ARISTEU BEZERRA - CULTURA POPULAR

A MÃE NOS VERSOS DOS REPENTISTAS

“Dentro da casa feliz
Recebi amor sem fim
Papai não me disse não
Mamãe não me negou sim
Hoje estou fora de casa
E a casa dentro de mim.”

Zé Viola

“Mãe casada ou mãe solteira
Pra mim as mães são iguais;
Se alguém quiser descobrir,
A falta que uma mãe faz.
Não pergunte a quem tem mãe,
Pergunte a quem não tem mais.

Raimundo Caetano

“Toda mãe, por qualquer filho,
Se iguala no amor.
As mães de Cristo e de Judas,
Sofreram a mesma dor.
Uma pelo filho justo
Outra pelo o pecador.”

Domingos Martins da Fonseca (1913 – 1958)

“Ao filho preocupado
Brincando ela sempre distrai
Sei que pai é muito bom
Mas mãe é melhor que pai
Se uma mãe não for para o céu
Outra pessoa não vai.”

Valdenor de Almeida

“A mãe doa a vida dela
Ao filho que lhe convida
Dá lição e dá conselho
Dá carinho e dá guarida
Seu ventre é a fortaleza
Que dá proteção à vida.”

João Santana

A PALAVRA DO EDITOR

VIAGEM CANCELADA

O progressista, democrático e aberto governo cubano anunciou um racionamento nos gêneros básicos.

A baixa ingestão de alimentos por parte do povo cubano, que já era notável, vai aumentar consideravelmente, fazendo com que a paisagem humana da Ilha da Felicidade fique ainda mais esbelta do que já é.

Não por culpa de erros, falhas ou incompetência do governo comuno-leninista-stalinista de Cuba.

Mas por culpa única e exclusiva da desumanidade dos cães imperialistas dos Zistados Zunidos, com seus bloqueios e seus embargos.

Cuba é um país onde o comunismo deu certo.

Como deu certo em todos os outros países do mundo onde foi implantado.

Uma verdade irrefutável.

Negá-la, quem há de???

Mas o fato é que esta falta de alimentos na Ilha da Felicidade afetou os planos turísticos do fubânico castrista Ceguinho Teimoso.

Ceguinho, que só passa férias em países reacionários e capitalista, tinha resolvido passar um final de semana em Havana. Talvez só um domingo.

Mas como nosso estimado amigo detesta passar fome, ele resolveu adiar seus planos.

Nem Cuba, nem Caracas.

Ele vai continuar batendo pernas na Avenue des Champs-Élysées.

O que é uma pena.

Tenho certeza que os leitores desta gazeta escrota adorariam ler os comentários de Ceguinho Teimoso sobre suas viagens a Cuba e a Venezuela, estes dois grandes exemplos de países democráticos, progressistas e bem nutridos da América Latrina.

JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

CEBOLINHA & ALENCAR – ARTILHEIRO DE FUTEBOL TEM QUE NASCER EM MARACANAÚ

Everton “Cebolinha” o cearense artilheiro do Grêmio/RS

Aquele corte especial do cabelo diz tudo. Quem vê o serelepe Everton vestindo a gloriosa camisa do Grêmio de Porto Alegre, fica feliz com a desenvoltura do atacante, incrédulo com o apelido de “Cebolinha” (mas, entende por conta do corte de cabelo especial), além de apostar todas as fichas numa provável convocação para as disputas da Copa América pela seleção brasileira de futebol.

Com certeza, é olhando adiante, que Renato Portaluppi libera Everton para a flutuação em quase todas posições do ataque gremista, aparecendo, literalmente, em qualquer lugar do campo e se posicionando bem para o arremate ao gol. Todas as posições – mas, voltado exclusivamente para um bom posicionamento na hora da conclusão ao gol adversário. Isso tem feito do “Cebolinha” o principal jogador do time gaúcho.

Nascido em Maracanaú, antigo povoado transformado em Município nos anos 40/50, e hoje integrante da RMF (Região Metropolitana de Fortaleza), Everton tem sido o melhor jogador do tricolor gaúcho, mormente quando Luan enfrenta fase de rendimento negativo.

Cebolinha “detona” os adversários gremistas

Pois, saibam meus amigos seguidores que, esse nome estranho, Maracanaú, foi um pródigo povoado de relevante importância para os cearenses. Ali, durante anos, funcionou um hospital para recuperação de tuberculosos, quando essa doença causava preocupações para os gestores da saúde.

