DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

OSNALDO PEREIRA DE ARAUJO – BRASÍLIA-DF

Caro Berto, Boa tarde.

Fiz uns cálculos de uma tabela que mostra, estado por estado, a quantidade de recebedores do “Bolsa Família” comparada com a quantidade de pessoas com emprego formal (carteira assinada).

O “Auxílio Brasil” acrescentou mais 3 milhões nesse universo, mas não creio que mude muito a estatística.

É espantosa a proporção de “bolsistas” em estados como Maranhão, Piauí e Paraíba. Todos governados por esquerdistas de carteirinha.

Por outro lado, observa-se o estado de Santa Catarina com disparadamente a menor proporção; um estado que sempre votou em candidatos mais conservadores e – observe-se – nunca foi governado pelo partido das trevas.

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

O HOMEM E A HISTÓRIA

Hoje fui novamente ao meu médico psiquiatra – médico de gente doida, em caeté popular -, ajustar medicamentos, conversar fiado e ser aconselhado por um profissional que tem idade para ser meu filho. Mas deixa isso para lá. Eu, e minha fiel escudeira, a Renata, afiliada de nossa confraria também foi, afinal, até o médico a gente partilha.

E, jogando conversa fora, observando o movimento da rua e fazendo maledicências que só cabem dentro do carro fui vendo a quantidade de venezuelanos nas ruas de Campo Grande. Em cada esquina, semáforo, ou cruzamento, há aquela placa com os dizeres “Sou venezuelano e estou com fome!”. Visto isso, não dei de ombro, mas desestimulo quem quer que seja a dar qualquer óbolo (gostou, Violante?). E tenho minhas razões e vou mais além: a minha total oposição ao programa do governo federal chamado Acolhimento.

Esse programa é, basicamente, abrir as fronteiras para que venezuelanos que estão fugindo da ditadura comunista do Maduro possam entrar, e aqui recebem apoio, relocação para outros centros urbanos, moradia e emprego. Aqui, na gloriosa Campo Grande, o governo municipal também lançou uma campanha de desestímulo a esmola, ao mesmo tempo em que oferece, via secretaria de assistência social, moradia, encaminhamento para emprego, roupas, roupa de cama e alojamento até a família se estabilizar.

Alguém pode pensar que eu sou de coração duro, um caeté insensível. Tudo bem… sou canibal. Gosto do Sardinha ao ponto, mas até para um canibal há limites. E, um desses limites se chama história. E explico, ao pequeno curumim que está sentado à beira da fogueira, ao meu lado, esperando o antebraço do Sardinha ficar pronto.

Lembro-me nos anos entre 1996 e 1998 quando o coronel tapado de Caracas que atendia pelo nome de Hugo Chavez tentou dar um golpe de Estado, foi preso, depois se convenceu que só poderia destruir a democracia, se estivesse dentro das entranhas desse processo. E, assim o fez. Com seus plebiscitos, consultas revogatórias, eleições até para o guarda de trânsito, foi roendo a democracia venezuelana, até ela ruir completamente.

Porém, o problema não era Chavez, mas sim quem o apoiava: Eram estudantes universitários, professores universitários, advogados, a imprensa em sua quase totalidade, os burgueses com vergonha e com remorso de serem ricos, mas que nunca trabalharam para conquistar essa riqueza, só receberam dos pais, os funcionários públicos daquele país quase todos seduzidos pelo canto de sereia, do dito “socialismo do século XXI”, todos os sindicatos com viés esquerdistas – que belo oxímoro -, parte significativa da hierarquia católica daquele país, professores da Educação Básica, doutrinados naquelas universidades que formavam militantes, mas deixaram de formar uma elite intelectual.

Pois bem…. quem a gente vê nas ruas do Brasil? Exatamente aqueles que faziam protesto a favor do chavismo, aqueles que apoiavam Hugo Chavez e sua loucura de socialismo do século XXI. Recentemente fui abastecer meu Poizé (assim chamo meu carro) e quem me atendeu foi um frentista venezuelano. Puxei conversa e fiquei sabendo que lá, no país dele, era engenheiro de petróleo e trabalhava na PDVSA – a Petrobrás da Venezuela -, tinha um salário e um padrão de vida invejável para a maioria da população, cheio de benesses. Sindicalista, apoiou o chavismo, até a hora em que a realidade o atropelou.

