CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

SPOCK LEE – NEW CASTLE, DELAWARE – USA

Prezado Grão Mestre Bestífico-Fubânico!!!

Considerando a sacanagem e a esculhambação generalizada que campeia impunemente nos quatro cantos da outrora terra de macunaíma… tomo, com todo o atrevimento e o resto de liberdade que acredito ainda existir nesta gazeta, a hilárica-grotesca e debochada “tarefa” de contar com a sua “grata ausência”, nesse assombroso evento de trevosos e simpatizantes, rogando que todos os partícipes sejam régia, exemplarmente e, não em dobro mas, infinitamente recompensados na mesma linha de tratamento com que, os Homens e Mulheres Brasileiros torturados, humilhados e privados da liberdade até a data de hoje.

(força e ânimo para enfrentar esses tempos difíceis)

Fraterno Abraço

R. Êita peste! Que presepada da porra!

E ainda coloca meu fucinho na armação.

Vôte!!!

Ainda bem que você reapareceu, seu cabra.

Já tem quase um ano que tava sumido.

Apareça sempre e ajude a aumentar a escrotidão dessa gazeta.

Abraços e um excelente final de semana aí nos Zisteites.

DEU NO X

VIOLANTE PIMENTEL - CENAS DO CAMINHO

AS PROPAROXÍTONAS

A dupla caipira “Alvarenga e Ranchinho”, formada em 1929 por Murilo Alvarenga, mineiro de Itaúna, e Diésis dos Anjos Gaia, paulista de Jacareí, iniciou sua carreira apresentando-se em circos no interior de São Paulo.

Em 1934, Murilo e Diésis foram contratados pelo maestro Breno Rossi e passaram a se apresentar na Rádio São Paulo.

A carreira da dupla se consolidou, após a mudança para o Rio de Janeiro, onde os dois gravaram o seu primeiro disco, em 1936, e passaram a integrar o grupo de atrações do Cassino da Urca. Foi aí que trabalharam durante dez anos e aprimoraram o talento para a sátira política, uma das suas principais características. Por causa dessas sátiras, participaram de dezenas de campanhas eleitorais e também acabaram presos diversas vezes.

A dupla participou do primeiro filme falado feito em São Paulo, “Fazendo Fita”, (1935), levada por Ariovaldo Pires, o Capitão Furtado. Fizeram participações em mais de 30 filmes.

Em 1949, a dupla “Alvarenga e Ranchinho” lançou a composição “O Drama de Angélica”, na qual, cada verso termina com uma palavra proparoxítona, ou seja, a sílaba tônica cai na antepenúltima sílaba. Essa música foi o seu maior sucesso.

Ao que parece, essa dupla foi a precursora das composições com versos terminados em palavra proparoxítona.

“O Drama de Angélica” nos remete àqueles “causos” que ouvíamos de nossos antepassados, histórias das quais ansiávamos pelo final, mesmo que fosse trágico. Uma verdadeira novela, arrebatadora, com idas e vindas, em uma interpretação perfeita da dupla. Ao final, não há como não sorrir, em face do modo satírico, como é contado “O Drama de Angélica”.

A formação original da dupla se desfez em 1965, quando Diésis a abandonou definitivamente. Sumiços anteriores já haviam ocorrido, quando, então, havia sido substituído por Delamare de Abreu, irmão por parte de mãe de Murilo Alvarenga.

Com o rompimento definitivo, um “terceiro” Ranchinho surgiu, Homero de Souza Campos, conhecido também como Ranchinho da Viola e como “Ranchinho II” (apesar de ter sido o “terceiro”). Homero cantou com Alvarenga de 1965 até o falecimento deste, em 1978.

Pois bem. Em 1971, cerca de vinte anos depois do lançamento de “O Drama de Angélica”, de “Alvarenga e Ranchinho”, foi lançado o LP “CONSTRUÇÃO”, de Chico Buarque de Holanda, com dez músicas belíssimas, onde se destaca “Construção”, que dá nome ao disco, com estrondoso sucesso no cenário da MPB.

Por coincidência, “Construção” de Chico Buarque e “O Drama de Angélica”, da dupla caipira “Alvarenga e Ranchinho”, tem em comum, versos cuja última palavra é proparoxítona. Além disso, “Construção” também retrata um drama do cotidiano, tal qual a música “O Drama de Angélica”, com a diferença de que esta última tem conotação satírica.

Para muitos admiradores, somente Chico Buarque, com a sua inteligência privilegiada, seria capaz de usar essa peculiaridade, numa composição musical.

Indiscutivelmente, Chico Buarque é genial. Mas, em relação às proparoxítonas ao final dos versos, a dupla caipira, “Alvarenga e Ranchinho”, já tinha feito o mesmo, há mais de vinte anos (1949), com a música “O Drama de Angélica”.

A coincidência de versos, finalizando com uma palavra proparoxítona, feitos por compositores de mundos e épocas diferentes, chamou a atenção da crítica.

Na verdade, a genialidade é universal. Não existe regra geral para se nascer gênio, pessoa com grande capacidade mental. Ela pode se manifestar por um intelecto de primeira grandeza, ou um talento criativo fora do comum.

Chico Buarque, intelectual com ótima formação cultural, e a dupla “Alvarenga e Ranchinho”, de origem humilde, que iniciou a carreira artística em circo, tiveram inspirações parecidas, ao escrever um drama, com versos terminados com uma palavra proparoxítona.

