DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

ROGERIO ARAUJO – ITATIBA-SP

Caro editor

Desejo um bom domingo ao senhor e sua família.

Vi a noticia abaixo e não contive a vontade de lhe enviar.

Eu acho que dessa vez esse papa meia boca acertou.

Dividir é cristianismo mesmo, porque o comunismo não divide nada a não ser as migalhas que caem da mesa dos dirigentes e a conta para o povo pagar.

Clique na manchete abaixo para ler a matéria completa:

Papa: “Dividir bens não é comunismo, é cristianismo puro”

Abraços

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

VIVALDO ROCHA – JOÃO PESSOA-PB

Grande Berto.

Impossível não lembrar do JBF e, consequentemente, do POLODORO.

Grande abraço.

R. Meu caro, Polodoro está aqui rinchando de felicidade porque você se lembrou dele.

Abraços e bom domingo!

E vamos ao vídeo que você nos mandou:

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

CÍCERO TAVARES – RECIFE-PE

Mestre Berto,

Circula nas Redes Sociais desde 2018, sobretudo no facebook, um texto espetacular do filósofo Olavo de Carvalho, onde ele revela com muita perspicácia, o que cai com a ascensão do presidente Jair Bolsonaro, que vale apena ser reproduzido no Jornal da Besta Fubana, para uma maior compreensão da multidão que o lê.

O texto está atualíssimo, quatro anos depois de publicado e serve de reflexão ao momento tenso vivido entre o Poder Executivo e o Judiciário, com este se transformando no partidão mafioso, onde onze urubus desejam instalar a tirania da toga, ou “a urubucracia.”

* * *

1) Cai: Todo o esquema de poder construído pelo PT e seus associados ao logo de cinqüenta anos.

2) Cai: O centro motor e financiador de todo movimento comunista latino-americano. Portando, o Foro de S. Paulo com as duzentas organizações que o compõem.

3) Cai: Os planos internacionais de eliminação da soberania nacional brasileira e de subjugação do país ao esquema globalista.

4) Cai: Milhares de carreiras e biografias de políticos, intelectuais e artistas de esquerda.

5) Cai: Todo o poder impune do narcotráfico e do crime organizado em geral.

6) Cai: Todas as grandes empresas de mídia.

7) Cai: Toda a constelação de prestígios do show busnness.

8) Cai: Todo sistema de poder instalado nas universidades e no sistema de ensino em geral.

A queda de tudo isso é imediata e automática no dia mesmo da posse de Bolsonaro.

Ademais, o famoso “Gigante Adormecido”, o povo brasileiro acordou e não há soporífero capaz de fazê-lo a voltar a dormir.

É um novo poder soberano decidido a subjugar ou anular todos os outros.

Por tudo isso, é óbvio, é patente e inegável que os representantes do atual esquema de poder não podem aceitar uma derrota de maneira alguma, porque não será só uma derrota, será a sua total destruição enquanto grupos, enquanto organizações e até enquanto indivíduos.

Eles, os onze urubus de toga e outras organizações criminosas, não estão lutando pela volta do poder nem para vencer uma eleição, estão lutando pela sua sobrevivência política, social, econômica e até física.

É inconcebível que, nessas condições, não lutem com a fúria de milhares de leões feridos, apelando a todos os recursos lícitos e ilícitos, morais e imorais, para obter não só a vitória a todo preço, mas, se possível, a redução do povo a total inermidade.

JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

A POESIA DA NATUREZA

O tapete de folhas do outono tecido pela Natureza

Com certeza trabalhando melhor que todos os poetas que existiram ou existem no mundo, entre 20 de março e 21 de junho, a Natureza usa o vento, e escreve no chão com folhas multicoloridas, poemas inteiros dignos de serem inseridos nas mais perfeitas coletâneas.

É o outono!

