DEU NO X

CAMPANHA CIDADÃ PELO BEM DO BRASIL

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Já aderi a esta campanha.

No próximo dia 2 de setembro se completam exatamente três meses que não sintonizo este esgoto.

Me dava uma vontade da porra de vomitar quando passava por lá.

Tinha que sair correndo atrás do meu pinico.

DEU NO JORNAL

GRANDE SACANAGEM COM O EDITOR DO JBF

Na manhã desta segunda-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro divulgou nomes de outros jornalistas – além de Merval Pereira – que receberam vultosos recursos públicos das gestões passadas.

De acordo com o presidente, que concedeu rápida declaração na entrada do Palácio do Alvorada, os valores seriam referentes à palestras pagas com verba pública.

Veja a lista:

Cristiana Lôbo – Comentarista da Globo – Valor: R$ 330 mil

Samy Dana – Comentarista da GloboNews – Valor: R$ 284 mil

Giuliana Morrone – Apresentadora do Bom Dia Brasil / Brasília – Valor: R$ 270 mil

Pedro de Moraes Rubim Accioli da Costa Doria – Colunista do O Globo e rádio CBN – Valor: R$ 225 mil

Após a divulgação da lista, o chefe do Executivo declarou:

“Eu não sei porque, mas por coincidência, esses nomes são os que mais ‘descem o pau’ em mim. Não encontram nada de bom em minha pessoa. Sou péssimo para eles. Mas quando estavam ganhando dinheiro aqui, eles não criticavam com a devida justiça os governos anteriores” disse.

* * *

Os governos anteriores fizeram uma sacanagem enorme com este Editor.

Soltaram dinheiro que só a porra prum monte de jornalista, e se esqueceram-se de mim.

E não foi por falta de oferecimento:

Eu declarei aqui várias vezes que, por qualquer minxaria, eu colocaria o JBF inteiramente à disposição das otoridades federais e falaria bem do governo o dia todo.

Chupicleide, secretária de redação, continua com os salários atrasados até hoje.

Sacanagem mesmo!!! 

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

VANDERLEI ZANETTI – SÃO PAULO-SP

Meu Caro Luiz Berto,

Se possível, seria bom publicar o vídeo anexo. É um depoimento longo, mas esclarecedor, bem como importante, atual e até por patriota.

UM SIMPLES DADO: 66% DO NOSSO TERRITÓRIO BRASILEIRO ESTÁ DO MESMO JEITO QUE PEDRO ÁLVARES CABRAL ENCONTROU HÁ 500 ANOS

Sustentabilidade sem conversa mole: meio ambiente e uso da terra no Brasil

Um abraço,

R. Meu caro, esta expressão que você usou na sua mensagem, “se possível”, não vale no JBF.

Aqui tudo é possível pros nossos leitores.

Mandou, a gente publica.

E tem mais: eu só vou ouvir o vídeo que você enviou depois que esta postagem já estiver no ar!

Continue dando as ordens.

Abraços

DEU NO X

CÍCERO TAVARES - CRÔNICA E COMENTÁRIOS

SUCESSORES OU HERDEIROS?

Numa determinada Vara de Sucessão da Capital hibernava um inventário de um falecido microempresário descendente de italiano, que passou a vida juntando dinheiro, bens móveis e imóveis para os cinco filhos que teve com a sua esposa, Dona Rachel. A cada um, o casal, em vida, fez questão de lhes oferecer os melhores cursos e a melhor formação profissional.

Durante sua existência, tudo que conseguia trabalhando no comércio, fazia questão de dizer que era para o futuro dos filhos. Dizia querer deixar para eles o que os seus pais não puderam lhe dar em vida. Para isso, sacrificavam-se diariamente ele e a esposa, Dona Rachel.

Não lhes havia lazer: passeios, festas, diversão, almoço fora. Jantar com a esposa extra, nem pensar! Tudo economizava para os filhos. Até as compras básicas em feiras livres de final de semana necessárias à mantença do casal durante a semana eram feitas no fim de feira, para comprar tudo mais barato para economizar.

Os filhos cresceram e se formaram e se acomodaram em bons empregos; e se casaram e foram deixando os velhos para trás.