Além disso, foi ali onde nasceram alguns jovens, que, jogando futebol, se tornaram artilheiros famosos. Lembro de Wellington, um traquinas jogador que foi meu contemporâneo no Liceu do Ceará, na mesma sala e estudando juntos por sete anos. Wellington foi artilheiro no Ferroviário dos bons tempos, e depois, no meu Ceará Sporting.

Alencar (Joaci) artilheiro no Ceará, no Bahia e no Palmeiras

Foi em Maracanaú que nasceu, também, um dos maiores artilheiros do futebol brasileiro, iniciando no Ceará Sporting, passando para o Esporte Clube Bahia, depois Palmeiras e, finalmente, Ferroviária de Araraquara, onde encerrou a carreira, antes de retornar para a Bahia, onde faleceu.

Pois, Alencar, que nada tinha de Alencar, pois nasceu Joaci, foi campeão brasileiro pelo Bahia, enfrentando e derrotando o então fabuloso Santos, com Pelé e demais gênios do futebol brasileiro, dentro da Vila Belmiro, com os gols da vitória sendo de autoria do cearense “Alencar” – e esse feito garantiu sua contratação pelo Palmeiras.

Alencar formando no Esporte Clube Bahia

Na foto anexada acima, o atacante cearense Alencar (Joaci) é o segundo agachado da esquerda para a direita. Está entre Marito e Léo. Destaques, ainda, do campeão baiano e brasileiro, o lateral-direito Leone, o zagueiro Henrique e o ponta Biriba.

COMENTÁRIO DO LEITOR

O ORIFÍCIO RUGOSO QUE POVOA AS MENTES CANHOTAS

Comentário sobre a postagem UM DEBATE ARRETADO

Silas Chaves:

Pobre alma inculta, essa tua, meu caro Berto!

Como pudeste pensar que um tema de tanta pobreza intelectual como “Literatura Pernambucana”, pudesse atrair as mentes canhotas que dominam a universidade brasileira – o professor Rodrigo Jungmann que o diga!

Santa ingenuidade!

Tivesses incluído aquela palavrinha mágica – aquele monossílabo tônico de duas letras que descreve o orifício rugoso do corpo humano, como o nomeia a professora Paula Marisa – no título de tua palestra, terias uma platéia de centenas de esquerdopatas e assemelhados, atentos à ordem dada pelo palestrante de enfiar o dedo no tal orifício do outro sentado ao lado ou à frente …

Mas, que pena! na próxima vez que te convidarem para esses saraus literários não te esqueças: inclui o monossílabo na tua fala.

Sugestão:

O cu e a literatura pernanbucana” ou “Literatura pernambucana: o cu entre a tradição sexual vitoriana e a revolução LGBT”, ou ainda “Literatura Pernambucana: a imagem do cu como elemento disruptivo contemporâneo”.

Não precisa me agradecer pelas sugestões!

Abraços.

* * *

Acrescentando:

Que tal publicar no Jornal o vídeo a seguir?

JOSÉ DOMINGOS BRITO - MEMORIAL

OS BRASILEIROS: Marechal Rondon

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em 5/5/1865, em Santo Antonio de Leverger, MT. Militar, sertanista, indigenista e um dos “fundadores” do Brasil. Descendente dos índios Terena, Bororo e Guará, ficou órfão de pai e mãe bem cedo e foi criado pelo avô e um tio, em Cuiabá, a partir de 1873. Aos 16 anos foi morar no Rio de Janeiro com a finalidade de ingressar na Escola Militar. Em seguida alistou-se 3º Regimento de Artilharia a Cavalo e depois, já promovido a Alferes, entrou na recém-criada Escola Superior de Guerra, em 1888.

Ainda estudante, participou dos movimentos abolicionista e republicano e ingressou no movimento positivista através de seu professor Benjamin Constant. Bacharel em Ciências Físicas e Naturais, em 1890, foi logo promovido a segundo-tenente e, três dias depois, a primeiro-tenente por sua atuação na Proclamação da República, no instante em que o Marechal Deodoro da Fonseca foi promovido a generalíssimo e Benjamin Constant a general. No mesmo ano foi nomeado chefe do Distrito Telegráfico do Mato Grosso e designado para a Comissão de construção da linha telegráfica ligando Mato Grosso a Goiás. Tem inicio sua carreira de desbravador dos sertões, pacificador de índios e expansionista das fronteiras do Brasil através de linhas telegráficas.

