DEU NO JORNAL

DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

WALDEMAR CRUZ – CRATO-CE

Caro editor fubânico:

Esse Ministro Tarcisio Gomes é de arrombar!!!

O homi não pára e entrega todo dia uma nova obra.

Agora foi um trecho da transposição do Rio São Francisco.

O nosso governador ficou tão puto que nem compareceu ao evento.

Felizmente!!!

Por favor, publique esta postagem do Twitter.

Um grande abraço!

* * *

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

OS MENINOS DE ONTEM

O pau que dá em Chico, dá em Francisco? Nem tanto. Poderia ser mas, hoje, por conta da diversidade cultural deste País continental, que tem as “porteiras” abertas para pessoas com diferença de raça, credo e entendimento, não há como acreditar em “tudo linearmente, com a mesma facilidade de entendimento e prática.”

E isso, aqui e alhures, em todos os polos do planeta, contando ainda com a mudança climática, a cultura de vida a facilidade e o alcance dos apoios que a tecnologia oferece e, no somatório, transforma num peso importante e decisivo para a nossa forma de vida.

A Antropologia + Sociologia que compõem as mais variadas formas de “políticas públicas e urbanas” mundo à fora, acabaram fazendo com que, o hoje, seja diferente do ontem, e esses dois, mais diferentes ainda, do amanhã. É arriscado apostar na perseverança das coisas – deixando de lado, claro, a questão da religiosidade.

Dito isso, continuo acreditando que, “tudo de bom, ou tudo de ruim” que de alguma forma nos encaminha para as boas ou más ações, tem uma nascente única: dentro de casa, na família e por conta da saturação dessa, se as coisas não caminharem bem; ou, também, dentro de casa, graças ao “domínio dos gestores domésticos”, se tudo acontecer como todos desejamos que aconteçam.

É ali, na família, onde tudo começa. O bom, ou o bem; e o mau ou o mal.

A infância atual caga para o mundo

A boa e apropriada terra, preparada e cuidada, vai produzir boa plantação e melhor colheita. Isso é fato. É bíblico. Não poderia ser diferente o resultado com o ser humano, cuidado e preparado na infância com boas maneiras e ações que levem à uma boa vida (nesse caso, a colheita). Entre esses bons e eficientes “cuidados” com a infância, entre os mais positivos está o “brincar”.

Trocentos anos atrás, por conta da falta de dinheiro e por melhor entendimento da vida, pais e mães até incentivavam os filhos para a brincadeira sadia e construtiva que proporcionasse melhor e frutífero convívio social – e isso produzia uma resposta social maravilhosa.

A brincadeira semeava a convivência. Criava não apenas os anticorpos da defesa humana, como edificava o convívio social para uma vida de Paz e harmonia, tanto em meio a família, quanto num futuro, fora dela. Mas, na construção de uma nova família – era o “crescei e multiplicai-vos”.

Os pais brincavam junto, ensinavam a brincar e a fabricar os próprios brinquedos, imaginando que, daquela forma, os filhos se apegassem mais ao que faziam, por aprenderem as dificuldades que enfrentavam.

Brincando de forma saudável para o convívio e disciplina

Haviam também, o apego ao local apropriado para brincar. E isso levou à disseminação da cultura de “encontro” sem enfrentamento. Pensava-se numa troca de experiências entre as diferentes classes socioeconômicas. Aí surgiram, por necessário, as tais cidades ou parques das crianças. Nada melhor que um domingo no parque.

O progresso social foi de encontro à descoberta da “ludoterapia” (se é que assim poderíamos chamar), um diferente forma de curar, brincando. Ou, integrar, brincando. Método ainda muito utilizado para aproximação e convivência dos Portadores da Síndrome de Down.

A necessidade de defesa que os corpos humanos passaram a demonstrar, levaram à necessidade da criação dos anticorpos – e até Vovó já sabia: meninos e meninas precisam brincar juntos, tendo contato direito com a Terra. No interior onde nasci, alguns teóricos passaram a chamar essa fase de “a festa das lombrigas”.