Naquele tapete multicolorido, por horas, o vento faz o seu papel e propicia o acasalamento das folhas de ipês com as folhas das acácias para garantir a geração de algo tão belo, que ninguém se atreveria a fazer, ou descrever. Só Deus, usando a natureza e o vento.

Nas primeiras semanas de março o ensaio se repete. Como acontece todos os anos. As folhas, no cio, amadurecem e caem abertas, prontas para serem possuídas e fecundadas – e os incautos ainda vociferam que o vento é fresco (no sentido da homossexualidade).

O trabalho do sol não fica fora. O da chuva, idem. Como componentes das ininterruptas edições poéticas, a cada ano, por três meses, o amadurecimento da Natureza numa gestação tão profícua quanto bela.

O viçoso tapete de folhas

As várias espécies de árvores, independentemente de qual família pertençam, no outono, se entregam à beleza da transformação e da renovação.
É o rejuvenescer!

É o florir!

É o preparar para o frutificar que se aproxima.

Novos frutos e novas sementes – a garantia da eternização do que existe de mais belo no planeta Terra. A árvore e seus frutos.

Mas, como seria a primavera se, entre ela e o outono não existisse o inverno?

É?!

Se logo após o outono, começasse a primavera?!

Será que as árvores seria mais belas, com seus encantadores ares e cores primaveris?

A PALAVRA DO EDITOR

UMA PROMESSA DE SOL

Essa madrugada foi chuva a noite inteira aqui no Recife.

Foi água pra torar!

Só parou quando o dia estava amanhecendo.

O domingo ainda não está ensolarado, mas o céu já está limpando neste começo de manhã.

Chupicleide está ansiosa pra que o sol apareça e ela possa dar sua caminhada no Parque da Jaqueira, tomando água de coco e se rindo-se para os machos que dão expediente por lá.

A inxirida tá aqui relinchando de alegria com as generosas doações feitas pelos leitores Esdras Serrano e Paulo Ferreira.

Gratíssimo a todos vocês que nos ajudam a manter esta gazeta escrota nos ares.

Receberão o troco em forma de paz, alegria, saúde e tranquilidade.

Um excelente domingo pra todo a comunidade fubânica.

“Um xêro para todos os meus queridinhos!!!”

JOSÉ DOMINGOS BRITO - MEMORIAL

OS BRASILEIROS: Sílvio Romero

Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero nasceu em 21/4/1851, em Lagarto, SE. Advogado, escritor, crítico literário, poeta, historiador, filósofo, jornalista e político. Ainda garoto, mudou-se para o Rio de Janeiro onde completou os primeiros estudos no Ateneu Fluminense. Em seguida partiu para o Recife e entrou na Faculdade de Direito, concluindo o curso em 1873. Foi um destacado participante da “Escola do Recife”, um movimento intelectual, filosófico, jurídico, poético… ao lado de Tobias Barreto.

Em 1875 elegeu-se deputado por sua província, quando já atuava como crítico literário de vários jornais do Recife e Rio de Janeiro. Seus dois primeiros livros foram publicados em 1878: A filosofia no Brasil e Cantos do fim do século (poesias). Lecionou filosofia no Colégio Pedro II entre 1881 e 1910. Neste período manteve estreito convívio com os intelectuais cariocas, junto aos quais fundou a Academia Brasileira de Letras, em 1897.

Seu apego a literatura resultou na publicação da Introdução à História da Literatura Brasileira, em 5 volumes, em 1882. No entanto perdeu o interesse pela poesia, encerrado em 1883 com a publicação de Últimos harpejos. No mesmo ano publicou mais dois livros, fruto de seu interesse pelo folclore: O elemento popular na literatura do Brasil e Cantos populares do Brasil. A partir de 1891, passou a colaborar com artigos para o jornal carioca “Diário de Notícias”, dirigido por seu amigo Rui Barbosa. No mesmo ano, foi nomeado membro do Conselho de Instrução Superior por Benjamim Constant. Foi um dos primeiros pensadores a se interessar por Antônio Conselheiro, o qual via como missionário vulgar que agregara em torno de si fanáticos depredadores. Seu amigo Euclides da Cunha, tendo sido enviado para Canudos, foi responsável pelo esclarecimento dos fatos ainda nebulosos para muitos intelectuais da época.

