DEU NO X

A CULPE É DELE NO MUNDO TODO

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

C EDUARDO – PATY DO ALFERES-RJ

Seu voto vale 14 parcelas de R$ 400,00

Na incapacidade de entregar crescimento e emprego, o Governo Bolsonaro da esmola em troca de voto. “Seu dotô uma esmola a um pobre que é são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão”

O Governo Bolsonaro desesperado por ter falhado em modernizar o Estado; privatizar as estatais cabides de emprego; fazer a economia crescer, gerar empregos; manter a ORDEM, dar estabilidade politica e jurídica, mais um ambiente de negócios que facilite o PROGRESSO; vendo a vaca indo para o brejo em ritmo acelerado, sabendo que a reeleição é inviável; mudou o valor e o nome do programa esmola/voto, criado pelo PT, rebatizado de Auxilio Brasil pelo populista da vez. Uma tentativa inútil para reeleger o Psicopata. Uma despesa que vai se juntar a divida enorme para o cidadão pagar pelo resto da vida. É fácil fazer caridade com o dinheiro dos outros. Na verdade o argumento de que o rombo é causado pelo Auxilio Brasil é uma falácia. O rombo tem outros componentes bem menos nobres.

O Ministro Paulo Guedes mandou as favas seu discurso de liberal, excomungou o rigor fiscal e vem com uma conversinha fiada para tapear o contribuinte, dizendo que são populares e não populistas. Que vergonha! Não se iludam essa ginástica para a contabilidade aparentar que não estão gastando o que não tem, só vai enganar quem quiser ser enganado. Todos, inclusive esses que dizem “me engana que eu gosto” vão pagar a divida. Podem colocar fora do teto, mas está dentro da dívida que nós, nossos filhos, netos e bisnetos irão pagar.

“Queremos ser um governo reformista e popular. Não populista. Os governos populistas estão desgraçando seus povos na América Latina. Somos um governo com objetivo de ser reformista e popular. Continuaremos lutando por reformas. Quem da o timing é a política”

Uma vergonha esse individuo que vendeu a alma ao Cabrunco e ao Centrão. O bruxo Paulo Guedes quer fazer o teto virar piso. Para quem gasta mal nenhum dinheiro é suficiente. Foca na reeleição a economia a gente vê depois.

Em 22 nenhum dos 2

J.R. GUZZO

DO NADA PARA O NADA

A “CPI da Covid”, após seis meses como o único evento na vida política do Brasil, a bomba de hidrogênio que iria reduzir o governo a pó e mandar o presidente da República para a cadeia pelos próximos 80 anos, finalmente acabou. Acabou ou está morta? Mais: chegou a estar viva algum dia, já que tinha as suas sentenças de condenação perfeitamente prontas antes mesmo de ser aberta a sua primeira sessão de “trabalhos”?

O relator da comissão e o seu presidente, mais um ou outro ajudantezinho, fizeram uma monumental simulação de atividade nos últimos 180 dias – parecia que estavam investigando os horrores mais extremados dos 521 anos de história do Brasil. Mas nunca investigaram nada, não de verdade, e o resultado é que as suas conclusões são as que já estavam prontas quando tiveram a ideia de montar esse show. Do nada, no fim das contas, saiu o nada.

Qual a seriedade que se pode esperar, dos pontos de vista legal, político e moral, de uma comissão que passa seis meses a vender a ideia de que está apurando atos monstruosos de corrupção e, no fim dos “trabalhos”, não inclui entre as suas acusações oficiais o desvio de uma única caneta Bic? Ou havia ladroagem ou não havia – ou havia em outro lugar, bem longe de onde estavam procurando. Se não havia, os sócios-controladores da CPI passaram seis meses mentindo para o público. Se havia, por que não aparece nada no relatório final? Outra trapaça, de nível equivalente a essa, é o conto do “genocídio”. Não se pode sair por aí dizendo, assim à toa, que alguém é genocida; em matéria de crime, não é como passar a mão no celular da moça que está esperando no ponto do ônibus. A CPI trapaceou de novo – disse que tinha genocídio. Depois disse que não tinha. Dá para levar a sério?

Era só ler o que está escrito na lei: genocídio é destruir “grupo nacional, étnico, racial ou religioso”. Para isso o sujeito tem de “matar membros do grupo”, ou submeter o grupo, “intencionalmente”, a condições que levem à sua “destruição física”, ou “impedir os nascimentos no seio do grupo” ou, enfim, fazer “transferências forçadas de crianças para outro grupo”. É coisa de gente que mexe com campo de concentração, e daí para baixo. Como atribuir um átomo de honestidade a quem brinca com acusações como essa?