E, nas minhas andanças aqui pela gloriosa Campo Grande, já conheci professores universitários venezuelanos trabalhando como garçom, frentista. Já encontrei advogados, engenheiros, economistas venezuelanos trabalhando como pintores, serventes de pedreiro, encanadores, garis. Nenhuma dessas profissões é indigna quando exercidas com ética, seriedade e senso de dever. Todo dinheiro ganho com o fruto de seu trabalho é decente, limpo e glorioso. Mas, o que me incomoda é saber como essas pessoas estão fugindo de suas próprias histórias e da história do próprio país que eles ajudaram a escrever,

A onda de refugiados não é formada por pobres e miseráveis lá da Venezuela. Esses não tem para onde ir. Sua miséria é a prisão perfeita da vontade, da mente, da liberdade. Não. Esses que hoje estão chegando ao Brasil, e também na Colômbia, são exatamente aqueles profissionais e estudantes que, no passado levantaram a bandeira do chavismo, e lutaram pelo tirano. Conheço um jornalista, que trabalha como funcionário de mercado, aqui do bairro. Ele me contou que a redação do jornal dele era a mais militante por Chavez, na Venezuela, inclusive publicando somente notícias favoráveis. Hoje, esse mesmo jornalista pragueja Chavez e o deseja no “malebouge”, lá depois dos sete círculos infernais de Dante.

Em outras palavras, os venezuelanos fizeram todas as cagadas possíveis no país deles. Quando a coisa ficou feia, fugiram. Aqueles que podiam, naturalmente, já que um atravessador cobra até dois mil dólares para trazer eles próximos à fronteira do Brasil. E, dois mil dólares é coisa que nenhum pobre, seja de lá, ou de cá tenha. Ninguém foge à sua história, eu sempre digo isso. Os venezuelanos estão aprendendo da maneira mais dura possível, que defender o indefensável tem consequências. O que me incomoda é a visão de crianças esquálidas, quase esqueletos humanos com uma pele por sobre o corpo. Isso me dói na alma.

No entanto, sou da posição de que, você tem que ser responsável pelos seus atos e pelas suas escolhas. E, fica um recado para Pindorama e para aqueles que estão namorando com o totalitarismo e com a volta do petismo: ninguém foge à sua história. Com a América Latina quase toda nas mãos dos esquerdistas só sobraram o Paraguai e o Uruguai, mas acredito que, tal qual eu, eles não estão dispostos a receber, como onda de refugiado aqueles que, deliberadamente colocaram o lobo para tomar conta do redil.

Ninguém foge à sua história. Professores, sindicatos, profissionais liberais, estudantes. Essa é uma lição ao vivo que o socialismo está dando a todos, Deixar ser seduzido, ou não só depende de abrir a janela do carro, quando estiverem nas ruas e ler, com atenção aqueles cartazes garatujados, muitas vezes com um pedaço de carvão: Sou venezuelano e tenho fome! Essa é a lição que a história da Venezuela está dando ao povo dela. Essa é a lição que a Venezuela está dando a nós, brasileiros, em 2022.

DEU NO X

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

SONETO DA CONCILIAÇÃO – Lêdo Ivo

Que o amor não me iluda, como a bruma
que esconde uma imprevista segurança.
Antes, sustente o chão em que descansa
o que se irá, perdido como a espuma.

Veja que eu me elegi, mas sem nenhuma
razão de assim fazer, e sem lembrança
de aproveitar apenas a esquivança
de que o amor não prescinde em parte alguma.

Que também não se alheie ao que esclarece
o motivo real, de uma oferta,
reunir o acessório e o imprescindível.

Antes, atente a tudo o que se tece
distante do seu dia inconsumível
que dá certeza à noite mais incerta.

Lêdo Ivo, Maceió-AL, (1924-2012)

COMENTÁRIO DO LEITOR

JORNAL PLURAL

Comentários sobre a postagem MORO LEVIANO

Elaine Prestes:

Realmente o Brasil é o país do futebol….

Eu sou do time do Mouro, visto a camisa do “Antagonista”

E gosto muito do Besta Fubana.

* * *

João Francisco

Cara Elaine, aqui é o Jornal mais plural da Internet.

