DEU NO JORNAL

DEU NO X

DEU NO JORNAL

DEU NO JORNAL

EDITOR IGNORANTE

1) O Copom anunciou nesta quarta-feira, em decisão unânime, a redução da taxa básica de juros (Selic) de 5,5% para 5% ao ano.

Trata-se do menor patamar histórico desde que começou o regime de metas para a inflação, em 1999.

É a terceira redução da taxa básica de juros durante o governo de Jair Bolsonaro.

*

2) Risco-país do Brasil atinge menor patamar em mais de 6 anos.

Após oito quedas consecutivas, o Credit Default Swap brasileiro se estabilizou em 117,15 pontos, menor valor desde maio de 2013

* * *

Li ontem estas duas notícias.

Como sou totalmente analfabeto nestes assuntos econômicos, quero pedir ajuda aos doutos fubânicos.

Isso é bom ou ruim?

Se é ruim, foi mais uma merda de Bolsonaro?

O fubânico Ceguinho Teimoso, PhD em todos os temas existentes em cima da redondura da Terra, bem que poderia me dar um pouco de luz.

DEU NO X

OS DONOS DA GLOBOLIXO

Os irmãos Marinho, donos da Globolixo, a rede bosta de televisão responsável pela maior onda de mentiras e difamações já acontecida neste país

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

FRANCISCO SOBREIRA – NATAL-RN

Olá, Berto.

Depositei, há pouco, na conta do JBF do valor de RS$ 50,00 (cinquenta reais), como uma forma de ajuda ao seu blog, do qual sou leitor assíduo já há algum tempo.

Fineza acusar recebimento.

Vez por outra lhe mandarei um dinheirinho.

Saudações anti-lulo-petistas.

R. O depósito já está na conta do Complexo Midiático Besta Fubana!

Caro leitor, “dinheirinho” não é a expressão certa.

Toda e qualquer doação é um dinheirão para manter esta gazeta escrota nos ares.

E mais: os militantes lulo-petistas podem doar uma parte da mortadela que recebem do partido. O alimento terá boa aplicação por aqui.

Chupicleide, nossa secretária de redação,  ficou feliz que só a peste com a sua generosidade.

Brigadão mesmo! 

JOSÉ PAULO CAVALCANTI - PENSO, LOGO INSISTO

NOSSOS MORTOS

O mundo acabou. Morreu meu pai. Lembro como se fosse hoje. Quem já passou por isso, (infelizmente), sabe como é. Poucos dias depois ligou Hélio Naslavsky. Convidando para comemorar o nascimento de um neto. Agradeci a lembrança e prometi que iria. Por educação. Não sentia disposição para nada. Ocorre que o amigo ficou insistindo. Seja, então, a vida continua. Dona Lectícia chegou no escritório fim da tarde e, de lá, fomos à maternidade.

Hospital Albert Sabin (Ilha do Leite). Logo no início do corredor dos quartos, ficava o berçário. Com 10 ou 20 recém nascidos rebolando, lá dentro. Minha mulher acha todos lindos. Para mim, são quase ratos. E tudo igual. Sem aquela pulseirinha, simplesmente não consigo distinguir um filho meu do de outro qualquer. Quase. O quarto daquele neto de Hélio era o último. Fomos caminhando, bem devagar. No corredor, pregado nas portas, uma sucessão de mensagens idiotas, próprias de pais de primeira viagem. Cheguei, meu nome é Pedro. Coisas assim. Tudo, naquele ambiente, dava notícias de vida. No quarto, uma grande festa. A do herdeiro que chegava. Com direito até a charuto, maravilha. Num hospital! E pode? Alí podia. Fomos logo embora. Estranho foi que, ao entrar no carro, me senti em paz. A opressão no peito desapareceu, como por encanto. Mas o que aconteceu?, eis a questão.

Em casa, nessa noite, tudo ficou claro. É só a maneira certa de ver quem somos. E entendi, afinal, que os homens nascem, vivem vidas se possível dignas e fazem amigos. Poucos ou muitos. Até que um dia se vão. E deixam saudades. Poucas ou muitas. No mesmo momento em que outros netos, de outros Hélios, estão nascendo. Mais tarde, estes serão também substituídos por novos netos dos netos de Hélio. E assim será, sucessivamente, até os fins dos tempos. Por isso, amigo leitor, nesse dia quase de finados, me permito dar conselho. Se perder alguém da família, ou amigo próximo, não lamente em demasia. É que, caso tenham tido vidas dignas, com amigos e saudades, afinal cumpriram seus destinos. Valeu a pena. A vida é breve. Como disse Pessoa (no Desassossego), apenas “hesitação entre uma exclamação e uma interrogação. Na dúvida, um ponto final”. E esse ponto final chega, sem choro nem vela, para todos nós. Só que até lá, com alma, coração e a consciência da maravilha de aproveitar intensamente cada instante, viva a Vida.

P.S. Esta semana, perdemos o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos. Tinha uma doença estranha, nem sei o nome. Certo é que não podia receber luz. Mesmo à noite, usava filtro solar. Mas era um homem feliz. Morreu de pneumonia. Complicado é que o destino parece escolher sempre a pessoa errada. Tanta gente ruim que não faria falta, à nossa volta ou em Brasília, e em troca a Ceifeira leva os bons? Sobre esse amigo escrevi versos em um livro de afetos, Aos Amigos Tudo. Reli isso, agora. E estranhei o contraste entre a alegria de antes, que se vê nas palavras, e a tristeza em lembrar mais um que se foi. Segue a prova. Ele fez comentário sobre artigo que escrevi, afirmando “eis-nos do outro lado do tempo”. Respondi:

Tem quem cala e o que mente
O da sombra e o do dia
O que sabe e o que confia
O que nega e o que consente
pois há dois lados somente
No trajeto do oprimido
E no barro percorrido
mais vale o corpo suado
Que o tempo do outro lado
É o tempo não vivido.

Descanse em paz, amigo.

PENINHA - DICA MUSICAL

DEU NO X

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

A UM DESEMBARGADOR QUE PRENDEU UM INOCENTE E SOLTOU UM LADRÃO – Gregório de Matos

Senhor Doutor, muito bem-vindo seja
A esta mofina e mísera cidade,
Sua justiça agora e equidade,
E letras com que a todos causa inveja.

Seja muito bem-vindo, porque veja
O maior disparate e iniquidade,
Que se tem feito em uma e outra idade
Desde que há tribunais e quem os reja.

Que me há de suceder nestas montanhas
Com um ministro em leis tão pouco visto,
Como previsto em trampas e maranhas?

É ministro de império, mero e misto,
Tão Pilatos no corpo e nas entranhas,
Que solta a um Barrabás e prende a um Cristo.

Colaboração de Pedro Malta