DEU NO JORNAL

FALTA ESCLARECER UM IMPORTANTE DETALHE

Rompidas desde 2016, as duas maiores facções do Brasil se juntaram em uma tentativa de derrubar as restrições impostas pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, para o sistema penitenciário federal.

Integrantes das organizações criminosas paulista e fluminense concordaram em ir à Justiça para contestar a portaria 157, assinada por Moro em fevereiro, que proíbe o contato físico entre presos e seus familiares, além de reforçar o veto à visita íntima .

A medida visa a bloquear a comunicação com o mundo externo. Isso porque chefes presos costumam enviar ordens para os integrantes da rua, por meio de bilhetes entregues a familiares e advogados. 

* * *

Chefes de facções criminosas recorrendo à justiça.

Contra uma portaria do Ministro da Justiça.

Tá escrito aí na manchete de hoje da grande mídia.

Não poderia haver uma notícia mais brasílico-banânica do que esta.

Se a gente contar isto pros zamericanos, os gringos vão se mijar-se de tanto se rirem-se.

Levando-se em conta a atual situação político-policial deste país, a notícia do Globo omitiu um detalhe importante:

Ela não esclarece se o chefe da uma grande facção criminosa que usa sigla partidária, o PT, está envolvido nas negociações dos bandos paulista e fluminense.

Será que os dois bandos pediram a experiente assessoria pitaqueiro-peruativa de Lula, que comanda sua facção a partir da cadeia, pra mover esta ação contra a justiça?

Hein???

DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

SELMA MARIA DO COUTO – SÃO PAULO-SP

Editor Berto,

O nosso Presidente Bolsonaro esteve ontem na festa do Peão de Boiadeiro, em Barretos.

E lá ele andou a cavalo sob os aplausos da multidão.

Vamos aproveitar este fato para dar uma pequena aula de ortografia:

ARISTEU BEZERRA - CULTURA POPULAR

DITADOS POPULARES EXPLICADOS POR CÂMARA CASCUDO

Com o rei na barriga

A expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávida do soberano, passavam a ser tratadas com deferência especial, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos. Em nossos dias, refere-se a uma pessoa que dá muito importância a si mesma.

Tapar o sol com a peneira

Peneira é um instrumento circular de madeira com fundo em trama de metal, seda ou crina, por onde passa a farinha ou outra substância moída. Qualquer tentativa de tapar o sol com a peneira é inglória, uma vez que o objeto é permeável à luz. A expressão teria nascido desta constatação, significando atualmente um esforço mal sucedido para ocultar uma asneira ou negar uma evidência.

Chorar as pitangas

Pitangas são deliciosas frutinhas cultivadas e apreciadas em todo o país, especialmente, nas regiões Norte e Nordeste. A palavra deriva de pyrang, que, em tupi-guarani, significa vermelho. Sendo assim, a provável relação da fruta com lágrimas, vem do fato dos olhos ficarem vermelhos, parecendo duas pitangas quando se chora muito.

Colocar panos quentes

Significa favorecer ou acobertar coisa errada feita por outro. Em termos terapêuticos, colocar panos quentes é uma receita, embora paliativa, prescrita pela medicina popular desde tempos remotos. Recomenda-se sobretudo nos estados febris, pois a temperatura elevada pode levar a convulsão e problemas daí decorrentes. Nesses casos, compressas de panos encharcadas de água quente são um santo remédio. A sudorese resultante faz baixar a febre.

Favas contadas

De acordo com Câmara Cascudo, antigamente, votavam-se com as favas brancas e pretas, significando sim ou não. Cada votante colocava o voto, ou seja, a fava, na urna. Depois vinha a apuração pela contagem dos grãos, sendo que quem tivesse maior número de favas brancas estaria eleito. Atualmente, significa coisa certa, negócio seguro.

Bicho- de-sete-cabeças

Tem origem na mitologia grega, mais precisamente na lenda de Hidra de Lerna, monstro de sete cabeças que, ao serem cortadas, renasciam. Matar este animal foi uma das doze proezas realizadas por Hércules. A expressão ficou popularmente conhecida, no entanto, por representar a atitude exagerada de alguém que, diante de uma dificuldade, coloca limites a realização da tarefa, até mesmo por falta de disposição para enfrentá-la.

Cor de burro quando foge

A frase original era “Corra do burro quando ele foge”. Tem sentido porque, o burro enraivecido, é muito perigoso. A tradição oral foi modificando a frase e “corra” acabou virando “cor”.

Aquela que matou o guarda

Tratava-se de uma mulher que trabalhava para D. João VI e se chamava Canjebrina, que, como informam os dicionários, significa pinga, cachaça. Ela teria matado um dos principais guardas da corte do Rei. O fato não foi provado. Mas está no livro “Inconfidências da Real Família no Brasil”, de Alberto Campos de Moraes.