Ninguém nunca foi e nem nunca será censurado por opiniões ou posicionamentos políticos.

Continue no time do “Mouro” e a vestir a camisa do Antagonista, gostando do JBF.

Frequente mais este espaço de debates, que costuma (isso eu não garanto que sempre será) ser sociável e frequentado por pessoas com argumentação mais ou menos sólida.

Abraço

* * *

RODRIGO CONSTANTINO

O LEGADO DE OLAVO CARVALHO

O filósofo Olavo de Carvalho morreu na noite desta segunda-feira (24) aos 74 anos. A família do escritor confirmou a notícia nas redes sociais. Carvalho estava  internado em um hospital de Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi informada.

“Com grande pesar, a família do professor Olavo de Carvalho comunica a notícia de sua morte na noite de 24 de janeiro, na região de Richmond, na Virgínia, onde se encontrava hospitalizado”, diz a nota.

Várias lideranças bolsonaristas lamentaram a morte, inclusive o presidente Bolsonaro e seus filhos, além de inúmeros deputados e ministros. Olavo, afinal, foi chamado de “guru” deste governo. Na verdade, seu legado é mais profundo: ele foi um dos principais pensadores do conservadorismo brasileiro, e influenciou diversos nomes da direita nacional.

Comecei a ler Olavo pelo seu site, quando ainda era um jovem economista liberal no mercado financeiro. Era leitura imperdível, e Olavo abriu meus olhos para as ameaças do Foro de SP quando muitos no próprio mercado ainda flertavam com uma imagem falsa de Lula moderado.

Dos vários livros eu li apenas O Jardim das Aflições. Leitura instigante, em que pese eu considerar uma análise dura demais e injusta com Epicuro – mas não com seus “herdeiros” hedonistas. Nunca fui aluno do seu curso COF, mas vi alguns vídeos do programa antecessor, o True Speak.

Desde os tempos de Orkut tivemos nossas “tretas”, com altos e baixos, o que me rendeu o apelido “Cocô Instantâneo” – Olavo tinha essa mania de colocar apelidos, bem criativos. Recentemente houve uma reaproximação, e a última coisa que eu disse sobre ele, à minha mulher, foi que gostaria de visitá-lo em Virginia. Tinha certeza de que seria um encontro interessante. Essa oportunidade passou, infelizmente.

O carinho com que tanta gente inteligente e decente tem tratado o professor após sua partida é prova de seu legado, especialmente para quem realmente o conheceu. A figura pública das redes sociais era bem mais polemista, provocadora, e quem conhece Olavo somente do Twitter ou Facebook não tem noção de sua vasta cultura e sua gentileza – atestada por todos que o visitaram em sua casa.

Combativo ao extremo, claro que Olavo deixa muitos desafetos. Mas nem vale a pena mencionar o clima de ódio e júbilo nas redes sociais por parte de seus adversários, pois nenhum destes será lembrado em 15 anos, enquanto Olavo será lido daqui a cinquenta anos ou mais. Esse ódio demonstra apenas a falsidade dessa turma, que fala muito em diversidade, mas torce pela morte de seus inimigos. É algo podre, e fica apenas a constatação do fenômeno, que Olavo conhecia bem e descrevia com perfeição. “O mais desprezível dos homens é aquele que considera que a intensidade de seu ódio é prova da veracidade de sua crença”, resumiu Olavo. Muitos, incapazes de rebater seus argumentos, miravam nos ataques pessoais.

“Meu propósito não é mudar o rumo da história, mas atestar que nem todos estavam dormindo enquanto a história mudava de rumo”, escreveu Olavo. Ele sabia que, ao apontar o dedo para mudanças revolucionárias que muitos idiotas tomam como avanço da modernidade, ele seria detestado por esses idiotas. “A canalhice é a ciência mais avançada do mundo atual – opera em escala global, inclusive – e o seu resultado é justamente a multiplicação de idiotas que jamais se dão conta de sê-lo”, escreveu.

Em minha humilde opinião, o principal valor do legado de Olavo foi chamar a atenção para a guerra cultural em curso, enquanto muitos liberais focavam apenas em aspectos econômicos ou utopias libertárias. Minha guinada mesmo desse libertarianismo para um liberalismo mais conservador simboliza um despertar para esse fato, e apesar de ter tido pouca influência direta do próprio Olavo, não dá para deixar de admitir que sim, Olavo tem razão.