Um dia, quando menos esperavam, seu Cláudio Colelo e Dona Rachel, deram conta que se encontravam sozinhos dentro do casarão que construíram, porque os filhos já tinham pegado a estrada da independência, casando-se e construindo família própria.

Mesmo assim o velho, seu Cláudio Colelo, continuava trabalhando com sua esposa, Dona Rachel dia e noite, aumentando o patrimônio para deixar para os filhos. Essa era a sua grande obsessão! Até da saúde abdicou! Relaxamento total! Economizar era preciso!

Uma noite sombrosa, chuva que não acabava mais, relampiando pra cacete, o velho sentiu-se mau no meio da noite. Dona Rachel tentou levá-lo ao hospital no Gordine velho pertencente à família. Tentou ligar o motor e este não respondeu para socorrer o velho moribundo a um hospital do SUS porque ele não pagava plano de saúde particular para juntar dinheiro para os filhos. Dizia ser uma obrigação do governo tratar toda a população na doença: para isso pagava uma carga de imposto exorbitante!

Dona Rachel tentou chamar um vizinho para socorrer o marido já de madrugada. O vizinho atendeu-lhe o pedido. Tentou mais uma vez ligar o carro do casal que não pegou, e não conseguindo levou o senhor Cláudio Colelo no Candango dele mesmo ao hospital do Estado, já desacordado!

Chegando à emergência do hospital, os médicos que atenderam o senhor Cláudio Colelo, disseram que infelizmente não podiam fazer mais nada, pois o homem havia morrido minutos antes por falta de socorro rápido. Demorou muito para chegar à emergência – disse!

Desesperada, dona Rachel ligou para todos os filhos que estavam já casados morando em estados e países diferentes e já com famílias constituídas.

Um por um a quem ela ligou comunicando o fatídico acontecimento recebeu um sonoro não para vir ao enterro do velho, ou porque não podiam ou porque moravam distante e não tinham como viajar às pressas. Foi a primeira vez que Dona Rachel sentiu o gosto amargo da mudança no comportamento dos filhos para com os velhos pais!

Dona Raquel teve de se virar sozinha, contando tão somente com a misericórdia da família que o senhor Cláudio Colelo, em vida, desprezava, torcia o nariz!

Depois do enterro do velho e com a ausência dos filhos, teve de abrir o inventario do de cujus para partilhar os bens deixados pelo falecido: entre ela e os filhos ingratos que sequer vieram para o enterro do pai. Sequer ligaram mais para a mãe, agora viúva e só!

Quando tentou telefonar para os filhos que ia abrir o inventário do falecido para fazer a partilha dos bens e que precisava da autorização deles e de suas esposas ou esposos, recebeu um uníssono não e que se virasse sozinha. Recado curto e grosso passado. Angústia geral!

Começou aí seu segundo desgosto manifestado no comportamento dos filhos!
Dona Raquel reuniu todos os documentos dos bens moveis e imóveis que o falecido deixou como herança, contratou um defensor da família que o falecido desprezava, e deu entrada no inventário.

Distribuído o processo para uma das Varas de Sucessão o juiz despachou para emendar a petição inicial dentro do prazo legal, requerendo a juntada da documentação de todos os herdeiros e respectivas esposas ou esposos e com as procurações, sob pena de indeferimento sem resolução de mérito por faltar os documentos dos herdeiros para dar prosseguimento ao processo.

Começava daí a via crucis de Dona Raquel em busca dos filhos, genros e noras!

Nos primeiros contatos que teve com os filhos distantes sobre a grande necessidade do recolhimento dos documentos pessoais e das procurações para dar prosseguimento ao inventário teve a maior decepção de sua vida: nenhum filho estava interessado no inventário e que a “velha” se virasse sozinha.

E o pior: quanto mais o tempo ia passando mais os bens iam-se deteriorando e a senhora Rachel, já cansada e morrendo aos pouco de desgosto, ia assistindo a tudo que o marido e ela construíram com sangue, suor, lágrima e privações, serem corroídos pelo tempo!

O desespero e o desgosto chegaram ao ponto tal que ela ficou tão atarantada que chegou a procurar a vara de sucessão onde fora distribuído o processo e tirou cópia do inventário vinte e duas vezes!

