DEU NO X

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A PALAVRA DO EDITOR

O FINAL DE SEMANA TÁ CHEGANDO!

Já sextou e está quase dezembrando.

Estamos às vésperas do final de semana, aquele período em que Chupicleide, secretária de redação desta gazeta escrota, perde totalmente o juízo e se dana no meio do mundo, enchendo o rabo de aguardente.

Graças às generosas doações feitas esta semana ao JBF pelos leitores Luis Gonzaga, Eurico Schwind, Mauro Almeida, Amaury Ferraz e Elza Torres, ela já me pediu uns trocados como adiantamento de salário. 

E falou que vai tomar um porre numa barraca lá na praia do Pina, localizado no Buraco da Véia, zona sul aqui do Recife.

Vai piranhar e se inxirir, como sempre, até arranjar um macho pra furunfar com ela.

Gratidão deste Editor e um grande abraço pra todos vocês que nos dão audiência e ajudam a manter esta gazeta escrota avuando pelos ares, fazendo zuada no pé-de-ouvido do Xandão.

Fecho a postagem com uma música que Chupicleide passou a manhã ouvindo, enquanto trabalhava na edição de hoje.

Uma composição intitulada “Oportunidade Única”.

Trata-se de tocante e lírica obra-prima, de autoria do romântico compositor cearense Falcão, com um final arrebatador.

DEU NO X

PEDRO MALTA - REPENTES, MOTES E GLOSAS

UMA HOMENAGEM DE ORLANDO TEJO A PINTO DE MONTEIRO E LOURO DO PAJEÚ

Dois ícones da cantoria nordestina de improviso: Lourival Batista, o Louro do Pajeú (1915-1992) e Severino Pinto, o Pinto de Monteiro (1895-1990)

* * *

PINTO E LOURO – Orlando Tejo

Grande saudade hoje sinto
Das cantorias-tesouro
Do gigante que foi Pinto,
Do uirapuru que foi Louro.

Era uma graça, um estouro
Ouvir em qualquer recinto
Os trocadilhos de Louro
Os desconcertos de Pinto.

Tal qual no Bar do Faminto,
Do Pátio do Matadouro,
Quando Louro aceitou Pinto
E Pinto abençoou Louro.

Mas no Bar Rosa de Ouro
Houve um encontro distinto
Pinto elogiando Louro,
Louro chaleirando Pinto.

Jamais ficará extinto
O meu prazer de ouvir Louro
Querendo derrubar Pinto,
Pinto brigando com Louro.

No Bar Casaca-de-Couro
Vi o maior labirinto:
Pinto depenando Louro
E Louro esganando Pinto.

No Mercado, em Rio Tinto,
Um momento imorredouro
com as emboscadas de Pinto
E as escapadas de Louro.

No Beco do Bebedouro
Um desafio ao instinto:
Pinto superava Louro,
Louro desmontava Pinto.

No bar de Moisés Aminto
(À Curva do Varadouro)
Louro acompanhava Pinto,
Pinto fugia de Louro.

Assisti, no Bar Jacinto,
Luta de cristão e mouro
Quando Louro açoitou Pinto,
E Pinto escanteou Louro.

O sol no nascedouro
E haja mel e haja absinto
Nas divagações de Louro,
Nos ultimatos de Pinto.

Num diálogo sucinto
Reverberavam em coro
Iluminuras de Pinto,
Clarividências de Louro.

Essa dupla, sem desdouro,
Reinou do primeiro ao quinto:
Pinto maior do que Louro,
Louro maior do que Pinto.

Duas fivelas num cinto,
Batéis sem ancoradouro,
Assim foram Louro e Pinto,
Assim serão Pinto e Louro.

Penso, reflito, pressinto
Que em todo o tempo vindouro
Ninguém vai superar Pinto,
Nenhum fará sombra a Louro.

Pois não há praga ou agouro
Que manche a paz do recinto
Das glórias que envolvem Louro,
Dos louros que adornam Pinto.

Aqui faço paradouro
(Ir além me não consinto),
Rendido ao gênio que é Louro,
Curvado ao estro de Pinto.

* * *

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MAURÍCIO ASSUERO – RECIFE-PE

Caro Editodos,

convide os fubânicos para nossa reunião cabarelista na noite de hoje.

Vamos fuxicar, falar da vida alheia, ativar nossas cordas vocais destilando indignação cultural.

Às 19h30 eu abro as portas do Cabaré do Berto e quem quiser participar basta clicar aqui.

Abraços e até lá.

R. Uma pequena correção:

Onde se lê “Cabaré do Berto”, leia-se “Cabaré do Maurício”.

Deixe de ser escroto, sujeito falsificador!

Tu inventa tuas presepadas e bota no meu nome com a cara mais lisa do mundo.

Vou te processar no STF e o processo vai parar nas mãos de Gilmar Boca-de-Priquito, leitor assíduo desta gazeta escrota.

Como tu não sois corrupto, petista, criminoso ou ladrão, ele não vai te absolver de modo algum.

Te prepara, sujeito!

Bom, mas vamos ao que interessa:

Toda a comunidade fubânica está intimada pra comparecer ao nosso furdunço semanal.

O maravilhoso encontro das sextas-feiras pra tirarmos sarro e falarmos da vida alheia.

E já que o tema é fuxicar, vou alegrar a nosso dia fechando a postagem com  Bezerra da Silva cantando a música “Vizinha Faladeira”.

Às sete e meia da noite estaremos todos lá!!!

DEU NO X

É SÓ O COMEÇO, XANDÃO!!!

DEU NO JORNAL

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