DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

ROQUE NUNES – CAMPO GRANDE-MS

Papa Berto, primeiro e único…

os somíticos, fonas, canguinhas, mãos de vaca, roedores de beira de sino, avaros, “mizeravis” desta terra mandaram eu “ponhá” 50 caraminguás na sua conta para ajudar nossa gazeta escrota.

Como eu sempre digo que esta coisa de “infernet” é artimanha de belzebu que criou esta porcaria nas horas vagas, não sei como enviar o comprovante, mas pode conferir lá….

Do seu sacerdote ordenado da nossa Igreja Católica Apostólica Sertaneja.

Abraços heterossexuais….

R. Fique tranquilo, meu caro: Chupicleide, nossa zelosa secretário de redação, conferiu o saldo e confirmou que seu generoso depósito já está na conta desta  eternamente deficitária gazeta escrota.

Polodoro rinchou de alegria e Xolinha arreganhou a tabaca pra comemorar.

Todos eles agradecem a sua generosidade, meu caro sacerdote da Igreja Sertaneja e leitor fiel do Jornal da Besta Fubana.

Um grande abraço para toda nossa patota dessa bela e acolhedora Campo Grande!

DEU NO JORNAL

DEU NO JORNAL

UM ÓDIO JUSTIFICADO

A PF deflagrou a Operação Voo Baixo, para desmantelar uma quadrilha de narcotraficantes.

Sergio Moro, que nesta quarta-feira vai ao Congresso Nacional, aproveitou para defender seu pacote anticrime:

* * *

É por isso que PT, PSOL, PCdoB e demais ajuntamentos zisquerdóides estão putos de raiva.

Como são todos eles organizações criminosas, lideradas pelo bando de Lula,  ficam babando de ódio ao saber que o crime vem sendo duramente combatido.

E que a pajaraca está entrando no furico de tudo quando é bandido deste país, sejam eles ladrões de celulares, defendidos por Lula, sejam eles bandidos do colarinho branco.

É normal, é natural que toda Organização Criminosa fique babando de ódio quando constata que o governo está combatendo e vencendo o crime.

Simples assim.

DEU NO JORNAL

UM ESCLARECIMENTO IMPORTANTE

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara realiza hoje audiência pública com representante da frente de “Defesa pelos Jumentos”.

A Câmara garante que não é encontro do PT e seus puxadinhos.

* * *

De fato, a Câmara faz bem em esclarecer que os jumentos em questão são outros que não aqueles que compõe a militância petista.

Nem todo jumento é petista, embora a recíproca seja verdadeira.

E aqui estamos falando de jumento adjetivo.

Polodoro, o mascote desta gazeta escrota, é um exemplo perfeito de jumento substantivo.

Polodoro relincha que só a porra quando cruza com os jegues luleiros.

Relincha fazendo anarquia e gozação.

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

PAIXÃO NÃO CONSUMADA

Era paixão de primas, de madrinha, de afilhada, uma mais velha, outra mais nova… ambas loucas!

Talvez a cara pintada acenda esses desejos, esses fetiches nas mulheres desprovidas de certa alegria. Talvez…

O velho palhaço entrou no picadeiro afastando duas belíssimas cortinas em cetim vermelho para a sua passagem. Trazia na mão esquerda um troféu recebido como prêmio. Fora eleito O Melhor Palhaço do Brasil havia três meses apenas.

O troféu foi delicadamente repousado sobre a madeira do picadeiro.

Também trouxe no braço direito o filho, único, ao palco. Todas as luzes do ambiente foram apagadas, restando apenas um canhão amarelado iluminando ambos, do peito do artista para cima.

O garoto de uns seis anos nos braços do pai, vestido e pintado como palhaço, piscou os olhos duas vezes para acostumar a vista à iluminação.

Iniciou-se o diálogo.

– Meu filho, quando eu não puder mais pintar o rosto?

– Eu pinto, papai.

– E quando eu não puder mais vestir roupas coloridas e folgadas?

– Eu visto, papai.

– E quando eu não puder mais calçar sapatos longos?

– Eu calço, papai.

– Meu filho, e quando eu não puder mais subir ao picadeiro?

– Eu subo, meu pai.

– E quando, meu filho, eu não puder mais contar piadas?

– Eu conto, papai.

– Quando eu não puder mais fazer uma criança sorrir?

Houve um silêncio. Teriam ensaiado aquele singular diálogo?

– Eu faço, meu pai.

Havia um silêncio em todo o circo. Um silêncio de alguns minutos parecendo secular, quebrado pelo estalo do beijo do velho palhaço no pequeno em seu braço.

– Estão vendo? Ser palhaço é uma profissão como outra qualquer, dela me orgulho. O palhaço exerce uma profissão tão digna quanto a de bancário, por exemplo (…)”

E o emocionante discurso continuou para uma plateia emudecida.

Havia choro na plateia. Das cadeiras às arquibancadas de tábuas gastas e soltas, chamadas de “poleiros” pela gente daquela pequena cidade.

Eu vi.

Eu ouvi.

Eu sabia a quem era direcionada aquela mensagem.

Ela, que por orgulho desistira daquela paixão avassaladora, sentava-se em companhia de amigas no lugar mais caro das numeradas, a poucos metros do lugar da cena. Também chorava disfarçadamente, com um sorriso bobo no rosto maquiado. Um choro de certa vergonha por sua falta de ousadia, de lágrimas borrando-lhe a pintura feita com capricho.

Do picadeiro o velho palhaço podia sentir o seu cheiro, de perfume bom e caro, colocado especialmente para chamar-lhe a atenção.

Ela baixou a cabeça. Era o sinal de sua covardia.

Quiçá tivesse sido encorajada em entregar-se aquele amor e hoje dançasse rumba pelos interiores do Brasil, desejada, alegre, extrovertida, de bem com a vida.

“Meninas de lá de Cuba que vão à praia toda manhã (…) Depois de tudo eles querem: panrã-pan-pan. Pan-pan!”

Eu nem era pai ainda.

DEU NO X

HERANÇA PETRALHA

PENINHA - DICA MUSICAL