Nos anos seguintes até 1907, contatou os índios bororós, tornou-se membro da Igreja Positivista, no Rio de Janeiro e foi nomeado chefe da Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas do Mato Grosso e Amazonas, incumbido de construir a linha telegráfica ente Cuiabá e Porto Velho. Pouco depois fez as ligações telegráficas de Cuiabá e Corumbá com o Paraguai e Bolívia. Enquanto desbravava os sertões, nasceu sua primeira filha, Maria de Molina, no Rio de Janeiro. Mas ele só a viu 18 meses depois. Em 1910 organizou e passou a dirigir o SPI-Serviço de Proteção aos Índios, No ano seguinte pacificou os índios Botocudos, no Vale do Rio Doce, seguido pela pacificação dos índios Kaingangs, de São Paulo (1912). Neste ano foi promovido a coronel de engenharia.

De maio de 1913 a maio de 1914, realizou mais uma expedição para explorar a região amazônica, em conjunto com uma comitiva integrada pelo ex-presidente dos EUA Theodore Roosevelt. Nessa viagem, denominada “Expedição Científica Rondon-Roosevelt”, foi atingido por uma flecha envenenada dos índios Nhambiquaras. Foi salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda e ordenou aos soldados que não reagissem e batessem em retirada. Seu trabalho com a pacificação dos índios e a criação do SPI, evitou um genocídio do índios, o que lhe valeu a indicação para o Prêmio Nobel da Paz por Albert Einstein e referendado pelo Explorer’s Club de Nova Iorque, em 1957. Serviu, também, de inspiração para a viagem que Claude Lévi Strauss realizou na Amazônia, retratada no livro Tristes Trópicos. Por essa época estava sendo construída a ferrovia Madeira-Mamoré, que, junto com o desbravamento e integração telegráfica, ajudaram a ocupar a região do atual estado de Rondônia, cujo nome é uma das justas homenagens que recebeu.

Em 1914, a Comissão Rondon construiu 372 km de linhas e mais cinco estações telegráficas: Pimenta Bueno, Presidente Hermes, Presidente Pena (depois Vila de Rondônia e atual Ji-Paraná), Jaru e Ariquemes, na área do atual estado de Rondônia. Pouco depois pacificou os índios Xokleng, de Santa Catarina e recebeu da Sociedade Geográfica Americana a “Medalha Centenário de David Livingstone” e teve seu nome gravado em ouro no Livro da entidade, como o explorador que penetrou mais profundamente em terras tropicais. Em 1919 foi nomeado Diretor de Engenharia do Exército, cargo ocupado até 1924. Três anos depois, inspecionou toda a fronteira brasileira desde as Guianas até a Argentina. É dele a expressão “Do Oiapoque ao Chuí”. Foi o mais importante registrador de etnias indígenas do Brasil, pois falava várias línguas indígenas, além de outros tradutores que levava em suas expedições.

A “Revolução de 1930”, que levou Getúlio Vargas ao poder, não recebeu seu apoio. Para evitar perseguições ao SPI, demitiu-se de sua direção e concluiu sua terceira e última inspeção das fronteiras internacionais. Nesse meio tempo foi preso em Porto Alegre pelo capitão Góes Monteiro, devido a incompatibilidades com o Governo Vargas, mas logo foi solto. Em 1938 promoveu a paz entre a Colômbia e Peru, que disputavam o território de Leticia, fincada na Amazônia, fronteira do Brasil com aqueles dois países. No ano seguinte, apaziguado com o novo governo, retomou a direção do SPI. Mais tarde manifestou apoio ao Governo Vargas: “por este conduzir a bandeira política e administrativa da Marcha para o Oeste, visando ao alargamento do povoamento do sertão”. A pacificação dos índios Xavantes foi seu último trabalho como pacificador, concluído em 1946. No ano seguinte recebeu o aporte de outro entusiasta na defesa dos índios, que o ajudou na criação de um local exclusivo e de proteção destas etnias.