A CPI, nisso aí, revelou que tem credibilidade zero, com viés de baixa. Porque seria melhor nas suas acusações de “crime contra a humanidade”, ou de “epidemia” – que, segundo a lei, não é andar sem máscara, mas “propagar germes patogênicos”? É difícil dizer.

DEU NO X

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JACOB FORTES – BRASÍLIA-DF

Não bastasse a graça, a vivacidade, a ingenuidade da infância, as crianças são também fecundas em atitudes inesperadas.

Francisco Ferreira da Silva, menino de cinco anos, que atendia pelo apodo de “Diploma”, – e cujos avós maternos figuram na sua certidão de nascimento como pais biológicos -, fora ter um encontro com o seu primo, Ezequiel, de seis anos, este cheio de desconsolo pela recente perda do pai. Condoído com a tristeza do primo disse-lhe Francisco: “Não chore, primo, se você aceitar eu dou o meu pai para você! ”

Algures alguém disse que as crianças têm qualquer coisa de passarinho, de anjo e de demônio.

O que quer que se diga sobre as crianças a verdade é que “ elas vivem a encher a casa com a música da sua voz, e a encher-nos o coração com a graça de sua meiguice”.

Quanto ao jocoso apelido “diploma”, trata-se de uma tirada espirituosa do avô.

É que a mãe de Francisco, depois de quatro anos estudando na capital para conseguir um diploma, retornou à casa dos pais sem o tal documento.

Em compensação trouxe nos braços, ainda fraldado, um belo varão, mais tarde conhecido, entre os íntimos, pelo apodo de “Diploma”.

JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

A ESPERA

Eu estive aqui.

Marcamos que nos encontraríamos.

Lembras?

Esperei. Esperei e esperaria mais – se era esperar que querias que eu fizesse.

Não viestes.

Não virias mais?

Não vens?

Mas, continuarei esperando.

Estarei aqui amanhã – a partir da hora que combinamos.

Posso esperar?

Tu vens? Vens mesmo?

Acredito, e, por isso, esperarei.

Ainda que não venhas, estarei esperando.

Esperarei esperando, até que a espera me diga que não virás,

Ou, que a espera é uma forma inútil de esperar.

Esperei.

Estive aqui. Consegues ver?

Escolhi um lugar que nos cabia

E agora, só cabe a espera.

* * *

Transformação

Quero o néctar do teu corpo
Para alimentar minhas borboletas.
Quero um campo, sem ventos fortes
E um corpo puro como tuas entranhas.

Quero o néctar do teu corpo
Para alimentar minhas borboletas.
Quero o cheiro do mel polinizado
Para acalmar minha ansiedade.

Quero o néctar do teu corpo
Para alimentar minhas borboletas.
Quero a beleza e o cheiro do teu corpo
Para o pouso demorado do meu.

Quero o néctar, quero teu corpo
Quero teu cheiro, quero, enfim,
Me transformar numa borboleta.
Para viver uma vida sem fim.

DEU NO JORNAL

FOI O MEDO

O ego inflado de muita gente não deu chance à humildade para admitir o erro da fantasiosa demissão do ministro Paulo Guedes.

O pessoal das agências verificadoras de “fake news” decretou feriadão desde quinta.

* * *

Eles “decretaram feriadão” porque estavam apavoradores.

Os “verificadores” ficaram sabendo que Polodoro estava doidinho pra encontrá-los.

Nosso estimado jumento deixou até a pajaraca já devidamente vaselinada pra rebentar as pregas de todos eles.

MAURÍCIO ASSUERO - PARE, OLHE E ESCUTE

CAMINHO SEM VOLTA

O governo Bolsonaro começou com dois ministros que dispensavam quaisquer apresentações: Paulo Guedes e Sérgio Moro. Com o passar do tempo, Tarcísio Freitas mostrou-se extremamente proativo e deu andamento a diversas obras encalhadas há anos, tornando-se outra peça chave para o governo. Maria Cristina, na Agricultura, tem tido um bom desempenho pelo favorecimento ao agronegócio que é responsável por mais de 40% das nossas exportações e tem contribuído bastante com os superávits na balança comercial. A chegada de ministros com perfil político, como Ciro Nogueira e Fábio Faria, para mim quebrou o compromisso com o tecnicismo necessário para equilibrar as contas.

Quando Guedes tomou posse, no dia seguinte dei uma entrevista à Rádio Liberdade de Caruaru onde me pediram para destacar pontos positivos e pontos negativos do discurso. O primeiro ponto positivo que destaquei – e quero falar precisamente desse – foi Guedes ter dito claramente qual seria a base da politica econômica: a) privatizações e concessões; b) combate à inflação; c) política fiscal, ou seja, o governo iria implantar reformas (previdenciária, administrativa, tributária, as principais), não fazer loucuras e reduzir o déficit pela metade para com isso passar maior credibilidade e atrair investimentos. Eu disse que nunca tinha ouvido um ministro deixar tão claro de onde viriam os recursos para equilibrar as contas. Geralmente, o discurso é assim: “precisamos reduzir a dívida publica”, “precisamos gerar empregos”, mas ninguém diz como vai fazer isso. Guedes disse e um ano depois foi eleito o melhor ministro da Economia do mundo.

