CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JÉSSICA SALES – SALVADOR-BA

Meu Editor, Meu Rei:

Manifestação de apoio ao Bolsonaro hoje, 2 de julho, em Salvador.

O ditador Rui Costa disse que ia proibir e se fodeu.

kkkkkkkkkk

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CARLITO LIMA - HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA

ALDEMAR PAIVA

Aldemar Buarque de Paiva, Maceió-AL (1925-2014)

Durante minha juventude, todas as noites, depois do jantar, encontrava os amigos para conversar, paquerar no calçadão da praia da Avenida da Paz. Certa vez estávamos sentados na grama e nos bancos abaixo ao coreto, ouvindo um tocador de violão cantar músicas românticas daquela época. Era serenata numa noite de luar. Alguém pediu “Pajuçara”, música nova, sucesso do poeta Aldemar Paiva. O violeiro não se fez de rogado: abriu a caixa, encheu os pulmões, ligou-se na inspiração, largou a voz com carinho e emoção e pela primeira vez ouvi, me apaixonei pela música sucesso até os dias de hoje.

“Eu que conheço o meu Brasil, sei muito bem,
As lindas praias coqueirais que ele tem
Por isso afirmo nesses versos que compus
Em Pajuçara, há mais encanto, há mais luz.
Pajuçara onde o mar beija as areias com mais alma e mais amor
Pajuçara lindo berço de sereia com seu coqueiral em flor
Pajuçara que reflete o sorriso que nos deu o Criador
Tem uma beleza rara, Pajuçara…”

A moçada bateu palma, pediu bis. O violeiro cantou várias vezes. Aprendi a canção que se tornou um símbolo de nossa amada terra, um Hino das Alagoas.

Nas minhas andanças, morei por esses brasis, voltava a Maceió nas férias, conservei amizade em todos os lugares onde morei. Uma força estranha me aproximava dos boêmios, poetas e artistas. Quando havia uma roda de música, não perdia tempo, eu cantava minha terra nas letras de Pajuçara.

Essa música se incorporou, tenho-a dentro de mim, no meu espírito. Se quando morre dissecassem nossa alma, tenho certeza que na minha encontrarão a música Pajuçara.

Conto essa história para homenagear o compositor, o poeta, escritor, artista, Aldemar Paiva, um alagoano que venceu no mundo das artes Sua fascinante existência foi dedicada à cultura nordestina e brasileira. Certo momento da vida do poeta o sucesso era tanto que emigrou das Alagoas, como tantos outros grandes alagoanos no século passado: Graciliano Ramos, Paulo Gracindo, Jofre Soares, todos brilharam pelo Brasil afora.

No Recife o talento de Aldemar Paiva encantou o povo. Tornou-se o artista mais eclético que o Brasil: poeta, compositor, cantor, ator de teatro e de televisão, roteirista de programa humorístico, entre eles o hilariante Chico City, do Chico Anísio. Aldemar ainda foi jornalista, radialista, cronista, cordelista, palestrista, contador de história, “homem show”. Deslumbrava mortais e imortais.

Duas preciosidades ele conservou com carinho e muito amor: seu batalhão de amigos e sua Angelita eram apaixonados desde os tempos que os índios caetés habitavam a praia da Barra de S. Miguel.

Certa vez, eu morava no Recife, recebi um amigo, intelectual, homem da noite. Fomos assistir a uma peça teatral se não me engano “Assassinato à Domicílio”, quando percebi no cartaz, Aldemar Paiva fazia o papel, era o personagem mais importante. No Recife, ao ouvir o programa de rádio, maior audiência no Estado, “Pernambuco Você é Meu”, eu me orgulhava em ser amigo de Aldemar Paiva. O tempo passou, acompanhei sua trajetória artística, com orgulho em ver um alagoano brilhar.

Há alguns anos, por intermédio da Internet, voltei a encontrar essa figura extraordinária. Toda manhã abria os e-mails e lia seus textos bem humorados, um cordel, ou alguma novidade prazerosa. Há poucos anos nos encontrávamos no Sítio Velho na Paripueira do nosso maior teatrólogo Bráulio Leite. Uma tarde de muita conversa, poesia, uísque, e muitos prazeres como eram as tardes do Sítio Velho.

O trio “Febre, Frio e Dor de Cabeça”, como apelidou, a mim, Pedro Cabral e Cidinha Madeiro, seus fãs de carteirinha, sentem uma saudade imensa do poeta.

Chico Anísio disse numa entrevista: “Quem não conhece Aldemar Paiva, não sabe o que está perdendo”. Hoje presto minha homenagem ao amigo, cantando e alegrando a cidade, com seu “Frevo da Saudade”:

“Quem tem saudade não está sozinho
Tem o carinho da recordação
Por isso quando estou mais isolado
Estou bem acompanhado, com você no coração…”

Saudade de Aldemar Paiva…

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Frevo da Saudade, da autoria de Aldemar Paiva

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

DEU NO X

RODRIGO CONSTANTINO

DEU NO JORNAL

DESONESTIDADE, INCOMPETÊNCIA E FERRUGEM

Luís Ernesto Lacombe

Há engrenagens enferrujadas, desgastadas, rangendo, estalando, desalinhadas, fora de prumo. Não dá para acreditar que estejam em operação, que ainda se movam. É um compasso histérico, de algo que já deveria ter virado pó, se desintegrado. Lembram um ferro-velho, um monte de peças roubadas que receptadores tentam legalizar. Uma estrutura bamba, capenga, com alavancas empurradas por juízes do Supremo, imprensa militante, pesquisas eleitorais mirabolantes, uma oposição mal-intencionada, sempre voltada à desonestidade, ao atraso, à destruição.