Na vigésima terceira vez que esteve na vara de sucessão para tirar outra cópia do processo porque as outras xerox havia perdido de tão perturbada, o atendente, que já a conhecia ficou tão assustado que mandou chamar a chefe de secretaria para atendê-la porque nunca tinha visto nada igual naquela e em outras serventias judiciais!

Quando a chefe de secretaria chegou junto para conversar com Dona Rachel, lhe perguntou, com os olhos abuticados:

– Dona Rachel, pelo amo de Deus o que está acontecendo? A senhora já esteve aqui vinte e duas vezes para tirar cópia desse processo… Onde a senhora está deixando?

Foi nesse momento que Dona Rachel desabafou, com todo o corpo tremendo:

– Minha filha, você não leve a mau não! E desabando em planto, continuou:

– Desde que meu marido morreu que vivo dentro do inferno! Meus filhos não falam mais comigo! Por causa dessa maldita herança que meu marido deixou eles estão comento um ao outro, dizendo que não lhes interessa porra de herança do pai porque estão muito bem e eu que me virasse para resolver!

E continuou com o desabafo:

– Se eu soubesse que essa maldita herança fosse me dar tanto aperreio, dor de cabeça e meus filhos fossem ficar inimigos um dos outros eu teria “estoporado” tudinho junto com meu velho antes! Hoje me vejo só, meus filhos me abandonaram! E a herança que o pai deixou construída com tanto sacrifício o tempo está destruindo tudo, inclusive a mim! E desabou em planto novamente!

Foi quando a chefe de secretaria, atenciosa e paciente, deu-lhe alguns conselhos que a acalmaram e Dona Rachel se foi pela última vez do Cartório sem tirar outra cópia do processo.

De desgosto e solidão, morreu três meses depois da ida à Vara de Sucessão onde tramitava o processo, de enfarte fulminante e sozinha, no silêncio da noite, apenas acompanhada da família que o marido em vida detestava, e tudo ficou para trás como se dada tivesse existido! Virou cinzas para as estrelas!

Da herança que os dois em vida construíram com tanto sacrifício não levaram nada dentro do esquife!

Dessa vivência na prática do oficio, a chefe de secretaria aprendeu uma grande lição para a vida: Entre a herança e a sucessão, deixe a sucessão para seus filhos. Se houver herança, deixe tudo partilhado em vida, pois nunca se sabe quando se bate as botas! Ou pensando melhor: Estoure tudo em beneficio próprio auferindo do bom e do melhor e ajudando a quem precisa sem esperar recompensa do além!

Ironicamente, tudo o que o senhor Cláudio Colelo não desejava aconteceu após sua morte e da esposa: um membro da família, que ele tanto detestava em vida, foi quem deu dignidade ao patrimônio, sendo nomeado pelo juiz como curador para administrar o espólio dos de cujus enquanto não houvesse uma decisão judicial.

A vida é estranha!

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FORTALEZA TAMBÉM FOI PRA RUA

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ARISTEU BEZERRA - CULTURA POPULAR

CORA CORALINA E SUA LIÇÃO DE VIDA

Toda pessoa tem seu conceito do que é viver bem, e Cora Coralina (1889-1985) conhecia muito bem sobre essa questão filosófica. Além de poeta, Ana Lins dos Guimarães Bretas, o nome verdadeiro de Cora Coralina, era também uma ótima cronista. Considerada uma das maiores escritoras brasileira, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais), quando já tinha quase 76 anos de idade.

Uma mulher simples, doceira de profissão, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética baseada no cotidiano do interior brasileiro, principalmente dos becos e ruas históricas de Goiás. Certa vez, um repórter perguntou à Cora Coralina o que é viver bem. Ela lhe disse:

“Eu não tenho medo dos anos e não penso na velhice. E digo para você, não pense.

Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco.

É claro que quando eu preciso de ajuda, eu digo que preciso.

Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormi de dia.

Também não diga para você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.

Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima.

Eu não não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio!

Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha, não. Você acha que eu sou?

Posso dizer que sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.

Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos. Sei que alguém vai me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.

Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.

Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço com fé. Faço o que devo fazer, com amor.

Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.

Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre ri ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”