Ainda hoje, o LP “CONSTRUÇÃO”, de Chico Buarque, lançado no início de 1971, é considerado um dos grandes discos da história da MPB, com versos alexandrinos (o que contém doze sílabas poéticas) e uma palavra proparoxítona no final de cada verso.

O primeiro poeta brasileiro a usar versos alexandrinos foi Machado de Assis, ainda no período do Romantismo, movimento artístico caracterizado pelo sentimentalismo, subjetivismo e fuga da realidade.

Esse movimento surgiu no século XVIII na Europa, durante a revolução industrial, e logo se espalhou por diversos países, como: França, Alemanha, Inglaterra, Brasil e Portugal. Durou até meados do século XIX, quando surgiu o Realismo.

A coincidência que há nas duas canções, “O Drama de Angélica (1949 – Alvarenga e Ranchinho) e “Construção” (1971 – Chico Buarque) não está relacionada somente à presença de uma palavra proparoxítona no final de cada verso. As duas canções descrevem, respectivamente, um drama do cotidiano.

Chico Buarque descreve, em “Construção”, o dia a dia de um operário da construção civil, com todos os riscos e desencantos, usando versos alexandrinos ( o que contém doze sílabas poéticas) e uma palavra proparoxítona no final de cada verso. No caso, as proparoxítonas funcionam como tijolos em uma construção mágica e trágica, em uma tensão crescente, embalada pelo bonito arranjo do maestro Rogério Duprat (1932 – 2006).

Chico Buarque é um intelectual, com sólida formação cultural. Tornou-se um ícone da Música Popular Brasileira.

Por sua vez, a dupla “Alvarenga e Ranchinho”, de origem humilde, iniciou a carreira artística em circo e tornou-se um ícone da música caipira, hoje chamada “Música Sertaneja”.

Salve a genialidade do Compositor Brasileiro!

Drama de Angélica (1949) – Murilo Alvarenga e M.G. Barreto

Ouve meu cântico
quase sem ritmo
Que a voz de um tísico
magro esquelética
Poesia épica
em forma esdrúxula
Feita sem métrica
com rima rápida

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DEU NO JORNAL

AÇÃO ENTRE AMIGOS

Continua a sequência de multas salgadas e até de condenações pesadas de políticos ligados ou que apoiaram a reeleição de Jair Bolsonaro.

Para alegria do presidente Lula (PT) e outros descondenados.

* * *

Facções unidas, jamais serão vencidas!

Será?

Sei não…

Tenho esperanças que as facções multadoras, aliadas à facção do Ladrão Descondenado, serão derrotadas um dia.

E a alegria petralha chegará ao fim.

DEU NO X

SANCHO PANZA - LAS BIENAVENTURANZAS

“BOLA 8 NA CAÇAPA DO FUNDO”, DISSE BENIGNO

Frio ensolarado na região Frieste Chuveste. ¿Você conhece o presidente Deivid Washington? ¿no? „Wollt ihr mich auf den Arm nehmen?“. Deivid Washington é nome sonoro, a empolgar locutores. Brevemente as jovens pernas do Menino da Vila (“Como é bom gritar gol de Menino da Vila”. Kadu Santos) estarão a correr pelos gramados da Europa. E isso me conduz a “Napoleão, que se não fosse batizado assim, certamente seria menos napoleônico”, afirmou, categórico, o dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, o maior entre os maiores torcedores do tricolor carioca de todo o sempre.

JBF, ¿qué hay detrás de este fenómeno? ¿Chi è Luiz Berto Filho, l’uomo più ricco de Brasil che sta per comprare il Manchester United Football Club? Pagano Sobrinho dá a dica para nossa gente fubânica: «O dia de amanhã ninguém usou. Pode ser seu!». Falando em seu… “Tem coisas, como ser fubânico, que o dinheiro não compra. Para todas as outras, temos agora Bertocard, o novo cartão da família JBF”. Peça já o seu (contato: secretária Chupicleide).

Willkommen am geilsten ort der welt. A sexta já te pertence; amanheceu gelada, a tarde vai ser ensolarada e agradável, aguardando a noite. Ui, ui, ui. Certamente as fraturas da Shirleeeee Fraturinha Lee irão muito doer com a friaca curitibana.

Não ria, leitor. Kkkkk. Falando em rir, lá em Manchester havia o peso da camisa do Real dentro do relvado, mas havia o belo futebol de Bernado Silva, o melhor jogador do Continente Europeu na atualidade… Pep, pepita, o Manchester City é precioso…A decisão do torneio foi quarta; dia 10/6 é só para levantar o caneco. Falando em caneco, neste final de semana os Citizens levantarão outro caneco, o caseiro, o da Premier League.

Vidas felices por haber el JBF (atacado, varejo, metro, gramos y generosíssimas doses: “Lo que más me hace sonreir es despertarme y necesitar una dosis”. Reseña JBF – Nuevos Cuatro Fantásticos: Nonato, Beni, Xerim y Zé do Pênalty.

“Pra quem ri di eu, minha vingança sará maligrina!”. No momento de tantos “malignos” a mandar no “brésil”, eis que temos aqui no JBF o “benigno”, um rubro-negro e beniniano Beni.

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PENINHA - DICA MUSICAL