E, realmente foi algo factual. A bactéria da lombriga entrava junto com o anticorpo. Mais tarde, o purgante de óleo de rícino (mamona) expulsava as lombrigas e aumentavam o sistema imunológico pela permanência dos anticorpos.

O dia da lama proporciona o contato direto com a terra e os anticorpos

As crianças de ontem, claro, não eram anjos. Eram apenas “filhos” – e, ainda hoje, filho não tem defeitos. Principalmente para os pais, esses de hoje, completamente diferentes dos de ontem. Os exemplos, se são bons, serão absorvidos e repetidos. Os maus exemplos, da mesma forma. E aí nunca haverá absolvição.

Pegar uma cadeira pesada, colocá-la diante de um armário de parede, subir e dali retirar uma lata para subtrair uma colherada de leite em pó (que ficará grudado no céu da boca), muitos de nós fizemos. Pegar um grampo de cabelo feminino e tentar enfiá-lo na tomada da eletricidade, outros tantos também fizeram. E, quando muitos fizeram isso, não havia a tecnologia atual, tampouco o atendimento médico tinha a possibilidade da rapidez de hoje.

Depois desse lamaçal um bom banho resolve tudo

O que se depreende atualmente no mundo infantil, é que as mudanças impostas pela convivência social, pelas intempéries ambientais, e, principalmente pelas falhas absorvidas pela educação doméstica com o reforço da deficiência da escolarização, é que, a criança de hoje é diametralmente oposta à criança de ontem – e tudo, repito, começou dentro de casa.

Numa culminância, não há como negar que, entre o céu e a Terra, existe algo além dos aviões de carreira. Se o mundo já não é mais o mesmo, e o ar é rarefeito por conta da falta de saneamento básico e uma absurda produção de lixo orgânico que, ao mesmo tempo contamina o ar, o lençol freático e o que dali evapora vai contaminar também a camada de ozônio, é evidente que, quem está entre o céu e a terra, usufruindo inclusive do alimento produzido nesse ambiente, se não tiver os anticorpos necessários, vai ser pego e contaminado por qualquer “gripezinha”.

COMENTÁRIO DO LEITOR

O ESTRAGO FOI MUITO GRANDE

Comentário sobre a postagem TRABALHO

Rômulo Simões Angélica:

Prezado Marcelo,

Parabéns, Perfeito !!!

Acompanho, e guardo, seus textos, assim como de outros colunistas brilhantes, aqui do JBF.

Este, é um verdadeiro primor.

Sou professor de uma universidade federal, completamente aparelhada, como a quase totalidade das nossas IFES, ideologicamente, com gerações e gerações de jovens imbecilizados.

São imprestáveis para a sociedade, pois só aprenderam a repetir chavões e mantras de ditos professores, na verdade, deformadores.

Por vezes me comparo ao Prof. Adonis, na amargura de desesperança, que um dia as universidades – para não dizer, o país – possam ter jeito.

Falo das universidades por ser um dos elos da grande cadeia de formação e qualificação que poderiam iniciar a transformação de uma nação.

É claro que poderíamos falar do ensino fundamental, igualmente calamitoso. Mas os seus professores vem justamente das universidades aparelhadas.

Imaginem, o que os professores de história e geografia, por exemplo, recém saídos de IFES brasileiras, atualmente, vão ensinar para seus alunos, seja de escolas públicas ou privadas?

O estrago foi muito grande.

* * *

DEU NO JORNAL

TAPIOCA E BOCHECHA: UMA DUPLA AFINADA

Figura menor, que virou ministro do Esporte porque Lula quis agradar ao PCdoB, Orlando Silva (SP) agora é homem da confiança do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para tarefas que garantem holofotes, como relatar projetos de visibilidade.

É uma jogada de Maia para “prender o rabo” de partidos de oposição mais à esquerda e, ao mesmo tempo, alfinetar o Palácio do Planalto.

Nem que para isso prestigie o deputado que usava cartão corporativo do governo para se lambuzar na tapioca.

O ex-ministro da tapioca se prestará ao papel de chancelar o “projeto alternativo” de Rodrigo Maia de uma “lei das fake news”. Vai dar ibope.

Orlando não se notabilizou só pelas tapiocas malandras.

