaram também de cada vez mais imposto. É um governo que gasta muito, começou quase duplicando o número de ministérios, aí não tem como. E o pior é que o gasto não é para investimento, para devolver o imposto às pessoas com prestação de bons serviços públicos. É muito gasto para sustentar a burocracia do Estado. Todo mundo está vendo, no socorro ao Rio Grande do Sul, como o Estado é lento, burocrático, moroso, pesado.
Haddad disse que “essa história de inflação está sob controle, são ruídos”. Quer dizer, a culpa sempre é da informação, é da notícia, e não do fato. Ele faz parte de um grupo que, por ideologia de pensamento único, não suporta a crítica. É muito mais fácil responder à crítica com gestos, palavras, ou apelando para a razão. Demonstrem aos críticos onde eles estão errados. Mas não, dizem que “isso são ruídos aí, o pessoal aí que está dizendo”.
Só que não é “o pessoal” que está dizendo; é o boletim Focus, em que o Banco Central faz pesquisa com o mercado financeiro. A previsão do PIB caiu de 2,09% para 2,05%. A previsão de inflação até o fim do ano subiu de 3,76% para 3,8%. A previsão para a Selic subiu de 9,75% para 10%. E a dívida pública? É dívida pública de pandemia, de período de Covid. Disparou. Fazer o quê? Se o governo está gastando mais, quer cobrar imposto, mas não tira o suficiente, joga papel no mercado e fica devendo. Isso pressiona os juros para cima. E os gastos públicos dão um trabalho enorme para o Banco Central controlar a inflação protegendo a moeda e crédito.
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Distribuição de ajuda já começa a causar disputas no Rio Grande do Sul
Falando no socorro ao Rio Grande do Sul, começam a aparecer coisas preocupantes. O governo vai ter gastos com a recuperação do estado e tem de pesar bem. Hoje é o Luciano Hang reclamando da isenção de produtos de importação. Os arrozeiros estão reclamando da isenção para importação de arroz, porque eles dizem que há arroz suficiente para abastecer o país. A produção no país inteiro passa de 10 milhões de toneladas. Poderíamos exportar arroz e estamos importando.
Como dizem os mineiros, em casa onde falta pão todo mundo briga e ninguém tem razão, e já estão surgindo reclamações, por exemplo em Roca Salles. As cestas básicas chegam lá, tem quem vá retirar de caminhonete ou de caminhão e leva tudo. E as pessoas que não têm tempo de chegar antes para buscar a comida, as pessoas mal atendidas, vendo que outras são atendidas, estão reclamando do prefeito e do governo do estado. Fora os casos de roubo, furto e saque. A Brigada Militar está se multiplicando lá no Rio Grande do Sul para mostrar presença e evitar o crime.
Vêm reclamações de fora também. Em Minas Gerais, soube de gente que queria mandar doações para o sul gaúcho, área de Pelotas e Rio Grande, que está pegando a cheia agora. E não estavam conseguindo, reclamando que as doações eram, digamos, “interceptadas”: chegavam a Porto Alegre e não seguiam caminho. Agora acharam uma solução: estão mandando pelos Correios, colocando endereço. São esses milhares de problemas que terão de ser resolvidos e sempre haverá desgaste para os prefeitos, para o governo federal e para o governo estadual. Vai haver mais gasto. E, quando se tem mais gasto, administrar é descobrir o que podemos cortar da burocracia, do peso que não produz, que não gera serviço na ponta. O serviço necessário agora é atender os necessitados do Rio Grande do Sul.
Homem a bordo de canoa durante enchente nesta sexta-feira (4), em Porto Alegre
Indo direto ao ponto: o governo Lula instrumentaliza e financia grupos que desmentem supostas fake news envolvendo o governo. É o que está acontecendo neste momento com o “grupo de pesquisa” chamado NetLab UFRJ, cuja principal função na tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul tem sido de identificar “narrativas” de redes sociais, encontrar suas supostas “incoerências” ou “desinformações”, e reafirmar a narrativa do governo.
Li o estudo e trata-se de uma aberração. A primeira afirmação que os “pesquisadores da UFRJ” (como preferem ser chamados para concessão de argumento de autoridade) buscam descredibilizar é a de que “Lula não está comprometido com as vítimas das enchentes”. Para tal, apontam uma suposta distorção na interpretação de uma publicação na CNN, que aponta uma defasagem no envio de recursos para as cidades atingidas em 2023; mencionam posts com críticas à fala desastrosa de Lula diante das câmeras em Santa Maria de que ele “estava torcendo pelo Grêmio e pelo Inter”, afirmando se tratar de uma “descontextualização para alegar negligência com as vítimas”; e concluem rotulando, novamente, de distorção a reportagem da Folha de S. Paulo que divulgou a recusa da ajuda do Uruguai pelo governo brasileiro.
