DEU NO X

WELLINGTON VICENTE - GLOSAS AO VENTO

LASCADO DE SAUDADE – Livro do Poeta Nascimento

Este colunista com o poeta Nascimento

Nascimento ontem lançou
O “Lascado de Saudade”,
O Quiosque da Poesia
Gostou desta novidade
E o Poeta fez ontem
Setenta e dois de idade.

E nesta festividade
Teve arte violeira
Repentistas de renome
Na cultura brasileira
Oliveira de Panelas
E o Gilmar de Oliveira.

Defendendo esta bandeira
Da nossa Literatura
Muitos poetas fizeram
Uma tarde de Cultura
Uma homenagem justa
Pra esta grande figura.

Este colunista, Oliveira de Panelas, Raniery Abrantes, Pedro Fernandes e Melchior Machado

Oliveira de Panelas, Cabal Abrantes, Gilmar de Oliveira e Adailton França

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

CÍCERO TAVARES - CRÔNICA E COMENTÁRIOS

SAÚBA DOS BONECOS: FORÇA QUE VEM DA ARTE

Em homenagem a esse gênio do improviso popular carpinense, assassinado anteontem na Comunidade Loteamento Três Maria aos 69 anos, republico crônica que escrevi sobre seu belíssimo trabalho e publicado aqui no Jornal da Besta Fubana em 15.10.2018.

Encantou-se o artista assassinado covardemente por um desalmado, mas ficou sua cultura popular universal que está chorando pelo mundo a perda.

* * *

Bonecos e o Preto Velho Zé Cosmes

ANTÔNIO ELIAS DA SILVA, eis o nome registral desse exímio artesão rústico nascido em Carpina-PE aos 09 de maio de 1953.

Artesão empírico, com extraordinária habilidade no trato com a madeira tosca – o mulungu – árvore apropriada para a confecção de seus bonecos artísticos, cedo teve de sorver a puberdade lúdica, na palha da cana dos engenhos da região da Zona da Mata Norte, sob o sol causticante e inclemente do trabalho com a enxada, limpando matos dentro dos canaviais íngremes para sobreviver e ajudar a família.

Autodidata, nunca pisou o batente de uma escola oficial. Seu mestre, professor, instrutor, inspirador é sua espantosa capacidade observativa e habilidade intuitiva em transformar tudo que é madeira tosca de mulungu em verdadeiras obras-primas artesanais.

Devido à sua extrema habilidade arteira manual, esse carpinense casual, cedo começou a divertir e maravilhar sua sofrida gente nas festas juninas no bairro de Santo Antônio, em Carpina, com seus mamulengos cômicos e satíricos, ridicularizando os costumes e o comportamento da sociedade local nos teatros de pano improvisados ao ar livro.

Além de escultor, Mestre Saúba é um exímio dançarino e juntamente com D.ª Lindalva, uma boneca de madeira em tamanho natural, faz um espetáculo pitoresco que sempre atrai centenas de pessoas nos lugares onde se apresenta. Mestre Saúba também é ventríloquo e contracena com o divertido boneco Benedito. Dona Quitéria, Mané Pacaru, Dona Lilia, João Gago, Simão, Coquinho, Laré e Dona Liprosina são alguns dos outros personagens nascidos pelas mãos do artista. Outra criação que marcou muito seu trabalho foi os ciclistas, que pedalam e mexem a cabeça.

Apesar de seus trabalhos correrem o país e o mundo, serem expostos em galerias de luxo, maravilharem o Brasil em shows nos canais de televisão mais populares, tanto locais quanto nacionais, esse autêntico e verdadeiro artista mamulengueiro continua pobre e miserável, devendo até os pentelhos aos agiotas, e sem dinheiro para alimentar a prole numerosíssima, filhos de várias manteúdas que dele se aproximam pensando ser detentor de uma grande fortuna em dólar ganhada de gringos e guardada em uma botija debaixo da cama de lona comprada na feira de mangaio em Caruaru.

É doloroso vê-lo trôpego, cheio de manguaça, todo cagado cambaleando pelas ruas cheias de bueiros de guabirus na sua terra natal, Carpina, com as mãos e os pés melados de cola de madeira, com os bolsos mais lisos do que pau de tarado, dando murro no ar e rogando pragas ao vento por lhe faltar os caraminguás.