O escândalo que o derrubou foi inaceitável até para o padrão Lula de ladroagem.

Como ministro, Orlando era tão inexpressivo que até foi barrado ao tentar visitar a Seleção no hotel em Königstein (Alemanha), na Copa de 2006.

* * *

O cu-bundudo Maia e o cu-munista Orlando Silva.

Uma parelha arretada.

Uma dupla da porra.

Um casamento perfeito.

Atualmente os dois estão vivendo uma gostosa lua de mel nesta paradisíaca Ilha Banânica.

Retrato cagado e cuspido da República Federativa de Banânia, de perfil e de bochecha; o de bochecha é presidente da um dos três poderes deste país fantástico (êpa!!!)

A PALAVRA DO EDITOR

O ESTRANHO E TALVEZ VERÍDICO CASO DO PAPAGAIO NAT SORIANO

Algumas histórias de cachorros, um, chamado Lyndon Johnson, que chorava quando ouvia Altemar Dutra cantando Vida Minha, outro, de nome Frank Sinatra, que cantava, ambos brasileiros, apesar dos nomes estrangeiros, foram contadas aqui, ao pé da fogueira, no São João do ano passado.

Os narradores juram que é verdade, como as histórias de assombração, que ninguém duvida, contadas pelos matutos sob o céu de estrelas.

Nada mais incrível, do que esses casos, acharíamos que poderia surgir, quando um novo narrador vem e assegura que tem um papagaio que canta. Não como o cão Frank Sinatra, que recebeu esse nome porque uivava desentoado, desafinado, e a referência ao grande cantor dos Blue Eyes foi feita como uma espécie de ironia, já que Frank Sinatra, o verdadeiro, era A Voz, e há quem diga que foi o melhor intérprete de todos os tempos.

Pois bem, ao pé da fogueira sentou-se um desconhecido e apresentou-se:

– Eu me chamo D. Matt. Eu possuo um papagaio que canta um grande repertório de músicas brasileiras, do samba ao pagode, e que interpreta com competência canções estrangeiras, em Inglês, Italiano, Espanhol, Alemão e Francês.

Nosso lema, na roda de fogo, é acreditar em tudo – por isso elegemos Jair Messias Bolsonaro presidente do Brasil – de modo que ninguém duvidou da mentira deslavada.

Como assim? Alguém inquiriu. Cite uma música que esse papagaio dos infernos canta, em Francês, por exemplo.

D. Matt responde na bucha:

– Ne Me Quitte Pas.

– O quê? Cabra safado! O teu papagaio canta essa música, divinamente interpretada por Maísa, por Jacques Brel, Édith Piaf…

– Canta. E posso provar.

Todos se alvoroçaram. Um cão chorar, tudo bem, não passa de um fenômeno sensível, o cachorro ouve um som e uiva. O outro cantar, também é aceitável, mais uma vez trata-se de um cachorro que como todos os cães em certas circunstâncias uivam, uns mais, outros menos afinados. Agora, vamos e venhamos, um papagaio cantar várias músicas, em diversos idiomas, e ainda por cima Ne Me Quitte Pas, vai mentir assim nos infernos!

D. Matt não se perturbou, nem mesmo quando um dos companheiros mais exaltados falou eu vou bater nesse cara.

Ele, D. Matt, afirmou:

– Por acaso, eu tenho aqui comigo uma fita cassete com uma gravação de Nat – justamente de Ne Me Quitte Pas.

– O papagaio se chama Nat King Cole?! Alguém perguntou com picardia.

– Nat Soriano, respondeu ele. E continuou dizendo que ia no carro pegar um aparelho para rodar a fita.

Nem ele se afastou e um garantiu que D. Matt não voltaria mais, tinha se escafedido, mentiroso dos diabos.

Mas, mal acabou de falar isso e lá vinha D. Matt com o toca-fitas na mão. Sentou-se, fez algum suspense, devagar pôs a fita a rodar e após alguns chiados uma voz de homem dizia: – Canta, Soriano!

A seguir, com acompanhamento e tudo (ele disse que era karaokê), Nat Soriano começou a cantar a música em Francês, com algum sotaque (pelo que D. Matt se desculpou, o papagaio aprendera essa música já adulto e não se libertara de algum acento estrangeiro).