Desconsideremos a bobagem pública inegável dita por Lula a respeito de futebol em meio à tragédia. Tanto a primeira como a terceira suposta “narrativa de desinformação” foram desmentidas, segundo os “pesquisadores”, pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República (a primeira) e pela Secretaria de Comunicação (a segunda). Ora, para isso não precisa de pesquisa! Basta perguntar a um representante do governo sua opinião e, independentemente de ser verdadeira ou falsa a resposta, cravar como correta a opinião de Lula, de Pimenta e do PT.
Agrava o fato de que, no caso da oferta uruguaia, a própria Folha de S. Paulo apurou e confirmou a denúncia. O Brasil, verdadeiramente, rejeitou a oferta uruguaia de apoio adicional ao que já havia prestado no início da calamidade, com o empréstimo de um helicóptero. Lanchas, um avião e drones oferecidos, segundo o próprio embaixador do Uruguai confirmou em audiência comigo e com o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, foram rejeitados.
Há, ainda, outras sete supostas “narrativas de desinformação” abordadas pelo estudo da Netlab, mas não é preciso avançar para as demais. Já na primeira avaliação é evidente a falta de compromisso com a ciência de tais “pesquisadores” e o esforço escancarado para defender as posições governistas. A pergunta que precisa ser feita, diante desses fatos, é: por que a Netlab trabalha a favor do governo e contra a ciência? Uma boa linha de investigação é a conhecida exclamativa: follow the money!
Em uma rápida verificação de dados públicos do orçamento geral da União, verifica-se que dos treze pesquisadores que assinam o estudo do NetLab, oito são bolsistas bancados com recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), vinculado ao Ministério da Justiça. Para começar, o dinheiro deste fundo deveria ser utilizado para situações de calamidade climática, por exemplo. De acordo com a Lei 7347/1985, o fundo tem por finalidade a reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos. No entanto, a verba pública está sendo utilizada para uma finalidade bem diferente, reforçando com dinheiro o plantel de serviçais do governo que persegue opositores.
É o Estado financiando instrumentos de repressão à liberdade de expressão e, em contrapartida, universidades como a UFRJ emprestando seu nome para um grupo que nada mais faz do que prestar serviço político para Lula e o PT, pago pelo tesouro nacional. O governo Lula persegue quem fala a verdade utilizando da máquina estatal para que possa mentir à vontade, sem oposição, e com o beneplácito de boa parte da imprensa nacional que repercute “estudos” não científicos e partidarizados.
É hora de dar um basta nisso, pois não é dever do Estado definir o que é ou não verdade, muito menos o de financiar grupos que pretensamente façam isso pelo governo. O Fundo de Direitos Difusos precisa ser usado para o seu destino correto, não para patrocinar a propaganda do regime lulopetista.
Os brasileiros, por cabidas razões, se ufanam do Brasil que têm: grandioso, próspero, abundante, cujas virtudes são cantadas em prosa e verso, e cuja formação cultural resulta da miscigenação de diversos grupos étnicos: indígenas, negros, imigrantes. Mas essa grandiosidade concorre para dificultar a obtenção do conhecimento, que a todos convém, acerca desse gigante, diversíssimo: seus recursos, sua gente múltipla, seus vultos cardeais, enfim.
No concernente aos vultos, evidentemente muitos destes, os mais recortados, os mais publicizados, são por demais conhecidos dos brasileiros. Exemplificativamente: Barão do Rio Branco, Rui Barbosa, e por aí além. Porém, outros, de igual cotação, figuram na galeria dos deslembrados. Nesse rol merece citação a figura de um pernambucano de grande relevância para a história brasileira. Trata-se de José Higino Duarte Pereira (22.01.1847-10.12.1901), de particular significação nacional.
Por figurar, à época, no catálogo dos mais seletos do País, José Higino fora nomeado pelo Presidente da República, Manuel Ferraz de Campos Sales, para representar o Brasil no Congresso Pan-Americano, realizado na Cidade do México, México. Além de professor titular da Faculdade de Direito de Recife, historiador, e especialista nas línguas alemã e holandesa, José Higino, a partir de demorada pesquisa nos arquivos de Haia, coligiu avultado acervo relativo à invasão holandesa.
Tradutor de vários livros alemães, José Higino fora Magistrado de grande notoriedade, tendo sido Promotor Público em Santa Catarina e Ministro do Supremo Tribunal Federal no período de 1892 a 1897, nomeação por Floriano Peixoto. Escritor de pena brilhante, José Higino também foi Deputado na Assembleia Legislativa Provincial e Senador. Mas esse homérico José Higino sucumbiu no dia 10 de dezembro de 1901, na cidade do México, no justo momento que conduzia os trabalhos do Congresso Pan-Americano. O corpo de José Higino fora trasladado para o Rio de Janeiro.
Ao trazer à superfície, a bem dizer, a lume, este celebrado servidor do Brasil, membro da Academia Pernambucana de Letras, oxalá tenham estas irrisórias palavras a serventia de prestar justa homenagem a esse insigne escritor pernambucano, que pontuou a história brasileira com exemplos de grandeza. Aliás, a contribuição pernambucana vem de longe. A Insurreição Pernambucana, 1645-1654, expressa a gênese da nacionalidade brasileira.