Espera-se que não se deixe acontecer com ele as mesmas injustiças e indiferenças que houve ao maior pintor pós-impressionista do século XIX, o Neerlandês Vincent Willen Van Gogh – “lúcido e louco; dócil e violento” -, que depois de morto, seus quadros alcançaram a glória, sendo vendidos em leilões suntuosos por fortunas incalculáveis; seu busto virou estátua no mundo; seu nome virou rua em todo o planeta; seu túmulo, adoração; mas em vida só conheceu a miséria, o desprezo, o abandono, a indiferença e as loucuras dos choques elétricos nos manicômios.

DEU NO X

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

DÊ-ME ATENÇÃO

Não me mate aos pouquinhos de saudade
Nem me deixe morrer de solidão
Tenha pena de mim, dê-me atenção,
Me dirija a palavra por bondade.
Se ainda lhe resta caridade
Se por Deus você tem qualquer temor
Deixe eu ver o seu rosto, por favor,
Ou ouvir sua voz num simples oi
Não evite falar com quem já foi
Tantas vezes chamado meu amor.

Tantas vezes chamado meu amor.

Mande logo notícias para mim
Vem matar toda minha ansiedade
Pois, se for pra viver nessa saudade
Eu prefiro morrer, não vivo assim.
Se você não mandar será meu fim
Na tristeza, no choro, no clamor,
Minha vida tem sido um dissabor
Pouco a pouco morrendo desprezado
Me lembrando que fui lá no passado
Tantas vezes chamado meu amor.

Tantas vezes chamado meu amor.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

DEU NO X

JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

EU CREIO, PAI!

Quem suportaria essa “coroa” além de ti?

Jesus, aprendi que nenhum de nós vai ao Pai, que não seja através de ti. E eu creio nisso. Creio, firmemente!

Creio, também, que só estou aqui porque Tu queres. Sei que permitistes que eu cumpra a minha missão – para, só então, voltar para o lugar de onde vim. O barro.

Mas, nesses 79 anos completados há poucos dias, aprendi muito. Aprendi com as pessoas certas, creio. Vivi vendo e procurando (além de valorizar) compreender o sacrifício que fizestes e o sangue que derramastes por mim, por nós. Por todos nós.

E, ao que parece, em troca temos dado tão pouco – provavelmente, menos do que o pouco que Tu pedes, em troca de tudo que fizestes.

Derramastes o teu sangue. Entregastes o teu corpo em sacrifício por nós – e até esquecestes de Ti próprio.

Vês!….

Viemos do pó e ao pó voltaremos, depois da nossa missão. Mas, nesse intervalo entre a chegada e a volta, nos permites o usufruto do que só Tu és capaz de criar – e de colocar à nossa disposição.

Tudo parece pintura e até as que realmente o são, como Capela Sistina e tantas outras que destes mãos, olhos e sensibilidade para Michelangelo, Vincent van Gogh, Monet, Manet, Toulouse-Lautrec, Leonardo da Vinci, Gauguin e tantos outros nos deliciarem com cores mágicas. Cores divinas. Cores tuas.

Jesus, quem na Terra conseguiria pintar o arco-íris?

E quem faria isso usando apenas a “tela” que usas?

E as tintas – alguém conseguiria mais belas que as tuas?

Senhor, e o vento, que fizestes forte para tanger os maus; fraco para acariciar os bons, e raivoso para castigar aqueles que teimam em desobedecer – e que só lembram de Ti nas necessidades?!

E o mar?

Quem mais poderia criar o mar, senão Tu?

Quem mais é capaz de manter a vida de todos e de tudo, se não Tu?

E a chuva, o sol, a noite, o dia e o cântico mavioso dos pássaros – alguém seria capaz de criar tudo isso e manter, além de Ti?

Por tudo isso Jesus, caminho único que nos leva à Deus, eu vivo.

Eu creio!

Conscientemente, o somatório de tudo, ainda será muito pouco ou quase nada para explicar o mistério da Fé.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JOÃO ARAÚJO – MUNIQUE – ALEMANHA

CAPIBARIBE – Poesia, poema, verso, literatura, por este colunista.

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Obrigado, muita saúde, um forte abraço a todos e até a próxima.