Entre 1900 e 1902 foi deputado federal pelo Partido Republicano, trabalhando na comissão encarregada de rever o Código Civil na função de relator-geral. Seu posicionamento ideológico pregava um “evolucionismo spenceriano, no qual os fatores biológicos dariam um suporte maior à sua crítica sociológica”. Em termos literários não tinha posições definidas: “Em mim o caso literário é complicadíssimo e anda tão misturado com situações críticas, filosóficas, científicas e até religiosas, que nunca pude me separar delas”. Não obstante sua competência, era conhecido pelo embate violento e intolerante contra outros escritores, intelectuais e políticos, gerando numerosas polêmicas com pessoas conhecidas como Lafayette Rodrigues Pereira, José Veríssimo, Teófilo Braga etc.

Segundo Antônio Cândido, é considerado como “uma das fontes básicas do pensamento e da literatura nacional”. Como resultado de sua investigação nesse campo, publicou Estudos sobre a Poesia Popular Brasileira (1888). O interesse pelo aprendizado sociológico inspirou a publicação dos Estudos de Filosofia do Direito (1895) e dos Ensaios de Sociologia e Literatura (1901). De 1890 a 1911, publicou, entre outros títulos, o ensaio Machado de Assis (1897), em que faz violenta crítica e mereceu resposta de José Verissimo, em defesa de Machado. Crítico polêmico, sarcástico, violento em suas afirmações, é considerado hoje, ao lado de Veríssimo e Araripe Júnior, um dos criadores da crítica literária no Brasil.

Foi um pesquisador prolífico com mais de 70 livros publicados. Sua força estava nas ideias de âmbito geral e no profundo sentido de brasilidade que imprimia em tudo que escrevia. Sua contribuição à historiografia literária brasileira é uma das mais importantes de seu tempo. Sua obra principal é A História da Literatura Brasileira, publicada em 1888, em que expõe “o essencial do que desejava dizer sobre a cultura e mesmo a sociedade de seu país”. A primeira parte do livro é dedicada aos “elementos de uma história natural de nossas letras, as condições de nosso determinismo literário, com as aplicações da geologia e da biologia às criações do espírito”, A segunda parte, por sua vez, “apresenta, em largos traços, o resumo histórico das quatro grandes fases de nossa literatura: período de formação (1500-1750); período de desenvolvimento autônomo (1750-1830); período de transformação romântica (1830-1870); período de reação crítica (de 1870 em diante)”.

Como crítico, condenou o indianismo de autores como Gonçalves Dias e José de Alencar que, segundo ele, apresenta uma visão precária da formação histórica do Brasil, uma vez que há pouca informação sobre a vida real dos indígenas e, portanto, não é possível reconstituí-la com exatidão em romances históricos ou poemas épicos. O sentido da crítica, para ele, não é apenas fazer uma ampla análise e revisão de valores, letras e artes, conforme observa Antônio Candido, mas também de demolir aquilo que julga anacrônico ou contrário à evolução cultural. O caráter muitas vezes polêmico de suas opiniões é decorrência dessa noção da crítica como um elemento para a reforma social e intelectual do país.

O mapeamento que fez da literatura brasileira, de suas origens até o século XIX, é o mais completo e detalhado que se fizera até então, colocando seu autor na posição de fundador dos estudos literários brasileiros. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e de diversas outras associações literárias. Faleceu em 18/6/1914.

