CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

CÍCERO TAVARES – RECIFE-PE

Mestre Berto,

Segue um vídeo desabafo do cantor e compositor Daniel Bueno, filho do lindo município de Carnaíba (Pernambuco), localizado na microrregião do Pajeú. Terra do também genial compositor José de Sousa Dantas – Zé Dantas – parceiro do também genial sanfoneiro Luiz Gonzaga em antológicas composições que ganharam o mundo com as próprias pernas na voz de taquara rachada do filho de Seu Januário e Dona Santana, de Exu.

Artista de talento incomum, Daniel Bueno, além de grande compositor de memoráveis sucessos gravados por cantores famosos como Alcimar Monteiro, Michael Sullivan, também é cordelista autor do “Cordel de Pernambuquês”, “Cordel da Ortografia” e “Cordel das Copas do Mundo”, dentre outros.

Ouçamos o desabafo dele em forma de cordel contra os artistas “socialistas” famosos que “ganharam” muito dinheiro de municípios ricos e fudidos ludibriando a Lei Rouanet.

MAURÍCIO ASSUERO - PARE, OLHE E ESCUTE

SANEAMENTO BÁSICO

O marco regulatório do saneamento básico foi aprovado pelo senado federal na semana passada e já suscitou uma série de críticas de oposicionistas. Importante lembrar que 13 senadores votaram contra e todos eles de partidos de esquerda. Acredito que não votar um projeto faz parte da prerrogativa do parlamentar, assim como o eleitor tem o direito de votar nulo ou votar em branco, no entanto, o parlamento cabe, a ele, muito mais do que dizer que não apoia, por isso se não concorda com determinado projeto, apresente alternativa.

O pessoal que torce contra, logo se apressa a esbravejar a idiotice histórica de que “estão vendendo o patrimônio do Brasil para empresas privadas” ou que “querem privatizar a água” e ganham espaços na mídia de forma assustadora. A água é um bem público. Mas, por quê? Porque da mesma forma que o ar ou que a defesa nacional, o uso de um consumidor adicional não gera custos marginais (desculpem o termo técnico, mas custo marginal é aquele que é incorrido na produção de uma unidade adicional de produto).

Ao invés de falar em privatização, as pessoas deveriam se perguntar: por que de determinados produtos não são ofertados por empresas privadas? Pergunta a Dilma, que é economista, por que não temos empresas privadas estocando ar? O motivo é simples: uma empresa privada só vai ofertar um produto se ele conseguir precificar esse produto. Não tem como vender “ar” porque não tem como precificar esse bem. De modo igual, não tem como colocar preço na defesa nacional e com isso decorre que tais serviços devem ser prestados pelo governo. Eu entendo o mercado dessa forma: o governo deveria fornecer aquilo que a iniciativa privada não é capaz.

Nesse contexto já ouvi muito “imagine, se nessa pandemia, não tivesse o SUS”. Falam assim como se o SUS fosse vacina. Já falei aqui sobre essa imbecilidade de “ser contra a privatização do SUS”. Só se privatiza entidades com capital social e não é o caso do SUS. Essa preocupação vem da discussão do papel do estado. O pessoal da esquerda acha que as coisas só funcionam se o estado for dono. Faço aqui uma analogia: até hoje a melhor seleção brasileira que vi jogar foi a de 1982, comandado por Telê Santana. Um futebol primoroso, harmônico, mas não ganhou a Copa. Tudo bem: a Itália foi mais eficiente naquele jogo. Mas, Telê não jogava com ponteiro direito. Cortou Renato Gaúcho e quando lhes perguntavam sobre não ter ponteiro, ele respondia “o importante não é ter ponta, é jogar pelas pontas”. O importante não é o estado ser dono, importante é o estado estar presente.

Outro detalhe, decorrente da cegueira política, é que o projeto não privatiza, mas permite que a iniciativa privada obtenha concessão, através de um processo licitatório e que a empresa pública ou de economia mista também possa participar do certame. Em seguida surge aqueles pensam apenas com um lado do cérebro pra dizer que o serviço vai aumentar a tarifa e que as pessoas pobres serão afetadas. Pura burrice. Hoje, estamos todos nós enfurnados dentro de casa com um monte de equipamentos elétricos ligados. Minha conta de luz aumentou 30% e as pessoas pobres que consomem até determinada quantidade de Kwh, tem seu consumo pago pelo governo.

