DEU NO X

É UM PERIGO DA PORRA!

* * *

Esta chamada da revista Exame traduz com maestria o pensamento que domina a cabeça dos babacas que infestam as redações da grande mídia extremista deste país.

“O perigo do sucesso econômico de Bolsonaro”

É pra torar!

E a frase de abertura da matéria é outro primor:

“Apesar de a agenda econômica caminhar na direção do crescimento, há áreas do governo que são verdadeiros desastres.”

Eu desconfio que as áreas desastrosas do governo devem ser aquelas que estão cortando verbas pra publicar anúncio na grande mídia.

Apesar de tudo, o redator do artigo não teve outra saída senão afirmar que a agenda econômica caminha “na direção do crescimento“.

É pra arrombar a tabaca de Xolinha!!!

A PALAVRA DO EDITOR

PRAGA PRA UMA SEXTA-FEIRA, 13

Hoje é o dia em que a Mãe de Calor-de-Figo limpa os dentes com uma escova fabricada com os pentelhos da sogra de Belzebu, a madrasta de Caralho-de-Asas come bimba de gato frita em sebo de bode, a nêga Espanta-Cacete amarra o pixaim com biliros feitos de ossos de cachorro doido, a madrasta de Cavalo-do-Cão come barro e caga tijolo pra levantar a caverna do Tinhoso, a cabôca Traça-Pica faz careta pra Tranca-Rua em cima de um pinico de loiça, a enfezada Catraia Sibita lava a priquita com o mijo da Besta Fera pra se enxugar com um pedaço da estopa de Maria Mulambo e a irmã de Pancanha cata chatos na barba do cabôco Papa-Cu.

É dia de ter muito cuidado, assim feito quem procura pinico com os pés no escuro.

Quem lê, gosta, aprecia e divulga o Jornal da Besta Fubana está a salvo e terá um dia excelente.

Assim como excelente terá este final do ano de 2019.

Já os farrapos humanos que falam mal mim que preparem o furico: o moleque Bimba-de-Alavanca tá pronto pra fazer sua parte.

Este é o Moleque Bimba-de-Alavanca, que está de plantão pra enrabar os muderninhos do puliticamente correto, os babacas, os idiotas, os transbaitolados, os lesos, os tabacudos e os militantes zisquerdóides; e fiquem de pregas preparadas Lula, Toffoli, Dilma, Maria do Rosário, Boulos, Haddad, Gilmar, Stédile, Gleisi, Lewandowski e mais 13 outros que estão aqui na minha lista, além dos componentes das redações da grande mídia banânico-oposicionista deste país. Serão devidamente enrabados e ficarão todos de furicos afolosados.

MARCELO BERTOLUCI - DANDO PITACOS

FUTEBOL

Já tivemos um presidente que tentava explicar a política com metáforas futebolísticas. Muita gente gostava. Como o campeonato brasileiro acabou semana passada, pode ser um bom momento para explicar um pouco de economia, já que o futebol é um bom exemplo de livre mercado, ao contrário da economia brasileira, que é um exemplo excelente do horror que é o “capitalismo de compadres”. Vou comparar as duas abordagens em vários tópicos.

1 – EMPREENDER É CORRER RISCO

Todo time, antes do campeonato, investe. Alguns mais, alguns menos. Para alguns, o investimento dá certo, para outros não. Este ano, os investimentos do Flamengo deram muito certo. O Palmeiras também investiu certo, mas foi surpreendido por um concorrente melhor que ele. Alguns investiram bem errado, e colheram os resultados.

Se o futebol fosse gerido pelo governo, o campeão seria escolhido antes do campeonato começar (como a Oi, a JBS e o Eike Batista). O time escolhido receberia bilhões do BNDES e contrataria o Messi, o Cristiano Ronaldo e todos os jogadores do Liverpool. Os outros times teriam que se contentar em fazer papel de bobos, sabendo que não teriam nenhuma chance. Depois se descobriria que houve propina, haveria um escândalo, gente seria presa e alguns ficariam o resto da vida gritando “É golpe!”. O dinheiro do BNDES, esse não voltaria mais.