Sangria desatada

Diz-se de de qualquer coisa que requer uma solução ou realização imediata. Esta expressão teve origem nas guerras, onde se verificava a necessidade de cuidados especiais com os soldados feridos. É que, se por qualquer motivo, se desprendesse a atadura posta sobre as feridas, o soldado morreria, por perder muito sangue.

Luís da Câmara Cascudo (1898 – 1986) foi historiador, antropólogo, advogado, professor universitário, jornalista e, principalmente, folclorista brasileiro. Era apaixonado pelas tradições populares, superstições, literatura oral e História do Brasil. Ele passou toda sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor da Faculdade de Direito de Natal, hoje Curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) , cujo o Instituto de Antropologia leva seu nome. O conjunto de sua obra é considerável em quantidade e qualidade: ele escreveu 31 livros e 9 plaquetas sobre o folclore brasileiro, em um total de 8.533 páginas, o que o coloca entre os intelectuais brasileiros que mais produziram. É também notável que tenha obtido reconhecimento nacional e internacional publicando e vivendo distante dos centro s Rio e São Paulo.

DEU NO JORNAL

PARCIALIDADE DA MÍDIA

Aluizio Torrecillas

Nessa última semana, o Brasil inteiro pode perceber o nível rasteiro, e até criminoso, com que grande parte da imprensa, cooptada pelos governos anteriores, tenta desestabilizar o atual governo utilizando informações vencidas e pessoais.

O desespero é tamanho, provavelmente pela certeza do fim das benesses que compravam suas matérias, que o limite ético passou a ser desconsiderado.

Na falta de fatos que possam ligar a imagem do Presidente à corrupção, o que igualaria o atual governo aos anteriores, a Revista Veja, linha de frente da estratégia destruidora, publicou matéria sobre a família da Primeira Dama, Michelle Bolsonaro, divulgando informações sobre o passado (há mais de trinta anos) de envolvimento com drogas de sua avó materna, tendo inclusive cumprido pena de reclusão, e de ilicitudes cometidas por sua mãe.

Os erros foram pontuais e ambas pagaram o que deviam a sociedade, de acordo com a lei vigente e não mais erraram.

A divulgação foi abjeta. Tentaram incriminar a Primeira Dama por crime alheio.

Ninguém está livre de passar por dissabores como esses na família, porém há grupos familiares em que eventuais erros de alguns não contaminam toda a linhagem. Esse é o caso de Michelle Bolsonaro.

A decisão governamental de reduzir sua propaganda e de remunerá-la proporcionalmente aos resultados criou um pânico na mídia, viciada com conchavos e recompensas, e não com proventos.

Todos esses ataques, distantes do ambiente político, estão, na realidade, revertendo contra os próprios caluniadores/difamadores, com intenso surgimento de boicote aos meios de comunicação que trocaram a ética pela cólera.

Estamos em meio ao “freio de arrumação”, onde a zona de conforto da imprensa foi retirada e cada um, dentro de seus limites profissionais e de caráter, busca ocupar os espaços disponíveis.

Muitos, não se sabe bem porque, ainda apostam no retorno do antigo e corrompido modelo, denunciando a irrelevância com que tratam a imparcialidade.

Enquanto isso, o país emite sinais de recuperação econômica, a inflação está sob rígido controle, o desemprego cai, a infraestrutura avança nos modais rodoviário e ferroviário, reforma previdenciária prospera, o estado reduz seu tamanho, a Amazônia foi finalmente declarada brasileira, acordos comerciais são articulados e o apoio popular ao Presidente e a Primeira Dama tem crescido geometricamente. A passividade brasileira evaporou.

O Brasil, hoje, possui norte.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

VALÉRIA BOSSI – BELO HORIZONTE-MG

Berto,

não sei se você já viu ou se já saiu no JBF, mas é muito bom.

Quem está mentindo, o Presidente Jair Bolsonaro ou o Presidente e cientistas do INPE?

Assista este vÍdeo de um especialista da Embrapa e tire as conclusões

MARCELO BERTOLUCI - DANDO PITACOS

O CANAL DU MIDI

Há uns tantos anos atrás, quando eu ainda era microempresário, eu juntei toda a mais-valia expropriada de meus funcionários e fui passar férias nas Oropa: mais especificamente na França. Lá, além das atrações mais comuns – Torre Eiffel, Notre-Dame, Mont Saint-Michel, Castelo de Chambord – eu tive a chance de conhecer uma construção que foi considerada a maior obra de engenharia do século 17: o Canal du Midi.

Antes dos automóveis e das ferrovias, o melhor meio de transporte era o barco. Enquanto uma carroça rodando pelas estradas cheias de pó e de buracos levava, na melhor das hipóteses, meia tonelada, um barco podia levar dez ou quinze toneladas, puxado por apenas um cavalo.