Foi a coisa mais linda, de chorar mesmo, tinha gente ali com o coração despedaçado, alguém terminando um relacionamento, outro se sentindo desprezado, de modo que muitos lenços se molharam enquanto o papagaio Nat Soriano soltava a linda voz.

Foi no meio de toda aquela emoção que, mal acabara a música, D. Matt levantou-se dizendo eu tenho de ir e nunca mais o vimos.

Outro dia, no São João deste ano, nos reunimos de novo em frente à fogueira, rememorávamos e comentávamos o caso. É claro, ninguém acreditou que aquilo era um papagaio cantando, isso não era possível. O cara chegou num fusca velho, se tivesse um papagaio com tais qualidades estaria podre de rico.

Além do mais, alguém observou, aquilo era escritinho uma gravação de Ne Me Quitte Pas na voz de Nina Simone!

Ou seja, se Nat Soriano é mesmo um papagaio cantor, além de cantar bem é um imitador inigualável!

D. Matt, como eu disse, não mais apareceu, mas se voltar a dar as caras vai ter de trazer Nat Soriano para uma audição ao vivo.

Enquanto isso, está sendo xingado diariamente como o maior mentiroso que já apareceu por aqui.

E olha que o páreo é duro.

Seja como for, uma dúvida restou: Terá D. Matt autorização do Ibama para possuir um papagaio?

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

CÍCERO TAVARES – RECIFE-PE

Mestre Berto,

VEJA QUE ESCROTIDÃO!!!!!!!! NÃO SAIU NA GLOBO LIXO!!!!!!

Depois da verba de mais 670 milhões do Governo Federal destinada aos necessitados da coronavírus e roubada pela Prefeitura da Cidade do Recife e interiores, mais um escândalo estoura em Pernambuco com a verba pública e contra o povo necessitado!

Aplicativo da Caixa para o cadastramento de pessoas carentes e desempregadas

Transcrevo o inteiro teor da notícia criminosa publicada no site do Diário de Pernambuco do dia 25.de junho de 2020, que não vai dar em nada contra esses funcionários públicos bandidos que ludibriaram o sistema:

Em Pernambuco, mais de 15 mil servidores receberam auxílio emergencial indevidamente, segundo noticia o Diário de Pernambuco:

Mais de 15 mil servidores públicos em Pernambuco receberam indevidamente o Auxílio Emergencial, programa de distribuição de renda do governo federal, durante a pandemia do novo coronavírus. O que significa que a gestão federal gastou, pelo menos, R$. 4 milhões de reais de forma desnecessária, já que o principal critério para receber o Auxílio Emergencial é não possuir vínculo empregatício formal. As informações foram levantadas por meio de uma parceria entre o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) e a Controladoria Geral da União no Estado de Pernambuco (CGU-PE). A pesquisa é fruto de um cruzamento de dados e seus detalhes foram repassados em coletiva de imprensa virtual na manhã desta quinta-feira (25).

Com a identificação dos servidores, sejam municipais, estaduais ou federais, eles serão intimados a repor o que foi recebido. A regra se aplica, inclusive, para os servidores que possuem registro no Bolsa Família e Cadastro Único, que de acordo com o levantamento, enquadra 10 mil servidores nesta categoria. O TCE e a CGU trabalham com três hipóteses para justificar o recebimento dos recursos: ter cadastro em programa social, fraude ou solicitação do recurso de forma deliberada. Neste último, ainda se considera que alguns dos funcionários podem ter feito o pedido do Auxílio por má interpretação da legislação, já que o programa estabelece que tem direito ao programa quem tem renda mensal por pessoa que não ultrapasse meio salário mínimo (R$ 522,50), ou cuja renda familiar total seja de até três salários mínimos (R$ 3.135,00).

O presidente do TCE, Dirceu Rodolfo, explicou que a devolução dos valores precisa ser feito da forma mais “rápida possível”, uma vez que “existem pessoas precisando para ontem”. “Então [será feita] notificação, com prazo de dez dias para que esses servidores façam o recolhimento por via de recolhimento da união. Depositando lá na conta da união. E essas informações irão para o Tribunal de Contas e para a AGU e a gente vai controlar isso”, pontua.

