CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

SPOCK LEE – NEW CASTLE, DELAWARE – USA

Caro Berto,

Segue mais uma notícia dos istêites sobre a Fraude de Jornalista sobre a Ivermectina:

“A ivermectina falhou realmente no Brasil ou o jornalista brasileiro enganou o povo?”

É uma vergonha, é escancarado, o povo brasileiro sendo enganado 25 horas por dia.

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BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

COMENTÁRIO DO LEITOR

RESPEITÁVEL PÚBLICO, RESPEITÁVEL CIRCO !!!

Comentário sobre a postagem CHAMAR PELO NOME CERTO PASSOU A SER ERRADO

Paulo Terracota:

Chamar a CPI dos três patetas de circo é uma ofensa aos profissionais do Circo.

Profissionais que todos nós, guardamos com muito corinho, nas memórias de nossas infância.

* * *

JOSÉ PAULO CAVALCANTI - PENSO, LOGO INSISTO

CIRCOS

O Gran Circo Hong Kong estava armado numa favela, em Serrambi-PE. Entrada baratinha, 5 pratas, com direito a tudo que se tem direito em circos que lembram os da nossa infância. Menos o picadeiro. Antes, pó-de-serra; hoje, só uma lona velha. Nesse, trabalhavam 6 pessoas. Antes da sessão, um cuidava da bilheteria, outro das entradas, os demais vendiam pipoca, bombom, algodão-doce. Trabalho solidário. A noitada começou com Roberto, o equilibrista do arame. Apesar da malha preta rasgada, e do sapato roto, não caiu. Aplausos. Depois, se transformou no palhaço Biribala. E ainda teve fôlego para se exibir, no fim da sessão, como domador de animais. Só que, estando o custo de vida pela hora da morte, um circo desses não iria conseguir mesmo pagar nem um pedaço da carne exigida por animais de grande porte ‒ como tigre ou leão. E o pobre Roberto, domador de tantos dotes, teve que se contentar em trabalhar com um mero bode. O bodinho Edmundo, como berrava entusiasmado o locutor.

Depois veio Mister Carlos, o homem de gelo. Que engolia fogo rebolando de um jeito que sei não. E soltava labaredas, com o auxílio do querosene que guardava em uma latinha de Skol. De vez em quando, um gole d’água para limpar a boca. Atrapalhou-se e, em vez de água, bebeu foi o próprio querosene. E quase morreu. Melhor fez o palhaço Espoleta, bem novinho, 6 anos (por aí). Tinha olhos tristes. Dia seguinte o vi brincando, na areia, com um carrinho de plástico azul. Difícil imaginá-lo distante desse ofício de criança que é o de brincar sem receios do futuro. Joseane, a mulher dos cabelos de aço, entrou correndo e foi logo se jogando para plainar sobre as cadeiras de plástico da plateia. Divina e majestosa. Só que o locutor (um certo França), e mais Mister Carlos (o tal homem do gelo), deveriam ter puxado a corda presa em seus cabelos, garantindo a decolagem. Mas estavam conversando e nem prestaram atenção em Joseane, coitada. Deu tudo errado. E a pobre acabou se esborrachando em meio ao distinto público. Por fim apareceu Gardênia, a indefectível vedete que sempre anima circos de interior. Dublando música de duplo sentido. Dublando, aqui para nós, é exagero. Abrindo a boca, seria uma descrição mais fiel do seu número. Pena só que o tempo já de muito havia passado, para Vovó Gardênia.

Comparo tal circo aos que agora se exibem, no Planalto Central. Diferentes, embora. Que, num, gente humilde tenta sobreviver com seu trabalho digno. Enquanto, nos outros, sobra só a sanha de se exibir, a qualquer custo, nas TVs. A esperança de prescrição dos seus processos, no Supremo. A preocupação em proteger parceiros, acusados de corrupção, nos estados e municípios. E um exagero do sabe com quem estão falando? Sabemos, senhores. Sabemos.

VIOLANTE PIMENTEL - CENAS DO CAMINHO

O RANZINZA

Décadas atrás, entrando pelo século passado, um deputado apresentou à Câmara Federal, um projeto de lei, propondo que os casamentos só fossem realizados, depois que os noivos se submetessem, com resultado negativo, à reação de Wassermann, que identificava a presença de Sífilis no sangue.

A mulher era considerada uma Cruz na vida do homem, transmissora de doenças, e por isso estigmatizada.

Vivia-se uma época excessivamente escrupulosa, e atrasada cientificamente. O temor das doenças, fazia com que os pais dos namorados pesquisassem as condições sanitárias dos antepassados dos pretendentes de seus filhos, até a quinta geração. Os noivos eram forçados a tomar um purgante de óleo de rícino oito dias antes do casamento, para limpar as impurezas do organismo. Era uma medida humanitária propagada pelo governo. Essa exigência chegava a reduzir o número de casamentos.

Considerado um prêmio para a mulher, o casamento, na verdade, era semelhante a uma coleira, que ela recebia no pescoço, até que a morte separasse o casal.

Na realidade, a mulher era um objeto de satisfação dos desejos do homem, com a finalidade de reproduzir a espécie.