Em 1947 Darcy Ribeiro ingressou no SPI e passa a ajudá-lo na criação do Parque Nacional do Xingu, em 1952. Em seguida, Darcy fundou o Museu Nacional do Índio, sob sua inspiração direta. Aos 89 anos, através de um Ato do Congresso Nacional, foi promovido a Marechal honorário do Exército. Em 1956 o Território Federal do Guaporé foi alterado para Rondônia em sua homenagem. De volta ao Rio de Janeiro, veio a falecer em 19/1/1958. São inúmeras a homenagens que lhe foram prestadas, além dos nomes de estado, cidades, bairros e logradouros públicos. 5 de maio, dia de seu nascimento, foi declarado Dia Nacional das Comunicações. Em 1967 foi criado o “Projeto Rondon” levando os estudantes universitários brasileiros a conhecer melhor os confins do Brasil, fato que veio confirmar seu caráter de desbravador do Brasil. Em 1/7/2015, seu nome foi inscrito em letras de aço no “Livro de Heróis da Pátria”. Agora há poucos dias, em maio de 2019, o jornalista norte-americano Larry Rohter, chefe do escritório do “The New York Times”, no Rio de Janeiro, de 1999 a 2007, publicou “Rondon, uma biografia”, que poderia ser intitulada como “a biografia”. São 584 páginas, onde a vida de Rondon é esmiuçada, reescrevendo seu papel de explorador brasileiro na etnografia mundial. Tem razão o dito que “santo de casa não faz milagre”. Foi preciso o olhar de um estrangeiro para revelar aos brasileiros a amplitude do legado de Rondon para o país e para os povos indígenas. Para o autor, só o racismo do Hemisfério Norte explica o fato de Rondon não figurar lado a lado com outros exploradores no panteão mundial. “Quase todos os grandes são de origem europeia ou americana, altos, brancos e louros”, conforme declarou à revista Veja em 1/5/2019.

Em seu sepultamento com honras de chefe de Estado, Darcy Ribeiro foi convidado a discursar: “Quero aqui recordar os quatro princípios de Rondon: 1º Morrer, se preciso for, matar, nunca no contato com os indígenas; 2º Respeito às tribos indígenas como povos independentes que, apesar de sua rusticidade e por motivo dela mesma, têm o direito de ser eles próprios, de viver suas vidas, de professar suas crenças e de evoluir, segundo o ritmo de que sejam capazes, sem estarem sujeitos a compulsões de qualquer ordem e em nome de quaisquer princípios; 3º Garantir aos índios a posse das terras que habitam e são necessárias à sua sobrevivência. 4º assegurar aos índios a proteção direta do Estado, não como um ato de caridade ou de favor, mas como um direito que lhes assiste por sua incapacidade de competir com a sociedade dotada de tecnologia infinitamente superior que se instalou sobre seu território. (…) Graças aos esforços de Rondon, sobrevive hoje no Brasil uma centena de milhares de índios que não existiriam sem seu amparo. Aqui estamos para dizer-vos que nada nos fará desanimar do propósito de dedicar o melhor de nossas energias para a realização dos vossos princípios. Nenhum de nós, ninguém, pode substituir-vos. Mas, talvez mil reunidos sob o patrocínio do vosso nome possam tornar menos gritante o grande vazio criado com a vossa morte”.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JÚLIO RIBEIRO – DIVINÓPOLIS-MG

Respeitado, importante, poderoso, influente, prestigioso Editor Berto,

A vingança de Polodoro.

Assim nasceu o Homem Aranha, assim nasceram os petistas.

Desejo a você e a todos os leitores dessa gazeta uma ótima semana!

R. Êita saudação da porra:

“Respeitado, importante, poderoso, influente, prestigioso”

Eu não tinha a menor ideia de que fosse isso tudo!

Fiquei ancho que só a peste.

Agora, quanto à ilustração que você nos mandou, eu desconfio que você ofendeu nosso estimado jegue Polodoro.

Dizer que foram os jumentos que, através de uma mordida, deram origem aos petistas, é uma ofensa muito grave a esta laboriosa classe de quadrúpedes. 

Eu acho que eles não merecem esta pecha.

Um malefício idiotal sempre nasce de outro malefício.

E os jegues nunca foram maléficos. Muito pelo contrário!

Eles são decentes, de bom coração e honestos.

Jamais botariam petistas no mundo.

PENINHA - DICA MUSICAL