Ainda segundo o presidente, caso não ocorra a devolução voluntária, o Tribunal determinará o ressarcimento compulsório. “Partiremos para outros procedimentos. O bloqueio das parcelas subsequentes já vai haver. Você sabe que tem uma terceira parcela, então a AGU já vai encaminhar o bloqueio das parcelas subsequentes, mas quais podem ser as providências outras que podem ser adotadas se não houver a devolução? A providência é desconto em folha. A gente vai listar aos gestores públicos para descontar em folha e fazer o recolhimento do repasse disso para a união”, explica.

O levantamento dos órgãos também apresentou que mais de 2 mil servidores federais entraram com pedido para o recebimento do auxílio. Essa informação será apurada diretamente pelo Ministério da Cidadania. Cerca de 5 mil servidores públicos de Pernambuco solicitaram o auxílio emergencial, sendo estes os funcionários que não tinham cadastro no Bolsa Família e Cadastro Único. Para eles, foram pagos R$ 2,8 milhões, sendo R$ 1,1 milhão na primeira parcela e R$ 1,7 milhão na segunda parcela.

O superintende da CGU em Pernambuco, Fábio Araújo, explicou que cada situação precisará ser analisada de forma individual para que se possa averiguar possibilidade de fraude com os dados dos servidores. Caso os beneficiários não possuam mais vínculo como agente público, ele poderá solicitar a contestação desse bloqueio.

Segundo o levantamento do TCE, funcionários públicos de 20 municípios do estado são responsáveis pelo recebimento de 40% do total pago a servidores públicos em Pernambuco. Esses servidores atuam nas cidades de Pesqueira, Petrolina, Garanhuns, Saloá, Limoeiro, Caetés, Passira, Escada, Brejo da Madre de Deus, São José do Belmonte, São Caetano, Caruaru, Ibimirim, Paranatama, Paulista, Terezinha, Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabrobó.

Não existe Governo Federal sério que lute contra essa praga endêmica petista que contaminou todos os Estados da Federação, principalmente os do Nordeste, ou alguém tem dúvida?

JOSÉ DOMINGOS BRITO - MEMORIAL

OS BRASILEIROS: Emílio Ribas

Emílio Marcondes Ribas nasceu em Pindamonhangaba, SP, em 11/4/1862. Médico sanitarista, pioneiro no combate da febre amarela entre outras epidemias e na criação de instituições de pesquisas na área da saúde pública, junto Oswaldo Cruz, Adolfo Lutz, Vital Brasil e Carlos chagas. Após os primeiros estudos em escola pública, foi estudar na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e graduou-se em 1887, com a tese “Morte aparente de recém-nascidos”, ressaltando os cuidados com o cordão umbilical.

Em seguida casou com Maria Carolina Bulcão e passou a clinicar em Santa Rita do Passa Quatro, SP. Pouco depois mudou-se para Tatuí, onde foi nomeado inspetor sanitário, em 1895. No ano seguinte, como auxiliar do Dr. Diogo Teixeira de Faria, no “Desinfetório Central”, combateu várias epidemias guiado sobretudo pela intuição. Exterminou o mosquito transmissor (Aedes aegyptii) em São Caetano, Jaú, Pirassununga, Pilar, Rio Claro, Araraquara e Campinas, onde foi promovido a chefe da comissão sanitária e permaneceu até 1898. Ajudou Vital Brasil na criação do Instituto Soroterápico, os primórdios do Instituto Butantan, e foi nomeado diretor do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo, cargo ocupado até se aposentar em 1917.

Publicou, em 1901, o artigo “O mosquito considerado como o agente de propagação da Febre amarela” e sofreu forte oposição dos colegas, que não acreditavam na transmissão da doença pelo mosquito. Afim de aprofundar o assunto, foi para Cuba acompanhar o trabalho dos médicos Carlos Juan Finlay e Walter Reed, que estavam mais adiantados na pesquisa. Em princípios do século passado Cuba era um celeiro do mosquito e os surtos febre amarela eram recorrentes. No ano seguinte foi para São Simão, afim de deter a 3ª epidemia de febre amarela e só saiu de lá quando conseguiu, com ajuda de outros médicos e voluntários, acabar com a epidemia, limpando o rio que corta a cidade e instalando serviços de saneamento básico.