Pois bem. Sem constrangimento nem entraves na língua, certo dia, Alvino, um fazendeiro grosseirão e metido a engraçado, dizendo-se insatisfeito com a vida, “filosofava” com os amigos, na mesa de um botequim, sobre a chatice e o peso do casamento:

– O casamento só pode ser compreendido por alguém, que já teve um automóvel. A esposa, mulher definitiva, é uma espécie de automóvel particular. À medida que o tempo vai passando, não existe no mundo coisa que dê mais trabalho e despesa do que um automóvel. Um dia, é uma peça que falha; no outro, é a gasolina que está acabando; mais tarde, aparecem arranhões na lataria…. E o dono do automóvel gasta quase tudo o que ganha, para mantê-lo funcionando.

Dizia que uma amante era considerada o “táxi” do coração. Ao homem, só proporcionava alegria. O homem pega, paga, e salta onde quer, sem se preocupar onde fica a garagem, nem com o estado do motor ou a marca do lubrificante.

Nesse momento, soaram, monótonas, na torre da Igreja, as seis badaladas metálicas da Ave-Maria. Era a “”Hora do Angelus”, mediante o Toque das Ave-Marias ou Toque das Trindades, que corresponde às 6h00, 12h00 e 18h00, e relembra aos católicos (através de um toque especial dos sinos das igrejas e capelas) o momento da Anunciação – feita pelo anjo Gabriel à Virgem Maria – da concepção de Jesus Cristo, acreditada como livre do pecado original. Nesse instante, é comum ao cristão parar a sua atividade por uns breves momentos, e se recolher em meditação e oração.

Alvino levantou-se, persignou-se, fazendo, solenemente, o sinal da Cruz, e foi ligeiro para casa, onde a esposa e os cinco filhos o esperavam para jantar.

No caminho, pediu perdão a Deus, pelas besteiras que tinha conversado com os amigos. Jurou que era tudo “da boca pra fora”.

DEU NO JORNAL

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DEU NO X

SANCHO PANZA - LAS BIENAVENTURANZAS

CONFIGURER LE MONDE À LEUR FANTAISIE

Assim como Pessoa, poderia dizer Sancho: “Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia/Não há nada mais simples./Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte./Entre uma e outra todos os dias são meus”.

Giedre Dukauskaite (sus inolvidables ojos verdes, su belleza cosmopolita, moderna, puro glamour); você ainda vai querer casar com ela; deixemos a “guapíssima” lituana para uma outra hora e falemos de Leninha…

Minha irmã, a professora comunista Marya Yelena Noytaba, ligou para uma emissora de rádio, especializada em política, para falar mal do Bolsonaro.

Como estava a cuspir marimbondos depois de ler algumas crônicas de Adônis, Roque Nunes e Marcos André, no JBF, atual Disneylândia Bolsonarista, discou errado e foi parar em outra rádio, em um programa que dá prêmios ao ouvinte que acertar uma pergunta do locutor.

Tinha passado a noite inteira escrevendo tudo que sentia pelo atual governo (ódio do bem), comendo dois símbolos do capitalismo ianque (lanche do Mac com coca-cola), quando a fome da madrugada fazia rugir seu estômago (diria Roque Nunes: “é mais fácil fazer um burro morto peidar a ária “Mio Babbino Caro” de Puccini, em si bemol, do que um esquerdista ser coerente com suas próprias bandeiras”).

Tinha ela boa memória e muita má vontade com o atual governo. Tudo decorado, na ponta da língua, era hora de desabafar.

Uma voz masculina, muito simpática e jovial a cumprimenta:

– Bom dia, querida e antenada ouvinte!

– Bom dia, jovem!
Como a senhora se chama e de onde fala?

– O meu nome é Marya Yelena Noytaba, mas pode me chamar de Leninha (Yelena,Lena, Leninha), apelido de infância e que faz lembrar o maravilhoso Lênin. E estou em minha residência, em Mogi das Cruzes, São Paulo.

– Muito bem. Uma mogicruzense. Nosso abraço a essa gente amiga, que nos sintoniza na região do Alto Tietê. E quantos anos a senhora tem?

– Eu tenho sessenta e três, com quarenta deles dedicado à causa comunista. Sei, inclusive, cantar a Internacional e gostaria de parabenizar o povo venezuelano, que, por determinação do maravilhoso Maduro, já está comemorando o Natal neste mês de outubro (“Llegó la navidad empezando octubre”, dijo el dictador a través de un video).

– Que maravilha! A senhora estudou a enquete de hoje? Pronta para responder e ganhar uma televisão Prestige HD Supreme Rose Edition, avaliada em US$ 2.26 milhões?

– Porra, que preço é esse, meu filho? Pode perguntar!

– Dona Leninha, há um país com duas sílabas no nome e uma delas é uma coisa muito boa de se comer. A senhora pode me dizer que país é esse?

– Claro, essa é fácil. É Cuba. Beijão para toda a família Castro, daquele paraíso comunista sem igual.

O locutor ficou mudo por alguns segundos, mas como esse pessoal de rádio pensa rápido, arrematou:

– Dona Leninha! A senhora vai levar um outro prêmio pela criatividade e bom humor, mas aqui na minha ficha está escrito Japão.

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