Arquivo diários:11 de setembro de 2023
DEU NO X
DEU NO JORNAL
CAGONA VIROU APAGONA
Pegou tão mal o vídeo de Janja, que adora holofote, dizendo “me segura, que eu já vou sair dançando” enquanto o Brasil chora os mortos no Sul, que a primeira-dama ficou sem escolha:
Teve que apagar.
* * *
A Última Dama Esbanjanja apagou em tudo quanto é canto.
Só não conseguiu apagar aqui nesta gazeta escrota.
DEU NO JORNAL
ESTE TÁ NO GUNVERNO CERTO
DEU NO JORNAL
UMA LIÇÃO IMPORTANTE SOBRE SEGURANÇA
Roberto Motta
PMs de São Paulo
Na terça-feira, dia 29 de agosto, às 19:27, meu amigo Mateus retirou o telefone celular do bolso para verificar uma mensagem que acabara de chegar. Neste momento ele estava parado no cruzamento das avenidas Faria Lima com Juscelino Kubitschek, no coração da cidade de São Paulo.
Foi nesse momento que tudo aconteceu.
Mateus estava hospedado em um hotel da região. Ele combinara de jantar com amigos em um restaurante japonês que ficava a quatro quadras de distância. Pensou primeiro em chamar um táxi, depois resolveu caminhar.
Era um hábito que ele havia abandonando – caminhar em São Paulo, principalmente à noite. A mudança foi provocada por uma experiência muito ruim; Mateus havia sido assaltado à mão armada, às 18h, na frente de um dos melhores hotéis da área mais nobre de São Paulo.
Mateus havia aprendido que pessoas sozinhas são alvo preferencial dos assaltantes, em especial das duplas em motos. O interesse deles está em aparelhos de telefone celular e relógios. Naquele mesmo dia, à tarde, ao voltar de uma reunião de trabalho, Mateus recebera de um colega o aviso: “Te cuida. Estão assaltando todos os dias aqui no Itaim”.
Por isso, ao sair com destino ao restaurante, meu amigo pedira ao mensageiro do hotel que chamasse um táxi. Mas havia pessoas na fila antes dele, e o mensageiro demorou para conseguir um carro. “São poucas quadras”, pensou ele, avaliando que o risco de ir à pé era pequeno. Foi uma avaliação ruim.
Mateus saiu do hotel e caminhou até a esquina da Av. Juscelino Kubitschek. Cruzar as avenidas na direção do restaurante era uma operação complicada. Em alguma parte desse trajeto o telefone tocou. Mateus desbloqueou o aparelho e abriu o WhatsApp para informar o amigo que não podia falar naquele momento. O sinal para pedestres ficou verde e Mateus começou atravessar a rua, ainda com o celular na mão. A rua estava cheia naquele horário e uma pequena multidão atravessava com ele.
Nesse momento Mateus foi atropelado por uma bicicleta em alta velocidade. O “ciclista” empurrou Mateus ao mesmo tempo em que tirava o celular de sua mão. Mateus recuperou o equilíbrio e correu na direção do bandido gritando “pega ladrão”. O sinal abriu para os carros. O motorista de um Honda, que tinha assistido à cena, acelerou tentando alcançar o bandido. Mas o ladrão subiu com a bicicleta na calçada, virou na contramão de uma esquina e sumiu.
Essa história poderia acabar aqui, e não haveria nada de novo. Seria apenas mais um exemplo da rotina do brasileiro, espremido entre um Estado faminto e incompetente e uma maré de crime que a cada dia fica mais forte. Mas a história não acaba aqui.
Depois do roubo, Mateus esqueceu o jantar e voltou para o hotel. No quarto, abriu o laptop para procurar o número do atendimento da operadora telefônica e comunicar o roubo. Depois de encontrar o número do atendimento (não foi fácil) ele navegou em um enorme menu de opções da operadora (é absurdo que não exista uma opção de acesso imediato para a comunicação de roubo, mas não há).