Só que navegar pelos rios nem sempre é fácil. Depende do tempo, da época do ano, tem correntezas… Bom mesmo é um canal, que não tem nenhuma destas desvantagens. A França tinha vontade de ter um canal ligando a costa do Atlântico à costa do Mediterrâneo fazia tempo, mas o governo nunca tinha dinheiro nem chegava a um acordo sobre a melhor maneira. Foi preciso que um sujeito chamado Pierre-Paul Riquet se propusesse a construí-lo.

O lado do Atlântico era mais fácil: entre Toulouse e Bordeaux o rio Garonne era fácil de navegar. Mas um canal ligando Toulouse ao Mediterrâneo era considerado impossível por muitos, devido às montanhas que existiam no caminho. Riquet foi lá e fez. A obra durou de 1667 a 1685, e chegou a empregar 12.000 funcionários.

O Canal du Midi tem 240 km de comprimento, com uma largura média de 20 metros e uma profundidade de 1,40 metros. Contém 63 eclusas, 126 pontes, 55 aquedutos, sete pontes-canal e um túnel (que foi o primeiro do mundo). De sua extremidade em Sète, ao nível do mar, sobe até atingir 190 metros de altitude em Naurouze e depois desce até 130 metros em Toulouse.

Riquet não viveu para ver seu projeto concluído. Morreu em 1680, oito meses antes do fim da construção, em maio de 1681. Seu filho assumiu o projeto que foi inaugurado pelo rei Luis XIV em maio de 1682 e aberto à navegação em dezembro deste mesmo ano. Como as promessas do governo de pagar parte das despesas nunca eram cumpridas, Riquet morreu pobre e endividado. Sua família assumiu a administração do canal e levou mais de cinquenta anos para pagar todas as dívidas.

No século 19 a importância comercial dos canais decaiu rapidamente com o progresso das ferrovias. No início do século 20, todos os canais franceses estavam praticamente abandonados. Hoje são usados apenas por turistas, como este pitaqueiro que vos fala. Várias empresas alugam barcos (chamados “penichettes”) para serem pilotados pelo próprio cliente; também há marinas para os que possuem barcos próprios, e todo tipo de instalações de lazer ao longo do canal.

Não vou negar que a idéia desta coluna veio de uma conversa aqui no Jornal da Besta Fubana sobre a necessidade do estado na construção de obras de infra-estrutura. O Canal du Midi foi construído e operado pela iniciativa privada. O governo, sempre que pôde, atrapalhou mais que ajudou. Aliás, a sua história mostra um fator importante na discussão: a tal da segurança jurídica. Após a Revolução Francesa, no início do século 19, o governo republicano “estatizou” o canal, tomando-o dos herdeiros de Riquet sem qualquer indenização.

O barco do pitaqueiro

O pitaqueiro brincando de navegador

DEU NO JORNAL

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO – NATAL-RN

Berto,

Marcos e Marluce, leitores assíduos do JBF.

Me reconheceram e tiramos uma foto.

Ele está mandando um “arte égua” para você.

R. E eu retribuo com um alegre “arre égua”!

Ser tietado por um casal de viciados fubânicos é uma honra muito grande, meu poeta e colunista desta gazeta escrota.

Um grande abraço pra vocês, queridos Marcos e Marluce!!!

Brigadão pela força e pela audiência.

XICO COM X, BIZERRA COM I

O ADESTRADOR DE BORBOLETAS E A PASTORA DAS NUVENS

Ele adestra borboletas, cantando alto a Poesia que ela faz acariciando sonhos e pastorando nuvens. Moram a pequena distância, ele dela, mas não se conhecem. Ela sequer desconfia que o adestrador, no exercício de seu ofício, canta seus poemas. Ele, por sua vez, não imagina que seu canto deriva da poesia que ela escreve. Nunca se viram, nunca se encontraram. Os devaneios comuns aos dois, ao contrário, vivem de mãos agarradas a passear pelo infinito do bem pensar. Estão por se encontrar. Poesia e canto não sabem viver um longe do outro. Um belo dia, tenha certeza, o som invadirá o íntimo da Poetisa que sentirá, no fundo da alma, que suas rimas se transformaram em canção, que seus versos hoje são melodia, que seus corpos foram feitos um para o outro. E aí, sonetos suavizarão seus corações, cantigas bonitas embalarão suas vidas e cantilenas perenes se espalharão pela escola do adestrador, pelos caminhos e veredas das nuvens da Poetisa. Não tenho dúvidas. Amanhã, talvez, antes do primeiro vôo da borboleta azul, logo após as reticências da palavra, assim que o silêncio penetrar a profundeza das cores e a brancura das nuvens, eles se encontrarão para provar o estar vivo da bem-querença. A harmonia prevalecerá e a melodia estará pronta para ser executada. Antes que caia a gota inicial da água em que foi transformada aquela nuvem branquinha, numa chuva de amor e carinho, num borboletar de Paz. Assim é o amor.

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