DEU NO JORNAL

BANDIDAGEM LEGISLANDO EM CAUSA PRÓPRIA

Ontem, quarta-feira, pouco depois da aprovação, pela Câmara, da vergonhosa lei do abuso de autoridade, Deltan Dallagnol foi ao Twitter e fez um alerta importante:

O coordenador da Lava Jato, que vem sendo o novo alvo preferencial dos suspeitos de sempre, lembrou o que aconteceu na Itália envolvendo a Operação Mãos Limpas.

* * *

E isto dito, tá dito tudo.

Não preciso acrescentar mais nada ao que escreveu o sempre brilhante Dallagnol, terror dos ladrões, corruptos e bandidos deste país.

Aprovaram a lei pro-bandido às pressas e estão protelando a votação da lei anti-crime de Moro.

Tudo sob a batuta de Rodrigo Maia e David Alcolumbre.

Não vou xingar estes porras de felas-da-puta pra não ofender o digno e honrado ofício exercido pelas prostitutas.

Vamos todos nos unir num grito:

Veta, Bolsonaro!!!

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JOÃO NEVES – JAGUARIÚNA-SP

Berto,

A primeira leitura diária é sua publicação.

Parabéns pelo seu trabalho.

Saúde meu caro,

João Neves, Jaguariúna, SP, 80.8, kkkk

R. Prezado leitor e viciado fubânico, você falou em 80.8.

Pois eu estou com 73.0, recém completados.

Daqui a pouco alcanço você!

Já estou trabalhando na preparação da festa do centenário.

Saiba que fiquei ancho que só a peste com a sua afirmação de que esta gazeta escrota é sua “primeira leitura diária“.

São frases assim que me animam e que compensam a enorme trabalheira que é botar nos ares este jornal safado.

Brigadão pela força.

Amanhã cedo, na sua primeira leitura, tem mais safadezas e novidades.

Centro Cultural da bela e acolhedora Jaguariúna, a “Estrela da Mogiana”, 56.221 habitantes, na região metropolitana de Campinas

DEU NO JORNAL

ANAGRAMA PORTENHO DEDICADO À EX-PRESID-ANTA VACA PEIDONA

A mulher sapiens que quebrou o Brasil comemorou ontem o triunfo da mulher sapiens que arruinou a Argentina.

“A vitória da chapa Alberto Fernández-Cristina Kirchner nas prévias presidenciais é uma luz no fim do túnel para o povo argentino e para a América Latina e um enorme alento para todos que lutamos pela democracia. Triunfo animador das forças progressistas sobre o neoliberalismo”, disse Dilma Rousseff.

A ex-presidente, de fato, rechaçou o liberalismo quando, mesmo aconselhada por Lula, preferiu não incorporar o ex-ministro Henrique Meirelles ao governo.

Deu no que deu (para a nossa tristeza e azar).

Meireles, não Henrique, mas Cecília dizia: “não sou alegre nem triste, sou poeta”.

Dilma, parafraseando Romário, também é uma poeta. Calada.

* * *

JOSÉ PAULO CAVALCANTI - PENSO, LOGO INSISTO

SIGILO DA FONTE?

O sigilo faz parte da Democracia – que é informar e, também, é não informar. Numerosas profissões têm esses limites claros. Ninguém admitiria, por exemplo, que médicos divulgassem relação de seus pacientes com AIDs. Nem que padres começassem as missas dominicais fazendo um relato das confissões da semana. Dona Maria trai o marido com seu jardineiro. E tudo a partir do interesse coletivo.

Sigilos também mudam, em função de suas circunstâncias. Em 1934, ordenação alemã dispunha: “Todo cidadão que, consciente ou inconscientemente, animado por baixo egoísmo ou qualquer outro sentimento, tenha fundos no estrangeiro, será punido com a morte”. Além da perda de todos os seus bens em favor do Estado. Com base nessa ordenação, Hitler pôs em ação sua temida Polícia Geral do Estado (Geheime Staadt Polizei – Gestapo), fazendo depósitos na Suíça em nome de judeus alemães. E pedindo os respectivos extratos. Começaram, já neste ano, as primeiras execuções de empresários e suas famílias. Daí resultando na Suíça, em 1936, a primeira legislação sobre sigilo bancário do planeta. Como instrumento democrático de proteção às pessoas. Passando em seguida, este sigilo, a ser indiscriminadamente usado por inocentes e pecadores. Inclusive traficantes, sonegadores, políticos (alguns bem próximos de nós). Até que afinal a AFC anunciou, em 5/10/2018, que a Suíça está pondo fim a ele. O sigilo bancário mudou porque era preciso mudar.

O sigilo da fonte, entre nós, é garantido pela Constituição (artigo 5º, XIV). No último caso relevante decidido pelo Supremo (Agravo Regimental na Reclamação 21.504, São Paulo), de 17/11/2015, o relator, ministro Celso de Melo, limitou-se, em seu voto, a dizer o óbvio; que jornalista “não podia sofrer qualquer sansão, quando se recusar a quebrar esse sigilo (da fonte)”. Faltou ir, não se sabe por que, ao centro do problema. Sem uma palavra sobre a obrigação de responder, o próprio jornalista, pelas informações que recebeu de sua fonte. Um tema tranquilo, na doutrina. Cito apenas Steinmetz (Comentários à Constituição): “Quando o profissional ou a empresa invocam o sigilo da fonte, assumem a plena responsabilidade pelo teor da informação veiculada, inclusive respondendo cível e criminalmente por eventuais danos causados a direitos de terceiros (e.g., honra, intimidade, vida privada e imagem)”.