Os dentes metálicos das engrenagens já mal se encaixam, mas vão moendo pessoas desmemoriadas, sem informação, fracas. Leis, tribunais de várias instâncias, produtos de roubos, de desvios, de corrupção, verdades estabelecidas por “provas sobradas”, tudo vai sendo triturado. Resta uma pasta pegajosa com que tentam encobrir a justeza, a legalidade, a correção, o caráter.

Não fazem força para fingir que não houve roubalheira, mensalão, petrolão… Fingem com a maior cara de pau. Quando alguém da turma do mal finalmente admite a prática de todos os crimes, ou parte deles, faz de conta que o chefão não sabia de nada… É um bando, uma corja que deveria pagar por tudo de horroroso que fez, que deveria estar recolhida ao silêncio, à expiação de seus pecados, tantos pecados. E a quadrilha está aí, aumentada, achando que pode tudo, e as pessoas de bem que se danem.

Querem se vender como os mais honestos do mundo, os grandes defensores da liberdade. E dizem abertamente que vão “tomar o poder, que é diferente de ganhar a eleição” e consideram a brutal ditadura chinesa um “exemplo para o Brasil” porque lá “o governo é forte, e a população obedece”. Para acreditar neles, só pessoas sem caráter também, ou com existência reduzida a quase nada, a um completo não ver, não ouvir, não pensar. Chega a dar enjoo ver o grupelho apregoando seu mundo inexistente de honestidade, bondade e até competência.

Sim, nada há de verdadeiro neles, só o desejo de enganar. Defendem ideias que nunca deram certo em lugar nenhum do mundo, em época nenhuma. Já andam falando em romper o teto de gastos, de imprimir dinheiro… Querem voltar a criar estatais, querem mais Estado. Juram que um Estado fomentador de crescimento e desenvolvimento é a solução, sem poder citar um exemplo sequer de uma experiência assim que tenha funcionado. A realidade é que não há limpeza geral na ficha de nenhum ladrão que o torne verdadeiramente honesto e muito menos competente. Basta olhar um “ferro-velho” aqui ao lado chamado Argentina.

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

VALÉRIA SOBREIRA – MATÃO-SP

Olhe só senhor editor do nosso querido jornal.

O Brasil inteiro sentindo frio.

Está o maior frio de norte a sul.

E Bolsonaro não faz nada.

Nadinha, nadinha.

É um tremendo gelocida esse nosso presidente.

DEU NO JORNAL

COMENTÁRIO DO LEITOR

UM TRIO FUBÂNIO DA PESADA

Comentário sobre a postagem BAITOLAGEM É TEMA JURÍDICO

Beni Tavares:

E por falar em Bar Largura, vou aproveitar a Seção dos Comentários pra fazer uma denuncia “seríssima”.

No último fim de semana, tive que ir a Recife resolver umas pendências.

Depois disto, resolvi dar uma volta pela orla para conhecer melhor as praias da nossa querida Veneza Brasileira.

Lá ia eu na minha Twister, quando me deparei com a seguinte cena:

Bosticler e Chupicleide montados no lombo de Polodoro, que não estava gostando nada daquele excesso de peso no seu costado.

Na qualidade de xereta antigo do Jornal, interpelei Bosticler:

– Bonito, hein. Fazendo farra usando o veículo oficial do jornal, né seu cabra?

– Cumequié? Sê sabe cum quem tá falano? Respondeu Bosticler, com a voz empostada pelo efeito do goró.

– Claro que sei. Sei quem são vocês e sei também quem é o seu patrão.

Aí ele baixou a pancada:

– É qui nois tamo a selviço, né não Chupi?

-É sim. – respondeu Chupicleide toda assanhada.

– E essa garrafa aí?, perguntei apontando pro paletó do Bosticler.

– Faz parte do selviço. Acabei de comprar lá no Bar Largura. É coisa do patrão.

– Ah… tá. Então tá.

Subi na minha Twister e segui viagem.

Claro que não acreditei na conversa de Bosticler, mas fiquei matutando.

Será que Seu Luiz tá batizando a garrafa de café, hein?

* * *

Nota do Editor:

Meu caro, você contou a história desse desmantelo mas esqueceu do detalhe principal.

Chupicleide, nossa secretária, e Bosticler, o faxineiro da redação, tomaram conhecimento da generosa doação que você depositou na conta desta gazeta escrota.

E fizeram um vale de adiantamento de salário.

Foi com esse dinheiro que eles foram farrear e passear amontados nas costas de Polodoro!

Êita trio desmantelado que só a porra!

Dei um esporro neles e avisei pra que saibam se comportar em público: já basta o baixíssimo nível editorial dessa gazeta escrota. Não precisa baixar também a reputação de sua equipe.

Aproveito pra agradecer não apenas a você, mas também aos leitores Carlos Eduardo e Joab Barcelos, que fizeram generosas doações.

Tenham certeza que vai voltar tudo em dobro pra vocês.

Abraços e um excelente final de semana!!!