2 – CRESCIMENTO BASEADO EM CRÉDITO É ILUSÃO

O Cruzeiro entrou por esse caminho lá por 2013, 2014, quando foi bi-campeão. Começou a comprar jogadores famosos e pagar salários milionários, sem ter receita para isso. A dívida foi crescendo, mas os cruzeirenses fingiam que estava tudo bem. O importante é ser campeão! Um dia a dívida fica grande demais, o crédito acaba, os salários atrasam, os jogadores ficam putos e o time é rebaixado. Aconteceu com muita gente, e normalmente acontece de surpresa: por um tempo tudo parece ótimo; quando piora, piora mais rápido do que todo mundo esperava, e parece que não vai parar de piorar nunca (é só perguntar para os venezuelanos).

Quando é com o governo, as coisas às vezes demoram décadas. Delfim Netto disse no tempo em que era ministro: “dívida não se paga, se rola”. O Brasil já deve mais de quatro trilhões: cada brasileiro já nasce devendo vinte mil. De vez em quando enfrentamos um “rebaixamento” (Plano Cruzado, Plano Collor, Crise da Ásia, Crise do sub-prime, Crise da Dilma…), e penamos um pouco para voltar para a primeira divisão.

3 – O QUE INTERESSA É A PREFERÊNCIA DO CONSUMIDOR

Tudo bem que a Globo manda bastante no futebol brasileiro, mas ela não pode ir contra o mercado: se ela dá mais dinheiro para o Flamengo e para o Corinthians, é porque é isso que seus telespectadores (ô palavra feia!) querem. Se ela só passasse os jogos do Avaí e do CSA, a audiência ia aumentar em Florianópolis e Maceió, mas ia cair no resto do Brasil; cedo ou tarde ela teria que mudar de idéia. Ou seja: o Flamengo têm a maior torcida, e os outros times que se virem para correr atrás do prejuízo.

O governo têm algumas vantagens: uma das mais importantes é que ele manda na educação, e portanto todas as escolas são obrigadas a seguir um programa onde se ensina desde o pré-primário que o governo é bom, o governo nos ajuda, o governo é necessário, não podemos viver sem o governo. Ou seja, um monte de gente é “torcedor” do governo por conta da lavagem cerebral que sofreu na infância. Outra diferença: o Flamengo não pode tirar dinheiro à força de seus torcedores, mas o governo pode tirar dinheiro à força de todo mundo, não importa se estão gostando ou não.

4 – O CONSUMIDOR QUER RESULTADOS

Completando o ítem acima: se um time só faz bobagem e está sempre na lanterna, alguns torcedores desistem. Não todos, claro, mas com o tempo a tendência é minguar. Nos anos 50, o América era um time tão conhecido como o Flamengo no Rio de Janeiro. Quem lembra do América hoje?

Já o governo não se preocupa tanto, porque o que ele oferece é obrigatório: você têm que pagar imposto porque o governo “dá saúde e educação”. Se você acha que o atendimento do SUS e a qualidade das escolas públicas são uma porcaria e não valem o que você paga, azar o seu, porque ninguém no governo está preocupado com a sua opinião.

5 – NEGÓCIOS VOLUNTÁRIOS SÃO BONS PARA TODOS

O técnico do Santos quer sair do Santos. O técnico do CSA foi para o Ceará. O Corinthians quer contratar o Michael do Goiás. O Cruzeiro que demitir o Thiago Neves. O Gabigol ainda não sabe se fica no Flamengo ou vai jogar na Europa. Isso se chama mercado: as partes negociam, chegam a um acordo e fecham o negócio, o que significa que ambos os lados acham que o acordo é bom. Se mudarem de idéia, voltam a negociar (mas têm que cumprir o contrato!). Nada é definitivo: o jogador que parecia ser um craque ano passado pode ser um perna-de-pau hoje. Claro que alguns ganham mais e outros ganham menos, porque cada ser humano é único em suas qualidades e defeitos, e não há fórmula matemática que possa determinar qual o valor “justo” ou “injusto” para alguém pagar e alguém receber.

Como o governo não “disputa” com ninguém, não têm parâmetros de comparação. Por isso políticos têm trocentos assessores, juízes ganham montanhas de “benefícios”, funcionários públicos têm emprego garantido sem produzir nada. Não há como medir se a criação de uma secretaria ou de uma estatal traz um retorno positivo – na verdade, isso nem passa pela cabeça dos políticos. Secretarias e estatais são criadas apenas para criar cargos e despesas e dar mais poder aos políticos.

