O ministro Gilmar Mendes prometeu processar quem, no seu entender, ofendê-lo e chamá-lo de corrupto.
O ministro fez essas declarações hoje (16/11), véspera das manifestações deste domingo que terão como pauta única a exigência de impeachment de Gilmar Mendes.
O pedido de impeachment do ministro é baseado na suspeita de prática de inúmeros crimes, entre eles, o de corrupção passiva.
As declarações foram dadas em entrevista ao Glamourama, um site de fofocas e de futilidades de socialites do portal UOL.
A fala do ministro foi uma espécie de recibo passado e confirmação do efeito da pressão que vem sendo exercida sobre ele por meio das redes sociais ao longo desta semana.
Apesar das manobras do Twitter, as hashtags associadas ao impeachment de Gilmar Mendes estiveram no topo dos trending topics durante os últimos dias.
* * *
O jumento Polodoro, mascote desta gazeta escrota, está de prontidão com a pica devidamente vaselinada.
Ele está ansioso pra cruzar com Gilmar, depois que este canalha for impichado.
Hoje Polodoro passou o dia treinando na tabaca da égua Carminha.
“Eu não posso ver mais jovem de 14, 15 anos, sendo assassinado pela polícia porque roubou um celular” – Lula.
Assista e me diga: NÃO CHEGA A DAR NOJO DESSA ESQUERDA MALDITA? pic.twitter.com/Q3pwolcTTx
O movimento Vem Pra Rua montou um site que mostra as posições dos deputados e senadores em relação à PEC da prisão em segunda instância.
Ainda nesta sexta-feira, o mapa já atingiu mais de 1 milhão de visitantes únicos.
* * *
Os leitores fubânicos, pertencentes à banda decente do Brasil, já sabem os tipos de parlamentares que são a favor da prisão em segunda instância e os que são a favor de bandidos.
Para acessar o mapa, que está bem detalhado por estado, basta clicar na imagem abaixo:
O Brasil levou um susto neste 15 de novembro. Em meia à celebração da data histórica, veio a bomba: a Proclamação da República estava revogada. Foi um Deus nos acuda. Boataria, confusão, informações desencontradas e a crise de identidade já pairando sobre o povo brasileiro quando veio a confirmação oficial: o Supremo Tribunal Federal anulou o ato que inaugurou o regime republicano no país.
Crise. O dólar só não foi à Lua por ser feriado – mas bem que o STF tentou decretar dia útil para dar mais uma apimentada no mercado de câmbio, o que só não foi possível porque o ministro Marco Aurélio Mello já tinha feito o check in e declarou não ia correr o risco de passar o 15 de novembro no Brasil nem a pau. “Só fico aqui para azucrinar”, sustentou sua excelência. “Para relaxar existe lugar melhor”.
Teve a concordância imediata do presidente da corte, Dias Toffoli, encerrando a questão: “Você tem razão”. Marco Aurélio voou enfurecido no pescoço de Toffoli, aos gritos de “você” é a p… q… p… Muito hábil, Toffoli acalmou o colega em 30 segundos com uma resposta brilhante: “Minhas profundas, condoídas e perpétuas escusas, excelência, fulgurante excelência. Jamais voltarei a me dirigir à sua magnífica, soberana e inalcançável pessoa por meio de tratamentos incompatíveis com a exuberante divindade da sua aura”.
“Aura sacerdotal”, corrigiu Marco Aurélio, já mais calmo. “Exato, foi o que eu quis dizer”, encerrou Toffoli.
Na saída do plenário a imprensa estava alvoroçada com a decisão surpreendente do STF que revogava a Proclamação da República. Os jornalistas cercaram o ministro Gilmar Mendes para ouvir a explicação sobre os motivos da medida revolucionária. Ex-vilão favorito da mídia nacional, Gilmar tinha se tornado o queridinho dela, por essas mágicas da vida, e estava até sorrindo pela primeira vez em várias décadas de existência.
Com o carisma e o alto astral sintonizados ao momento épico, Gilmar Mendes esbanjou clareza e eloquência na fundamentação da decisão histórica do Supremo.
Ele explicou que o ato de 1889 foi anulado por um motivo simples: na ocasião, os advogados de Lula e de José Dirceu não tiveram respeitado seu amplo direito de defesa do regime que pretendiam implantar em lugar da República – a Cleptocracia – o que, no entender do STF, torna ilegítima a Proclamação pelo princípio da presunção de mortadela (já que ninguém vai gastar presunção de presunto com massa de manobra, muito menos a presunção de lagosta do Supremo).
Salvo algumas exceções fascistas, a euforia da imprensa com a declaração do companheiro Gilmar foi indisfarçável. Quiseram saber quanto tempo, a partir da decisão histórica do STF, seria necessário para a tão sonhada implantação da Cleptocracia no Brasil. A resposta foi um banho de esperança: na verdade, o regime dos cleptocratas (baseado no assalto institucionalizado ao contribuinte para o bem comum da quadrilha) já estava testado e aprovado pela suprema corte – só faltando remover do caminho o inimigo número um dos ladrões honestos, Sergio Moro, responsável pela interrupção da vigência cleptocrática. Um detalhe.
Mas que ninguém se preocupasse com esse incidente, porque o STF já estava em contato com os melhores hackers do país para julgar a suspeição de Moro com base numa cadeia impecável de intrigas montadas a partir de material roubado absolutamente transparente e confiável. Moro e os fascistas não contavam com a tecnologia de primeiro mundo da quadrilha do bem para defender a democracia trans.
Imediatamente começaram a aparecer as pesquisas indicando que, se as eleições fossem hoje, Lula seria eleito Imperador da Cleptocracia em primeira instância, sem chance de habeas corpus. Impaciente, um estrategista de mídia objetou: “Vamos parar com esse papo de ‘se as eleições fossem hoje’. Vamos dizer que as eleições são hoje!” A ideia foi prontamente levada ao STF, que aceitou legalizá-la no grito desde que tudo fosse feito com a máxima segurança pelo Método Evo Morales de escrutínio assistido. “Todo cuidado é pouco”, explicou Lewandowski.
Para criar um clima positivo visando a recleptocratização do país, a elite intelectual importou uns black blocs do Chile e a música popular reproduziu a sonoridade dos fuzileiros do Maduro – tudo em paz e harmonia para que a destruição do Brasil não afrontasse, em nenhuma hipótese, os direitos humanos do povo massacrado. A ONU aprovou – e soltou um comunicado internacional com a foto de Dilma Rousseff fazendo um coraçãozinho com as mãos.
Foi difícil, mas finalmente o bem triunfou. Hoje se agiganta no Eixo Monumental a estátua imponente do herói Gilmar Mendes – visível de qualquer fila do papel higiênico que você esteja.
This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Strictly Necessary Cookies
Strictly Necessary Cookie should be enabled at all times so that we can save your preferences for cookie settings.
If you disable this cookie, we will not be able to save your preferences. This means that every time you visit this website you will need to enable or disable cookies again.