Retornando â São Paulo, decidiu fazer uma experiência semelhante a realizada pelos colegas cubanos, junto com Adolfo Lutz e mais dois voluntários: deixaram-se picar por mosquitos que estiveram em contatos com doentes de febre amarela, no Hospital de Isolamento de São Paulo (atual Instituto de Infectologia Emílio Ribas), em 1903. Foi a partir da contaminação de Ribas que Oswaldo Cruz empreendeu a eliminação dos focos de mosquito no Rio de Janeiro. A experiência foi repetida mais duas vezes, sendo a última com 3 imigrantes italianos pagos para ficarem junto a secreções e lençóis usados por doentes de febre amarela. Os resultados provaram que a transmissão não se dava pelo contágio e sim pela picada de mosquitos infectados por pessoas portadoras dessa moléstia.

Ainda em 1903 a experiência foi apresentada no 5º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, onde ele defendeu o combate com a eliminação do mosquito e não dos meios defendidos pelos “contagionistas”. No mesmo ano a febre amarela foi declarada extinta no estado de São Paulo. Pouco depois uma nova epidemia começa a preocupar os paulistas: a tuberculose. O Governo encarrega-o com a missão de viajar aos EUA e Europa para estudar a profilaxia dessa doença. Trouxe na bagagem algumas ideias que alavancaram a cidade que ficou conhecida como a “Suiça Brasileira”. Campos de Jordão já era famosa pelo seu clima, como um lugar propício ao tratamento da tuberculose. Mas, para chegar lá os enfermos tinha que subir a serram da Mantiqueira em lombo de burros e cavalos. Uma de suas primeiras providências, junto com Victor Godinho, foi a construção da Estrada de Ferro Campos de Jordão, inaugurada em 1914.

O projeto era indispensável não só para o transporte das pessoas, mas para o envio de materiais para a urbanização e construção de hospitais, como o primeiro Dispensário de Tuberculose. A dedicação à este trabalho lhe rendeu honrosa homenagem ainda em vida: seu nome foi dado à praça central de sua cidade. Rendeu também 200 contos de réis, dado pela Câmara Municipal, em 1917, quando se aposentou. Mas, esta “comenda” ele recusou. Como se vê, foi um exímio administrador, além médico dedicado a várias doenças. De seus cuidados no tratamento da lepra, surgiu o “Sanatório de Santo Ângelo”, em Mogi das Cruzes. O primeiro centro de tratamento mais humano de assistência aos hansenianos no Brasil, iniciado em 1917 e inaugurado em 1928.

Seu envolvimento no projeto, junto com o colega Joaquim Riberio de Almeida resultou na construção de uma cidade em miniatura, com igreja, teatro, campo de futebol, praça etc. No conceito da época, o isolamento era um benefício para os doentes e para a sociedade. O sanatório deu origem ao grande “Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti”, que ainda mantém uma ala dedicada aos hansenianos. Em 1922 deu sua última conferência sobre febre amarela no Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina de São Paulo, que leva o nome de seu amigo Oswaldo Cruz, e veio a falecer em 19/12/1925. Na celebração dos 150 anos de seu nascimento, realizada em 2012 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, foi apresentada uma exposição audiovisual sobre a vida e legado do médico e administrador.

Na ocasião, o governador Geraldo Alckmin concedeu-lhe o título póstumo de “Patrono da Saúde do Estado de São Paulo”. Foi também lançada sua biografia: “Emílio Ribas, o guerreiro da saúde”, escrita pelo seu colega José Lélis Nogueira. Trata-se de um vasto levantamento das batalhas travadas por este guerreiro em combate com diversas epidemias. Seu caráter batalhador foi realçado no artigo “Combates sanitários e embates científicos: Emílio Ribas e a febre amarela em São Paulo,” publicado por Marta de Almeida na revista “História, Ciências, Saúde – Manginhos”, vol. VI(3): 577-607, fev. 2000. Clique aqui para acessar.