Quando comprara o celular, Mateus havia guardado o IMEI do aparelho. O IMEI é uma espécie de número de chassi do telefone. No assalto anterior, Mateus aprendera que esse número é importante na comunicação com a operadora.
Desde o momento do assalto Mateus começou a receber inúmeras mensagens alertando para tentativas de mudar senhas de diversas contas de serviços online. Quando finalmente conseguiu bloquear o número de celular e o IMEI com a operadora os alertas cessaram.
Mateus então reuniu disposição para fazer o registro da ocorrência no sistema da Polícia de São Paulo. Como a maioria dos brasileiros, ele tinha pouca expectativa de que aquele registro tivesse algum resultado prático. Mas como ele usava a CNH Digital, armazenada no celular, como identidade (ele não tinha mais uma carteira de identidade física), ele teria que mostrar o registro de ocorrência no balcão da companhia aérea para conseguir embarcar no dia seguinte. O registro de ocorrência era essencial para que ele pudesse retornar para casa. Mateus comprou outro aparelho celular, retornou para casa e seguiu a vida.
E agora vem a parte surpreendente da história.
O assalto aconteceu em uma terça-feira. Na sexta-feira Mateus recebeu uma ligação de um número desconhecido, que ele imediatamente rejeitou – como fazem muitos de nós hoje em dia. Mas o mesmo número ligou para a esposa do Mateus, e ela atendeu.
Agora pause para respirar.
Do outro lado da linha estava a inspetora Roberta, da Polícia Civil de São Paulo, que tentava falar com Mateus. Alertado pela esposa, Mateus atendeu a ligação.
A Inspetora Roberta explicou o motivo da ligação: ela estava com o celular de Mateus.
Disse ela: “Ontem à noite prendemos um indivíduo que tentava embarcar para o exterior com dezenas de telefones na bagagem. Apreendemos tudo e fizemos um procedimento padrão que é carregar o aparelho, ativar o modo de emergência, anotar o IMEI e consultar o sistema da polícia em busca de uma ocorrência policial para aquele IMEI.
“Apreendemos dezenas de aparelhos roubados”, disse a inspetora, “mas o seu foi o único que tinha um registro de ocorrência”. Os outros aparelhos seriam guardados por um tempo até que um registro de ocorrência fosse encontrado para eles. Se nenhum registro fosse feito, eles seriam encaminhados para destruição.
Percebam o esforço feito pela polícia. Primeiro, identificar e prender o criminoso que saía do país com os telefones roubados. Depois, o trabalho de pesquisar cada um dos IMEIs até encontrar um que constava de um registro de ocorrência policial. Depois, todo o esforço até encontrar e contratar o Mateus. A polícia de São Paulo merece parabéns.
Há nesse episódio várias lições.
Primeiro, não facilite a vida dos criminosos usando um celular no meio da rua.
Segundo, toda vez que você for vítima de um crime, faça o registro da ocorrência.
Esqueça a narrativa uníssona da grande mídia e saiba que a polícia brasileira é composta de profissionais que trabalham duro e arriscam suas vidas todo dia para defender nossas vidas e direitos. Parabéns à Inspetora Roberta. Parabéns ao Secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite. Parabéns ao governador Tarcísio de Freitas.
E, por último, a dica importante: consulte o número do IMEI do seu aparelho e o guarde em lugar seguro. Em um iPhone ele está em Ajustes / Geral / Sobre.
E viva a polícia de São Paulo.
CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA
CLARICE ACCIOLY – RECIFE-PE
ALEXANDRE GARCIA
LULA SE ESQUECE DO DIREITO INTERNACIONAL E DIZ QUE PUTIN NÃO SERÁ PRESO SE VIER À REUNIÃO DO G20
Predidente do Brasil, Lula, e premiê indiano, Narendra Mori, durante reunião de cúpula do G20|
O ex-presidente Bolsonaro se interna hoje em São Paulo para fazer mais uma cirurgia. Já é quinta, se não me engano. Na região atingida pela facada de Adélio Bispo e outros. Ele está com suboclusão nos intestinos. São aderências que se formam. Problema de hérnia de hiato, refluxo, esses incômodos na digestão. A facada foi para matar. Ele não morreu porque foi atendido imediatamente. Se não estivesse em Juiz de Fora (MG) e perto da Santa Casa, com cirurgiões lá dentro, teria morrido. E Adélio Bispo, até hoje, a gente fica esperando. Quem foi o deputado que botou o nome dele lá para criar um álibi? Caso ele não fosse preso lá em Juiz de Fora, teria prova de que estava na Câmara. Vamos em frente!
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Os problemas causados por Jean Willys
Eis que o deputado Jean Wyllis, que saiu de repente do país que estava ameaçado de morte, agora voltou. A ameaça de morte desapareceu e, obviamente, acabou brigando com o seu chefe, o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom).
Ele foi levado ao palácio pela primeira-dama Janja, que conseguiu lá um cargo para ele na Secom e acabou não dando certo com o ministro Paulo Pimenta. Wyllis, dentro da Secom, resolveu criticar um governador: o governador do Rio Grande do Sul. Recebeu uma reprimenda do seu chefe, Paulo Pimenta, que disse que ele (Wyllis) é tóxico e radiativo.
Wyllis respondeu que o Paulo Pimenta é mau caráter, digo sem medo, está se sentindo ameaçado. Se para estar no governo, eu não posso criticar Eduardo Leite, nem apontar os equívocos do próprio Lula, eu não quero estar. Incrível, incrível, uma lambança. Levou uma lambança lá para dentro.
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Por que Juscelino Filho continua no ministério?
Aliás, por falar nisso, né? 6 de janeiro, na primeira reunião ministerial, o presidente Lula deu um aviso: quem fizer errado sabe que só tem um jeito, a pessoa será convidada a deixar o governo. Aí, eu vejo o editorial de “O Estado de São Paulo” do outro dia cobrando a realização dessa promessa em relação a Juscelino Filho, que é o ministro das Comunicações, que fez muito errado. Está com os bens bloqueados em uma espécie de conspiração com a irmã dele, com empreiteiras, Ele faz a emenda, depois a emenda é usada na área da Codevasf. Aquela confusão toda lá. Já tem problema de asfalto, de leilão de cavalo, de uso do avião da FAB. E continua lá. Por quê? Porque o ministério é entregue a partido político, Não é do presidente, exatamente. O presidente se entende com o partido político União Brasil, certo? Ainda não decidiu se troca por outro ou não. E ele continua lá. Essa é a questão…
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Lula desagrada Janja e o PT com demissão de Ana Moser
Uma outra questão do presidente disse que vai ter é quando voltar vai ter que resolver muitos casos. Com a demissão de Ana Moser. Desagradou o PT. Desagradou a Janja. A Janja postou dizendo que não ficou feliz com a demissão de Ana Moser. Ela está cada vez mais influente. As mulheres dos chefes de estado lá do G20 não participaram, mas ela participou das reuniões, das recepções etc… Onde estavam os homens sozinhos, o único que não estava sozinho era o nosso presidente brasileiro.
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Os rescaldos da reunião do G20
Bom, e Lula deu aquela entrevista dizendo que vai convidar Putin para vir para reunião do G20 no ano que vem, no Rio de Janeiro, e que aqui ele não vai ser preso.
Ele está esquecendo do Direito Internacional. O Brasil é signatário do Tratado de Roma. Tem os compromissos com o Tribunal Penal Internacional (TPI), que tem uma ordem de prisão para Putin por crime de guerra, deportação de menores de idade ucranianos, de crianças ucranianas. Tem que cumprir.
O presidente Fernando Henrique pôs na legislação brasileira através de um decreto. Inclusive, é o Decreto 4.388/2002, que diz que será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém o Tratado de Roma do Tribunal Penal Internacional.
