ALEXANDRE GARCIA

CHEGOU SETEMBRO

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República.

Já sentou a poeira das eleições e de início de governo e chegou setembro, o nono mês da atual administração federal. Na porta de setembro estão batendo prefeitos, principalmente os do Nordeste, onde Lula saiu vitorioso. Das janelas da Faria Lima, em São Paulo, já se veem rostos surpresos, apreensivos e, talvez, arrependidos por terem assinado a tal “Carta pela Democracia”. No Congresso, o calor da eleição já baixou, e perdeu-se a oportunidade de agir sob a força de votos ainda frescos. A picanha não se coletivizou e essa pode ser a pior parte. No lado favorável ao governo, está a ausência de pandemia e o fato de a mídia ser sempre anti-Bolsonaro, desde que ele entrou na política, e, por consequência, agir pró-Lula.  Isso mistura torcida com notícia em favor do governo.

No entanto, números não são opiniões, mas fatos. Em julho, os crescentes gastos do governo federal já superaram a decrescente arrecadação em R$ 36 bilhões. Para o ano que vem, ano eleitoral, faltam R$ 168 bilhões. Claro que quem pagará isso somos nós. O arcabouço – eufemismo para o arrombamento do teto de gastos – vai permitir no ano que vem um acréscimo de R$ 129 bilhões nas despesas. O governo quer reforma tributária que cobre mais impostos. Anuncia que vai cobrar dos ricos, mas o cobrado por cima se derrama para baixo. O consumidor vai pagar o imposto que estará embutido nos preços. Quer cobrar do assalariado três vezes mais de imposto sindical para garantir a boa vida das cúpulas sindicais que apoiam o governo.

Como não se saiu bem na eleição para deputados e senadores, o governo os atrai com liberação de emendas e oferta de cargos. E tudo tem um custo, inclusive o de ampliar o ministério. E a mexida agrada uns e desagrada outros. Trocar PT por Centrão tem preço político-eleitoral. Assim como voltar ao antigo sistema de publicidade estatal em troca de apoio. Aliás, a propaganda é a alma do governo. Na Câmara, é grande a animação em torno de uma reforma administrativa que limite o inchaço do Estado. O governo não quer porque sua ideologia é a do Estado grande se impondo a uma nação fraca e obediente. Lula já expressou sua admiração pelo sistema chinês, onde o governo fala e o povo cala. E não conseguiu impedir a prorrogação da desoneração da folha.

Na política externa há muitas viagens. Mas só isso. A desta semana é à Índia. A ideologia está atrapalhando. Até a Human Rights International criticou o governo Lula por suas omissões ante as agressões aos direitos humanos na Venezuela, Cuba, Nicarágua, China e Rússia. A tentativa de impor Maduro na reunião regional em Brasília pegou mal até com o esquerdista chileno Gabriel Boric. As declarações do presidente sobre o conflito Rússia-Ucrânia têm sido desastrosas. Enfim, esgotou-se o prazo de observar governo e medir seus resultados. E fica difícil encontrar ações efetivas além da propaganda e do sinuoso rumo político e a tentativa de fechar contas com gastos inchando. Ao chegar setembro, o governo atual está menos parecido com os dois governos Lula e mais semelhante ao período Dilma.

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PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

MARIETA – Castro Alves

Como o gênio da noite, que desata
o véu de rendas sobre a espádua nua,
ela solta os cabelos… Bate a lua
nas alvas dobras de um lençol de prata.

O seio virginal que a mão recata,
embalde o prende a mão… cresce, flutua…
Sonha a moça ao relento… Além da rua
preludia um violão na serenata.

Furtivos passos morrem no lajedo…
Resvala a escada do balcão discreta…
Matam lábios os beijos em segredo…

Afoga-me os suspiros, Marieta!
Ó Surpresa! ó palor! ó pranto! ó medo!
Ai! noites de Romeu e Julieta!

Antônio Frederico de Castro Alves, Bahia (1847-1871)

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MARLUCE MONTEIRO – JOÃO PESSOA-PB

Nobre Editor:

Aí vai uma contribuição para o meu jornal preferido.

Um inspirado samba, intitulado Padroeiro dos Jumentos, interpretado pelo grupo Pagode da Consciência.

Cordiais saudações e um grande abraço!

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A PALAVRA DO EDITOR

POR POUCO TEMPO

Informo aos nossos estimados leitores que a partir das 9 horas da manhã de hoje passaremos algumas horas sem atualizar esta gazeta escrota.

É que a redação do JBF ficará sem energia elétrica por algum tempo a partir daquele horário.

Atenção: não é por falta de pagamento da conta!

As doações dos nossos leitores deixam todas as nossas contas em dia, inclusive a de energia elétrica e o salário de Chupicleide.

Gratíssimo aos fubânicos Violante Pimentel, Tarcísio Moura, Raquel Maria Gouveia, Manoel do Couto e Benedito José da Silva.

Assim que a energia elétrica estiver devidamente arrumada, este jornaleco voltará a ser atualizado.

Tenham calma: nada de crise de abstinência.

“Um xêro pra todos vocês, meus queridos. Essa patota fubânica é arretada!”

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REDAÇÕES JORNALISTEIRAS IDEOLOGIZADAS

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

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JUSTIÇARIA BANANEIRA

A cada dia surgem motivos para a expressão “era só o que faltava”.

Em Minas, a Justiça condenou o Estado a pagar R$ 15 mil de indenização a um ladrão preso em flagrante pela “demora” em soltar o meliante.

* * *

Podes crer, amizade: é isso mesmo que tá escrito aí em cima.

O ladrão foi indenizado porque demorou a ser solto pra roubar de novo.

Aconteceu nas Alterosas.

É phoda!!!

É pra arrombar a tabaca de Xolinha!

Xolinha de tabaca arrombada com os acontecimentos dessa republiqueta banânica