CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

DEU NO X

DEU NO X

DEU NO X

PATRIOTISMO SOBRE DUAS RODAS

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E LÁ NO EXTREMO SUL, NA BELA PORTO ALEGRE…

DEU NO X

CONSTATANDO O ÓBVIO ULULANTE

DEU NO X

UM PAÍS QUE VERDE-AMARELOU

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DEU NO X

PETISTA DE REDAÇÃO QUEBROU O FUCINHO

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Claro que foi por enfarto, seu tabacudo.

Ele morreu de morte morrida.

E não de morte matada, como alguns imprenseiros babacas insinuaram ontem.

Chamar este jornalisteiro globóide de fela-da-puta é uma grave ofensa aos felas-da-puta do mundo todo.

Cabra safado.

Vai te fuder, seu militante da extrema imprensa bostosa!

DEU NO X

BOLSONARO DISSE PRA VOCÊS NÃO IREM PRA RUA, PORRA

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DEU NO X

ESTÃO EXTINGUINDO O CORRUPTUS-VÍRUS EM PLENO DOMINGO

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DEU NO JORNAL

OS SÓCIOS DA EPIDEMIA

Guilherme Fiuza

Tradicionais veículos de comunicação noticiaram que o presidente Bolsonaro tinha coronavírus. Algum tempo depois o próprio presidente divulgou boletim atestando resultado negativo para o seu exame. Isso é muito grave.

Os veículos que deram a notícia foram diretos: o presidente da República tinha testado positivo para coronavírus. Essa foi a manchete que circulou para milhões de pessoas. Algumas matérias atribuíam a informação a um filho do presidente. Outras atribuíam a informação aos outros veículos que deram a notícia. O nome disso é vexame.

Responda com calma: se você pretende que a sua marca de mídia tenha credibilidade – ou seja, que as informações que ela divulga sejam consideradas verdadeiras por quem as recebe – você vai noticiar que o presidente de um país está infectado pelo vírus de uma pandemia que está paralisando o mundo a partir do que alguém te falou?

Ah, mas esse alguém é filho do presidente… E daí? Meia hora depois o filho do presidente estava negando que tivesse declarado que o pai testou positivo. Ele se enganou? Foi mal interpretado? Foi caluniado? É claro que nada disso interessa a quem queira fazer jornalismo minimamente sério. É assim que vocês apuram fatos? De acordo com a moderna técnica do disse me disse?

Nem se fossem todos os filhos do presidente. Nem se fosse o médico do presidente. Nem se fosse o Papa. Qual o problema de dar a notícia com o atestado do exame nas mãos?

Para imprensa séria, nenhum. O problema é para quem não quer oferecer informação, mas estardalhaço. Aí não dá mesmo para esperar. Pega qualquer porcaria que te contarem no salão de cabeleireiro e joga no ventilador – embalada na sua marca de compromisso com a verdade, que assim vai virando aos poucos sinônimo de fake news de grife.

E se Bolsonaro tiver coronavírus? Aí a notícia muda, mas o vexame fica intacto. Se você se propõe a informar e não checa devidamente a informação que distribui, você está especulando. E se você vende especulação fantasiada de notícia, você é um delinquente.

Existe um estado de beligerância entre governo e imprensa, nos Estados Unidos e no Brasil? Existe. E como os supostos arautos da liberdade de expressão pretendem, em sua missão de bem informar, pregar o respeito à imprensa? Inventando notícia? Publicando chute? Mentindo?

Assim fica difícil, companheiros. O público já identificou a manobra patética de vários veículos de comunicação, outrora respeitáveis, tentando melar o resultado das eleições no grito – tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Agora, no meio de um pandemônio que é a reação desesperada da humanidade a uma epidemia de gripe, onde tudo que se precisa é serenidade e bom senso, aparecem vocês tentando vender espetáculo mórbido – e falso.

A democracia esperava mais, muito mais de vocês.