Em meio a tudo isso, as pessoas contrárias – diga-se que até agora só vi opinião contrária de esquerdistas – que muito criticaram a privatização das Teles não encontram respostas para explicar o motivo de a telefonia ter dado certo. O mundo não acabou. Hoje, no Brasil há mais celulares do que pessoas. Queria ver se estivesse no governo o quanto de dinheiro de corrupção já tinha rolado porque, no fundo, esse é retrato do Brasil: empresas públicas criadas para abrigar corruptos que sustentam os corruptos que criaram as empresas.

O problema que devemos ficar atento e no contrato. Algumas privatizações são desfeitas porque os contratos são falhos, mas o caminho é esse. Retirar o estado de atividades nas quais a iniciativa privada é capaz de ofertar. Não custa lembrar que o senador Alcolumbre disse que a 30 anos se esperava por isso. Ele tem razão porque o governo, nesse campo, sempre foi paradoxal: não fazia saneamento porque a obra não aparecia e “fazia” saneamento porque o se fosse questionado como gastou somas acreditava que ninguém seria capaz de cavar para os canos. Enquanto isso, o dinheiro ficava registrado como obra e se desviava pelos dutos onde passam um boi, uma boiada e um monte de dinheiro.

DEU NO JORNAL

UM FEDOR ALTAMENTE POLUENTE

O matraquear do ex-presidiário Lula, durante entrevista à Rádio Bandeirantes, ontem, fez parecer que sua voz saía das catacumbas.

Discurso velho, decadente, de uma pretensa vestal que na verdade não passa de um político vulgar, um corrupto transitado em julgado.

* * *

Discordo dessa notícia aí de cima.

A voz de Lula, embora fantasmagórica, não pareceu que “saía das catacumbas“.

O esdrúxulo som da voz do ex-presidiário – condenado por corrupção e lavagem de dinheiro (fora os processos que ainda estão correndo) -, deu a impressão de que saía do cano estourado de uma fossa.

E não de uma catacumba.

Lapa de Demagogo, quando faz sua costumeira excreção oral, tem uma voz que polui o mundo com tanta merda e com um fedor tão intenso que é capaz de deixar desnorteado um vivente que esteja por perto cheirando e escutando.

DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO!

A ROLA DA CONCEIÇÃO

1
Conceição mulher católica
Filha de Dona Prazer
Era uma moça sem vício
Vivia o povo a dizer
Mas arrumou uma rola
Pra com ela se entreter.

2
Quando baixou no terreiro
A rola desmilinguida
Conceição logo gostou
Daquela pomba perdida
Resolveu dela cuidar
E já estava decidida.

3
Dona Prazer espantou
A pomba que apareceu
Porém Conceição com pena
A dita cuja acolheu
Foi na mão de Conceição
Que aquela rola cresceu

4
A moça meio inocente
Deu logo casa e comida
A rola desenvolveu
E foi ficando sabida
Conceição se emocionava
Ao ver a rola crescida.

5
A pomba ficou vistosa
Com carinho era tratada
Logo se via que a rola
Era bem alimentada
Quem vê hoje nem percebe
Que um dia fora enjeitada.

6
Conceição passava o dia
Paparicando a tal rola
Era uma pomba manhosa
Que fazia ela de tola
mas quando a rola sumia
Ela dava até “pirôla.”

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COMENTÁRIO DO LEITOR

DIÁLOGO ENTRE FUBÂNICOS

Comentários sobre a postagem O VÍRUS E A MÚSICA

João Francisco:

Bom dia Goiano,

Analise as seguintes frases:

“Sou totalmente contra prender menor que mata pessoas. Devemos colocá-lo na escola para reeducá-lo. Quem morreu morreu, não volta mais.Agora, deixar preso um muleque só porque matou, sou contra”

“Ela não é nenhuma mulher nordestina, ela é uma mulher formada.”