O ponto negativo que coloquei foi o fato de que a maioria das propostas de Guedes precisava de autorização do Congresso e nesse ponto eu achava complicado pela falta de apoio, pela falta de liderança do governo e, principalmente, pela falta de quadros, bons quadros, no entorno do presidente ou de seus ministros. Tarcísio Freitas, por exemplo, fez parte do governo de Michel Temer, assim como Mansueto Almeida que era secretário do Tesouro Nacional e para mim a maior autoridade em contas públicas neste país. Acho que poucos sabem que os ajustes no orçamento para buscar equilíbrio, ainda no governo Temer, são obras de Mansueto. Veio, então, o primeiro baque com a saída dele do Tesouro Nacional, em junho de 2020.

Como se não bastasse esse fato, o processo de privatização foi parar no STF e caiu na relatoria de Ricardo Lewandowski e este fincou o pé: empresa pública só pode ser privatizada com autorização do congresso. Nitidamente, isso foi uma forma de brecar o sucesso da politica de Guedes. Lewandowski, e as torcidas do Flamengo e do Corinthians, sabia que se não fosse assim, a meta de reduzir o déficit tinha sido cumprida no primeiro ano. O STF aprovou as privatizações das subsidiárias sem que o congresso precisasse autorizar. Qual o foi impacto disso? Salim Mattar sai do governo. Ele que era responsável pelo processo de desestatização entendeu que era difícil o processo de desratização. Foi cuidar da vida e o projeto de Guedes leva um direto de direita ou de esquerda no queixo.

Como se desenhando uma situação tenebrosa, essa semana saíram quatro diretores do Ministério da Economia. Um amigo comentou num grupo que “não entendia como ainda havia coragem de defender Paulo Guedes”, mas em nome da amizade é melhor você não argumentar certas coisas. Mas, não foi culpa direta de Guedes a entrega desses cargos. Foi de Bolsonaro e envolveu o chamado Auxílio Brasil. Dar dinheiro é muito fácil, principalmente quando não é teu. A equipe econômica vinha trabalhando exaustivamente para chegar num número que não causasse impacto nas contas do Tesouro e que não criasse dúvidas no mercado. Então, o presidente espelhado no auxílio emergencial que alavancou sua popularidade, comunicou que o auxílio seria de R$ 500,00 ou, no mínimo, R$ 400,00. Tranquilo: os técnicos fizeram o que eu faria. Qual o motivo de se trabalhar arduamente para se fixar um valor que preservasse as contas, para depois o cara chegar e dizer que o valor era tal? Se tivesse dito isso antes teria evitado a perda de tempo investida para achar esse valor ótimo.

O retrato de tudo isso é que Bolsonaro vai fazer a mesma merda que Dilma fez e que Temer não fez porque não tinha chance de ser eleito, dado aquele lance todo como o JBS. Levy Joaquim, um cara competente, ministro de Dilma, não aguentou dizer que o país não tinha recursos para sandices. Saiu do governo. Simplesmente. A questão é simples gente: um cara ganha R$ 1.000,00 e deve R$ 870,00, ou seja, esse cara tem R$ 130,00 para alimentação, moradia, saúde, educação, vestimenta, etc. e como o dinheiro não será suficiente, ele precisa pedir emprestado. Você emprestaria? Essa é a situação do país.

Eu lamento profundamente por Guedes. Não achei que ele fosse arraigado ao cargo. Quando um presidente começa tomar decisões econômicas acima do ministro da área, ele não precisa do ministro. Foi assim com Guido Mantega. Dilma consultava todo mundo menos ele. Não precisa fazer contas se já tem um valor previamente definido. Para mim, Guedes foi uma grande decepção nesse ponto porque era para ter ido embora. Seu projeto poderia ser útil para um candidato mais comprometido.

No bojo disso tudo, temos inflação alta, taxa de juros subindo, dólar insistindo em permanecer nas alturas, política de combustível distante dos interesses da sociedade, exatamente por essa falta de liderança do governo. Houve a aprovação de MP que permite a venda de álcool direta da usina para o posto e que poderia sacudir o mercado, mas apenas na Paraíba o governo emitiu um decreto autorizando esse tipo de comercialização. Em suma: já vi outros governos trilhando esse caminho, ou seja, trocando o fortalecimento da economia por política populista. Esse caminho nunca teve volta. Não acho que terá agora.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

EDSON TABOSA – CAMPINAS-SP

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