6 – QUANTO MAIS ACESSO AO MERCADO, MELHOR

O Flamengo montou um time magnífico e conquistou dois títulos importantes porque trouxe um técnico de Portugal, contratou vários jogadores de outros times brasileiros e outros tantos de times da Europa. Nenhum trouxe um papel garantindo gols ou vitórias. Cada contratação foi uma “aposta”, um negócio realizado com a esperança de obter bons resultados, e esta esperança se baseia na competência das pessoas responsáveis pela escolha.

Se o governo controlasse o futebol, seria muito diferente. Governos detestam quando as pessoas têm liberdade de escolha, e estão sempre criando regras e exigências para reduzir (ou se possível acabar) com essa liberdade. Em um futebol controlado pelo governo, haveria concursos públicos para contratar jogadores. Para se inscrever no concurso, seria necessário apresentar licenças, certificados, autorizações e diplomas, e cada um deles seria fornecido pelo governo ou por alguém “autorizado” pelo governo, sempre mediante pagamento. As provas seriam elaboradas por órgãos do governo, e as pessoas destes órgãos aproveitariam sua posição para criar empresas que oferecem cursos preparatórios, também muito bem cobrados. Depois das provas, uma complicada burocracia definiria o futuro de cada jogador, sempre deixando espaço para trocas de favores, jeitinhos, e todo tipo de acontecimentos inexplicáveis. Jogadores ruins ficariam no banco recebendo salários altíssimos, sem nenhuma explicação (mas todo mundo saberia o porquê). E naturalmente, contratar um técnico europeu seria proibido: teríamos uma reserva de mercado para técnicos brasileiros, porque no governo todo mundo acredita que o caminho do desenvolvimento é obrigar todos no país a pagar caro por produtos nacionais ruins.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

ROGERIO ARAUJO – ITATIBA-SP

Caro amigo

Muito me agrada daqui do interior de São Paulo acompanhar seu trabalho nessa gazeta.

Ocorre que agora vejo que preciso ter um acesso cadastrado e não estou conseguindo fazer isso.

Sua senhoria poderia me ajudar?

R. Caro leitor, pra acessar essa gazeta escrota não precisa de cadastro, nem de senha.

Ela vive escancarada o dia todo pra quem quiser entrar.

Essa história de pedir senha foi um problema que aconteceu ontem, quinta-feira, no nosso serviço de hospedagem.

Ainda bem que foi tudo resolvido rapidamente. E espero que não mais se repita.

Fiquem já os nossos leitores avisados: não precisa de cadastro, nem de senha, pra ler as besteiras que são aqui publicadas.

Saiba, estimado Rogerio, que sou muito grato a todos vocês que acessam o Jornal da Besta Fubana, nos dando força e audiência.

Abraços e um excelente final de semana.

A bela e acolhedora Itatiba, localizada na Região Metropolitana de Campinas e que fica a cerca de 80 km da capital. População: 113.284. Uma das milhares de cidades do Brasil inteiro onde o Jornal da Besta Fubana é acessado

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CARLITO LIMA - HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA

MARIA DO PONTAL

Rosana com seus 16 anos, corpo de mulher, morena, vestido de chita, e a euforia de menina travessa, depois de algumas cervejas e muita conversa entregou-se ao namorado nas areias das Dunas da praia do Trapiche da Barra, numa bela noite de um milhão de estrelas cintilantes. Deu sua virgindade a Mané das Cabras, amigo de infância e namorado.

Nove meses depois nasceu Maria, menina rechonchuda, sorridente, com ar matreiro irradiando alegria.

Mané das Cabras era apelido de Manoel da Silva por ter sido apanhado em flagrante com uma cabra. Quando Maria nasceu ele já havia se arribado para o sul do país. Tocava violão e cantava, queria ser músico famoso da Rede Globo. Maria foi registrada com pai desconhecido. Ela teve uma infância intensa, divertida no bairro do Pontal da Barra, andava pela praia, nadava na lagoa, roubava coco e melancia nos sítios da vizinhança, jogava futebol, ximbra e pião com os meninos. Era conhecida em toda redondeza por sua sapequice e simpatia, como Maria do Pontal. Quando tomou corpo de mulher, aos 15 anos, sua sensualidade cava a atenção. Tornou-se uma morena bonita, rosto arredondado, cabelos negros e crespos, nariz meio achatado, olhos amendoados de uma vivacidade incontrolável, e os lábios grossos pareciam constantemente molhados. Estudou na Escola Silvestre Péricles e teve a inclinação de ler romances, contos, poesias. Moça romântica apaixonou-se por um belo rapaz, filho de um rico comerciante. Gustavo, louro, olhos azuis contrastava com a beleza morena de Maria. A atração entre os dois terminou num quarto da mansão de praia da família. Quando souberam do desvirginamento de uma menor de idade, os pais receosos mandaram o galeguinho dos olhos azuis estudar em São Paulo. Foi a primeira decepção amorosa. Maria prometeu-se jamais se apaixonar.