“Pelotas é uma cidade polo né? Exportadora de veado.”

“Cadê as mulheres de grelo duro do nosso partido?”

“…Ele nunca suportou negro. Em nosso tempo de namoro, ele dizia que detestava negro…” (ex mulher falando)

” O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que admiro em um homem,”

São todas frases do Lula (menos a da ex mulher) não estava brincando ou sendo irônico. Não se desculpou por nenhuma delas.

Já pensou se fosse o Bolsonaro?

* * *

Goiano:

Sim, João Francisco, já pensei.

Se fosse o Bolsonaro que dissesse essas coisas tu passarias a mão na cabeça dele e dirias:

– Menino bom…

* * *

João Francisco:

Não me compare a você. Se fazes isso com o Lula, não tenha a mesma métrica comigo.

Não tenho o menor compromisso ou comprometimento com Bolsonaro e sim com o Brasil.

Para mim são valores inegociáveis: a liberdade individual de ir e vir, de pensamento, de expressão, de opinião, a propriedade privada, a auto defesa, a filosofia grega, o direito romano e os valores religiosos judaicos cristãos, que são a base da civilização ocidental.

Se e quando Jair Bolsonaro cometer um ato de discriminação, limitar a liberdade da imprensa, rasgar a Constituição Federal, roubar ou permitir que roubem no seu governo; serei o primeiro a criticá-lo.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

VIOLANTE PIMENTEL - CENAS DO CAMINHO

CORRUPIÃO DO NORDESTE

O concriz, ou corrupião do Nordeste, é um pássaro que imita o canto de todos os outros pássaros e, às vezes, aprende a falar como o papagaio.

Décadas atrás, morava no sertão da Paraíba um poderoso e prepotente chefe político, “coronel” Matias, casado com Dona Elsa. O casal tinha quatro filhos.

Nas férias escolares, Ritinha, 17 anos, a filha mais velha, que estudava na capital, chegava, para alegria dos pais e irmãos. Muito bonita e mimada, a moça gostava de passear pela fazenda e se encantava com as plantações.

Num certo período de férias, Ritinha se tomou de amores por um concriz amestrado, ou corrupião, que pertencia a Joca, um antigo carpinteiro da cidade. O pássaro tinha o canto belíssimo e a todos encantava.

A moça pediu ao carpinteiro que lhe vendesse o concriz, mas recebeu um não. O homem lhe disse que o seu concriz não estava à venda, e que era um pássaro de estimação. Para ele, era como se fosse um filho.

O concriz imitava canários, patativas, assobiava, pousava no ombro do carpinteiro e coçava sua orelha com o bico.

Durante dias seguidos, Ritinha insistiu com Joca para que lhe vendesse o pássaro, e a resposta era a mesma. O carpinteiro não aguentava mais a presença da jovem e a sua insistência. Muito mimada, a moça estava acostumada a ter todos os seus desejos satisfeitos. E assim, terminou tirando a paciência do carpinteiro, que cortou a conversa e levou a gaiola com o pássaro para dentro da oficina, demonstrando sua irritação.

No dia seguinte, logo cedo, Ritinha veio novamente à carpintaria, com jeito dengoso e a mesma insistência para comprar o concriz. Diante das repetidas recusas do carpinteiro, ela reagiu, dizendo que seu pai, lhe autorizara a insistir, pois o concriz seria tratado bem melhor na casa dele, que era um homem muito rico.

Humilhado, Joca sentiu que o “coronel” Matias estava querendo usar seu autoritarismo, para forçá-lo a vender o seu concriz de estimação, e assim satisfazer o capricho de uma jovem mimada e caprichosa.

Sentindo que o concriz, objeto de sua ternura, estava lhe fugindo das mãos, o carpinteiro, com o coração partido, resolveu tomar uma atitude drástica. Abriu a porta da gaiola e retirou de lá o pássaro encantador, que, nesse instante, aproveitou para lhe fazer um carinho com o bico. Num gesto delicado e de despedida, o carpinteiro beijou a cabecinha do concriz, e diante do olhar estupefato da jovem, deixou que ele batesse suas asinhas e voasse.

PENINHA - DICA MUSICAL