Que o filósofo autodidata descanse em paz! Deixo meus pêsames para seus familiares e amigos, e um atestado de que a contribuição do pensamento conservador de Olavo permanece entre nós. Como ele mesmo disse: “Todos os meus mortos queridos… eu não sinto saudade deles. Porque eles estão presentes, eles existem. Nada do que aconteceu ‘desacontece’. Aquilo que aconteceu aqui durante uma fração de segundo já está na eternidade, nunca mais volta ao não-ser”.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JOÃO FRANCISCO – RIBEIRÃO PRETO-SP

Vantagens do Etanol sobre os Combustíveis Fósseis

O Etanol ainda é visto no Brasil com desconfiança. Alguns incutem a ideia de que o mesmo é mais caro que a gasolina, é subsidiado e só existe para atender a demandas de “usineiros”, o que é totalmente falso. O nosso programa de combustíveis renováveis é modelo para o mundo inteiro, sendo inclusive copiado pelos EUA, que hoje produzem Etanol de milho em maior quantidade que o BR. Tem etanol de 2 tipos, o Hidratado (92,5% INPM usado direto no motos e o Anidro 99,9% misturado à gasolina). Sobre as vantagens, podemos falar:

Menos nocivo ao meio ambiente

Por ser produzido, principalmente, a partir da cana-de-açúcar ao invés do petróleo, o etanol emite menos gases poluentes na atmosfera. Segundo a Agência Americana de Planejamento Energético (EIA), o etanol produzido através da cana-de-açúcar reduz, em média, 89% a emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa, em comparação à gasolina comum.

Ajuda a manter o motor do carro limpo por mais tempo

A gasolina comum pode deixar resíduos nos bicos injetores do veículo, fato que é mais difícil de ocorrer com o etanol. Além disso, o etanol tem a capacidade de remover resíduos deixados pela gasolina por onde o combustível passa. Por isso, especialistas apontam que o álcool deixa o motor do carro limpo.

É um produto renovável

O petróleo, matéria-prima da gasolina, é um produto fóssil e não-renovável, ou seja, em algum momento ele irá acabar. Com o etanol isso não acontece devido a suas fontes de produção, que só depende da plantação da sua matéria-prima.
Ajuda na cadeia econômica

O Brasil é um dos principais países produtores de cana-de-açúcar. Com isso, o consumo do etanol aumenta a demanda por esses produtos e ajuda a empregar milhões de brasileiros, contribuindo para a economia local.

Aumenta a potência de carros flex

Carros que possuem motor flex tendem a andar melhor quando são abastecidos com álcool. Isso acontece devido a taxa de compressão do motor, que é maior com o combustível vegetal. Esse aumento que explica o maior consumo do etanol em relação à gasolina.

E a adição de Etanol Anidro (27%) à gasolina é nocivo?

Uma das consequências mais importantes da adição do álcool à gasolina é seu impacto ambiental. Primeiramente, o uso do Etanol Anidro na gasolina substitui o antigo componente, Chumbo Tetraetila, que é um químico altamente tóxico e poluente. O álcool, por sua vez, possui um impacto muito menor no meio ambiente.

A porcentagem de 27% influi diretamente no montante final que calcula o preço total da gasolina. Por ser um componente produzido pelas usinas de cana-de-açúcar em alguns momentos, como os de safra, ele barateia o custo final. Mas ao mesmo tempo, quando as usinas se encontram na entressafra, o preço também se reajusta, encarecendo um pouco o valor final.

Eu poderia me alongar mais ainda, mas vou citar que hoje cerca de 10% da energia elétrica produzida no Brasil provém de biomassa, que nada mais é do que o bagaço da cana, um subproduto da produção de etanol. Esta energia é produzida no período da seca dos rios que corresponde à safra da cana, ou seja, preserva os reservatórios. As Usinas de Cana têm créditos de carbono a receber.

DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

NACINHA – CUIABÁ-MT

Meus queridinhos:

Quando vejo Lula, Ciro e Cia falando que vão acabar com a corrupção, eu acho que eles irão votar do mesmo jeito que eu.

Este ano eu votar Bolsonaro na cabeça.

Que vai continuar varrendo a corrupção.

Vai dar o mito de novo!!!!