E além disso, o presidente não sabe que essas coisas não são dele. Ele não tem poder de prisão sobre as pessoas. É o Judiciário que trata desse assunto. Meu Deus do céu!
Eu não sei se a jabuticaba não fez bem, depois da Parada de 7 de setembro. Em vez de ir para o Rio Grande do Sul, ele foi comer jabuticaba, de faixa presidencial, dizendo que estava colhendo o que plantou. Plantou, aliás, em terreno próprio da União, né? No pátio do Palácio do Alvorada, que é terreno da União.
Bom, mas enfim, o Mangabeira Unger foi ministro de Lula, foi ministro de Dilma, ministro de Assuntos Estratégicos. Em uma entrevista ao Estadão, está dizendo que Lula, ao viajar para o exterior, só faz discursos entediantes, enquanto o Brasil afunda. Pois é!
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O destino do dinheiro da corrupção
E tem outra coisa que a gente tem que pensar urgentemente: o que nós vamos fazer com R$ 6,2 bilhões que foram devolvidos pelos corruptos à Petrobras depois dessa decisão do ministro Toffoli. A Procuradoria do Tribunal de Contas da União (TCU) age como se fosse Defensoria Pública e já está pedindo que que haja uma compensação aos pobres coitados dos corruptos que devolveram dinheiro. Meu Deus do céu, é uma bola de neve essa decisão do ministro Toffoli!
DEU NO JORNAL
SÓ EM BANÂNIA MESMO
Muito à vontade na rotina de dar o tom e os temas do noticiário, o Palácio do Planalto agora tenta fazer os jornalistas abandonarem a expressão “live semanal”, referindo-se ao canal de Youtube no qual o presidente conversa com seu entrevistador particular Marcos Uchoa, ex-TV Globo.
A alegação dos petistas chega a ser curiosa para um governo que não para de falar no antecessor de Lula: a expressão live semanal “faz lembrar” o ex-presidente Jair Bolsonaro, que consagrou o gênero em seu governo.
O maior incômodo são as comparações da modesta audiência de Lula com o número impressionante de visualizações das lives de Bolsonaro.
A média de 3 mil visualizações na live semanal de Lula está bem distante da média de espectadores da live de Bolsonaro, que passava do milhão.
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E essa “fantástica” audiência de 3 mil equinos orelhudos é que ganhou a última eleição presidencial.
Segundo as urnas eletrônicas, claro.
Só mesmo numa Superior Republiqueta Bananeira feito essa nossa é que um absurdo desses pode acontecer.
Se fosse segundo os apuradores, indicados por todos os partidos, sentados ao redor de uma mesa, contando o voto impresso, eu desconfio que o resultado seria um “pouquinho” diferente.
DEU NO X
NÃO FOI “TORTURA”?
DEU NO X
“DANESÊ”
Para a Índia, “namastê”. Para o Rio Grande do Sul e o brasileiro, “danesê”. @JanjaLula pic.twitter.com/e6BNOIlavh
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) September 8, 2023
XICO COM X, BIZERRA COM I
MICROCONTO MALCHEIROSO
No elevador lotado, meu amigo Eristáclames deixou escapar um pum e desceu no primeiro andar. A feijoada do dia anterior começara a fazer efeito e seu bucho já anunciava o processo derradeiro da digestão. Vingou-se da Síndica, também passageira, que mora no 19°. Bem feito para ela, autoritária, gastadeira e que vive a instituir taxas extras. Castigo maior, o elevador é dos antigos e moroso como poucos. Dizem alguns que a vingança é doce: não sei se chega a tanto pois o doce à abelha custa-lhe a vida. Talvez melhor dizer que a vingança é algo malcheiroso. Enganei-me também ao acreditar que não havia maior vingança do que o esquecimento. Se você também pensa assim, entre no elevador lotado do prédio de Eristáclames e vá passear lentamente por 19 andares numa segunda-feira pós feijoada. Ao sentir o sub nitrato do pó da flatulenta expelição de gases de meu amigo você também mudará de opinião. A síndica que o diga.
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