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

DEU NO X

FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

CARTAS E FALAS LUSAS

Sou trineto de avós lusos, de Trás-os-Montes, E vez por outra me delicio com o jeitão de raciocinar dos meus parentes de além-mar. Ofereço, pois, algumas notáveis estruturações lógicas dos meus ancestrais que muito amo. Vamos aos finalmentes, para atender leitores desta Gazeta Escrota, magnificamente bem dirigida pelo escritor Luiz Berto, um pernambucano de Palmares pra lá de muito arretado de ótimo.

1. Carta de mãe portuguesa a seu filho no Brasil

Querido filho: Te escrevo estas linhas para que saibas que estou viva. Redijo devagar porque sei que tu não consegues ler rápido. Por aqui, tudo como ontem, embora não reconhecerás a casa quando aqui vieres, porque a gente se mudou. Finalmente enterramos o seu avô. Encontramos o seu cadáver com a mudança. Estava no armário desde aquele dia em que ele ganhou da gente, brincando de esconde-esconde. Hoje, tua irmã Júlia pariu, mas como ainda não sei o sexo, não posso dizer se tu és tio ou tia. Quem não tem mais aparecido por aqui é o tio Venâncio, que morreu totalmente no ano passado. E também o teu primo Jacinto, que sempre acreditou ser mais rápido que um touro e acabou comprovando que não era. Estou preocupada com o nosso cachorro Bob, que insiste em perseguir os carros parados. Teu irmão José fechou o carro com a trava e deixou as chaves dentro: teve que ir lá em casa pegar a chave duplicata para poder tirar todos nós de dentro dele. Esta carta te mando pelo Manolo, que vai amanhã para aí. Será que podes pegá-lo no aeroporto? Não subscrevo o novo endereço no envelope porque desconheço. A última família que morou aqui levou os números para permanecer com o mesmo endereço. Se encontrares a dona Maria, dês um alô da minha parte. Se não a encontrares, não digas nada. Um beijo saudoso, Maria do Monte Dourado. PS: Ia te mandar cem escudos, mas já fechei o envelope.

2. Certa feita, estava eu em Cascais, na casa de uma amiga pernambucana, após um estágio de trinta dias na Universidade do Porto, em julho, enviado pela Universidade de Pernambuco. Por volta do meio dia, desejou retornar à Lisboa. Na bilheteria solicitou: “Quero um bilhete no comboio que partirá doze e trinta para o Cais do Sodré”. A resposta veio educada: “Desculpe-me, mas no comboio d’agora não será possível. Face a greve dos maquinistas, que estão retardando as viagens em duas horas, o comboio das 12:30 está atrasado. Caso o Dr. queira, poderá embarcar no comboio programado para as 10:30 da manhã, que partirá pontualmente às doze e trinta”. E o Campozana fez uma excelente viagem.

3. No funeral da sua tia Tereza de Jesus, acontecido em 14 de fevereiro último, na Aldeia de Modim de Basto, Trás os Montes, Portugal, o Campozana recebe as condolências, em prantos, de uma velhinha nonagenária, típica aldeã, apoiada num cajado, luto fechado: “Sr. Dr. Engenheiro, muito chorosa cá está a morrer quem nunca morreu”.

4. Bilhete desesperado de filho para o pai, residente em Oeiras: “Pai querido, estou encalacrado. Fui trabalhar numa loja de carros usados e fui despedido no primeiro dia, só porque, para cada Uno vendido, eu dava um Prêmio de cortesia!!”.

No mais, viva o congraçamento sempre fraternal de brasileiros e lusitanos, uns e outros eternos admiradores do sempre lembrado outro Fernando, o amado Pessoa de todos nós, que um dia nos ensinou, através do Álvaro de Campos: “Sou técnico mas só tenho técnica dentro da técnica. Fora disso sou louco, com todo direito de sê-lo”.

5. Desabafos de um luso da Cidade Maravilhosa: Por que é que o governador do Rio é Castro e não castrado pelas festinhas que oferece? Votei no Bolsonaro, mas logo notei que o capitão não tem bom motor mental. E de nula criatividade, sem mourões.