Levou uma juventude livre, cuidou-se para não engravidar. Namoradeira, os homens se encantavam com seu o corpo, a beleza, a sabedoria na cama. Os sortudos que tiveram a ventura de passar uma noite em seus braços nunca esqueceram a desbragada noitada de amor. O frescor da boca de Maria ficava impregnado na mente, no âmago de quem experimentou. Ninguém, jamais esqueceu um simples beijo de Maria do Pontal.

Nessa época Lúcio, famoso arquiteto, separou-se da mulher. Deixou-a com o filho no apartamento e foi morar com um amigo de infância. Bruno, solteiro, morava no bairro das mulheres rendeiras, Pontal da Barra, numa casa discreta em frente à lagoa, preservava sua intimidade de homossexual. Lúcio, apesar da amizade, nunca teve relacionamento sexual com Bruno, se respeitavam, eram amigos, muito amigos, quase irmãos.

Certa tarde de sábado Lúcio tomava cerveja com convidados na varanda da casa de Bruno. Teve uma alegre surpresa quando entrou aquela jovem com trouxa de roupa na cabeça. Maria abriu a portinhola da frente sorrindo:

– Bruno!!!!!!Brunoca olha a roupa limpinha pra você sujar de novo!!!!

Seu sorriso enfeitiçou o novo morador. Lúcio acompanhou Maria e ajudou a colocar a trouxa na cama. Ela ficou encantada com a gentileza daquele homem educado, bonito, e gentil; uma raridade entre os homens conhecidos. O arquiteto acertou também com Maria, a lavagem de suas roupas.

Três semanas depois desse fato, Lúcio e Maria já dormiam juntos nos alvíssimos lençóis lavados e passados por Rosana, a melhor lavadeira da região. Foi a melhor fase de felicidade da vida Lúcio. Toda manhã ele ia trabalhar no seu escritório de arquitetura no centro da cidade, só chegava à noite em casa, cansado, mas no fundo, na maior ansiedade de ter Maria em seus braços. Vida encantadora, sem preconceitos, sem temores ou disputa de uma esposa impertinente e cobradora. Aliás, houve um bendito preconceito. Lúcio certa vez quis virar o disco, fazer sexo anal, porém, Maria tinha verdadeiro pavor, faria tudo que ele quisesse, menos isso. Ele respeitou sua opinião, sua determinação. Maria percebeu frustração em Júlio pela recusa. Na sexta-feira quando o arquiteto chegou do trabalho ávido em carinhos de seu amor, Rosa estava acompanhada de uma morena bonita tomando cerveja na varanda da casa. Apresentou Gal com um sorriso maroto. Quando pôde, cochichou no ouvido:

– Você não gosta de ir por trás? A Graça adora essa safadeza. Eu lhe trouxe de presente. Não me importo.

A partir desse dia Lúcio dormiu com as duas. Passou mais de um ano bígamo, aliás, ele dizia estar num paraíso, num sonho; interrompido quando viajou para um curso de seis meses na França. Como quem vai para o ar perde o lugar, ao voltar, Maria havia se casado, já morava em Munique.

O romance de Maria iniciou num dia de festa, ela acompanhou amigos à casa de um simpático alemão apaixonado por Alagoas, morador e curtidor da praia do Francês, era também festa de despedida, o alemão estava voltando para sua terra. Clemens quando foi apresentado à Maria não só ficou fascinado, disse para si mesmo que aquela jovem era o amor de sua vida, apesar da diferença de idade. Dois meses depois ela viajou de mala e cuia para Munique; casaram-se.

Hoje Lúcio, casado com uma colega arquiteta, vez em quando visita Bruno na mesma casa. Nunca esqueceu os melhores momentos de sua vida, quando era livre, sem maiores compromissos e tinha o amor e carinho de Maria do Pontal.

DEU NO X

PENINHA - DICA MUSICAL