E, em sendo hoje sexta-feira, Chupicleide já está assanhadíssima e cheia de planos pra cair na gandaia.
Hoje ela vai dar expediente no Buraco da Véia, aprazível recanto cachaceirístico na beira da praia aqui no Recife.
Nossa inxirida secretária manda um xêro agradecido para os leitores Boaventura Bonfim, Hugo Jorge Monteiro, Amaro Godoy, Luiz Francisco, João Heraldo e José A. Mateus.
E pra terminar a semana em alto astral, vamos fechar a postagem com a composição Na Emenda, um forró sacolejado bem gostoso, da autoria de Juarez Santiago, interpretado pelo Trio Nordestino.
Um excelente final de semana pra toda a comunidade fubânica!
🚨DEU RUIM
Janja teve que sair escondida
Não deu certo para Rosângela a atuação como vice presidente, lá no Rio Grande do Sul.
Teve que sair de fininho, pela porta dos fundos e sob vaias e xingamentos. pic.twitter.com/0Z9eEiLSBA
Que beleza, se vê de manhãzinha, Quando o sol vem surgindo no horizonte, Espalhando seus raios sobre o monte, E o sino a tocar na igrejinha! Borboleta, canário e andorinha Festejando o nascer duma alvorada!… Quem não gosta de ouvir a passarada, Desconhece o sertão dos cantadores, Onde a brisa cochila com as flores, Anunciando o começo da invernada!
José Monte:
É bonito se olhar numa represa A marreca puxando uma ninhada Com um gesto de mãe tão dedicada No encontro das águas da represa Quanto é lindo o arrolho da burguesa Num conserto de notas musicais A lagarta com letras naturais Numa folha escrever fazendo um cheque E palmeira selvagem abrindo o leque Espantando o calor que a tarde faz .
Otacílio Batista Patriota:
O cantador violeiro longe da terra querida, sente um vazio na vida, tornando prisioneiro, olha o pinho companheiro, aí começa a tocar, tem vontade de cantar, mas lhe falta inspiração. Que a saudade do sertão faz o poeta chorar.
Louro Branco:
Acho bonito o inverno Quando o rio está de nado Que um sapo faz oi aqui Outro,oi do outro lado Parece dois cantadores Cantando mourão voltado.
Eliseu Ventania:
Pelo inverno, quando é de madrugada A passarada dá sinal que o dia vem Rio correndo, mato verde, açude cheio, Naquele meio, todo mundo vive bem. O sertanejo trabalhando em seu roçado Muito animado com o ronco do trovão. A meninada toma banho na lagoa, Oh! Quanto é boa nossa vida no sertão.
João Paraibano:
Faço da minha esperança Arma pra sobreviver Até desengano eu planto Pensando que vai nascer E rego com as próprias lágrimas Pra ilusão não morrer.
*
Coruja dá gargalhada Na casa que não tem dono A borboleta azulada Da cor de um papel carbono Faz ventilador das asas Pra rosa pegar no sono.
*
A juventude não dá Direito a segunda via Jesus pintou meus cabelos No final da boemia Mas na hora de pintar Esqueceu de perguntar Qual era a cor que eu queria.
Dimas Batista:
João de Barro bem alto faz seu ninho Preparando de argila uma argamassa Com as asas e os pés o barro amassa E a colher de pedreiro é seu biquinho Quem teria ensinado ao passarinho Construção de tão sólida firmeza? Que lhe serve de abrigo e de defesa Contra o sol, contra a chuva e contra tudo Pequenino arquiteto sem estudo Quanto é grande e formosa a natureza!
Beija-Flor:
O homem fez um motor Um rádio e televisão Fabricou um avião Obra de tanto valor O homem fez um motor Pra correr nas profundezas Fez uma cama e um mesa Um revólver e um faca Morre e não faz uma jaca Que é fruto da natureza.