Como visto, e diferentemente do que tem sido entendido por alguns jornais brasileiros, o sigilo protege apenas a fonte. E, não, o jornalista. Que deve sempre responder pelo que sua fonte disser. Simples assim. Fora disso, teríamos uma nova categoria na praça. A dos semi-deuses. Quero destruir a reputação de quem não goste? É simples. Digo que ele é traficante, estuprador de menores, corrupto, por ái vai. Após o que se seguiria, no texto, o tal “segundo uma fonte”. Ao dizer essa expressão mágica, “segundo uma fonte”, pretendem os jornalistas que não são obrigados a provar nada. Sua fonte é que deve. Só que, como o jornalista tem direito de não dizer quem ela é, no mundo real ninguém seria punido. Nunca. Nem a fonte (acaso existir). Nem o jornalista. O crime perfeito.

Não é assim, no resto do mundo. Apenas um exemplo. Judith Miller (Prêmio Pulitzer em 2002) publicou, no N.Y. Times, que Valerie Plame (mulher do ex-embaixador Joseph Wilson) era agente secreta da CIA. Pondo em risco a vida de Valerie. A jornalista não revelou sua fonte. E acabou presa, no Distrito de Columbia (Washington). Mattew Cooper, da revista TIME, fez o mesmo. Só que se livrou da prisão por dizer quem era. Segundo ele, autorizado pela própria fonte – o conselheiro político de Bush (filho), Karl Rove.

Por tudo, então, talvez seja tempo de começar a discutir o tema com menos corporativismo. E mais seriedade. Pensando no interesse coletivo. A partir do dever básico dos meios de comunicação – assim resumido, numa entrevista para televisão, pelo judeu húngaro József Pulitzer: “Exatidão! Exatidão!! Exatidão!!!”.

DEU NO JORNAL

COMENTÁRIO DO LEITOR

DE CORPO PRESENTE

Comentário sobre a postagem FOI TUDO ARMAÇÃO: LULA É HONESTO, INOCENTE E ABSTÊMIO

Pablo Lopes:

Não sei se a cúpula do PT tenha mantido diálogos com o PCC, mas posso afirmar que aqui na periferia de São Paulo a ligação é grande.

Conheci, pessoalmente, um parlamentar petista, ligado ao setor de transporte, que atuava diretamente com o PCC.

Acompanhei, inclusive uma reunião entre eles.

Há uma área de invasão no extremo leste da cidade, totalmente dominada pelo crime organizado, onde apenas candidatos do PT podiam fazer comício.

Não falo de “ouvi dizer”, mas presenciei algumas dessas negociações e posso afirmar que é verdade.

* * *

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

ROQUE NUNES – CAMPO GRANDE-MS

Sacrossanto Papa Fubânico…

este sacerdote da nossa imaculada congregação, pede a Vossa Santidade Fubânica “ispaiá” a noticia abaixo, de um escritor do mesmo calibre de Vossa Santidade, ao qual este humilde religioso faz a sua tese de doutoramento na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

Eu estou fazendo meu doutoramento tendo esse excelente e sua obra conterrâneo paraibano como objeto de minha pesquisa.

Se for atendido, eu agradeço com aquela xinxada de peito heterossexual.

* * *

POLÍBIO ALVES LANÇA HOJE O LIVRO “ACENDEDOR DE RELÂMPAGOS”

O poeta Políbio Alves hoje, próxima quinta-feira (15), no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Sousa-PB, o livro “Acendedor de relâmpagos”, seguido de uma bate-papo com o público presente. Lançada pela Arribaçã Editora, a obra vem sendo alvo de elogios por parte de leitores e da crítica literária. O lançamento em Sousa será às 19h30, na Biblioteca Inspiração Nordestina (CCBNB-Sousa).

Nascido em 1941, em João Pessoa, Políbio Alves é um autor cuja obra vem ganhando o mundo, com textos traduzidos para línguas como o castelhano e o francês. Autor de livros como “Varadouro” (poesia), “O Que Resta dos Mortos”, “Os Ratos Amestrados fazem acrobacias ao amanhecer” (ambos de contos) e de “La Habana Vieja: olhos de ver”, entre outros.

Agora, o poeta premia mais uma vez os seus leitores com uma obra de fôlego e cheia de significados. Seu mais novo trabalho, intitulado “Acendedor de relâmpagos” relata a saga do camponês Antônio Lavrador e diz muito sobre a nossa gente, de nosso país, num contexto de exploração pelo que vem de fora, num texto lírico, mas também forte, explícito, dolorido.

Políbio Alves tem trabalhos em antologias e periódicos, nacionais e em outros países como Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Cuba. Detém vários prêmios literários, alguns internacionais. “Acendedor de relâmpagos” é mais um livro a fazer a diferença no cenário da literatura brasileira contemporânea.

Para acessar a página da Arribaçã Editora, clique aqui

PENINHA - DICA MUSICAL