A PALAVRA DO EDITOR

CHUPICLEIDE ESTÁ RELINCHANDO DE ALEGRIA

Como vocês devem estar lembrados, eu inventei de extinguir o Jornal da Besta Fubana.

E de me ocupar apenas de um blog vagabundo, sem muitas exigências técnicas ou de hospedagem, que seria atualizado uma vez ou outra.

Isto pra me sobrar tempo pra terminar meu novo romance.

E assim, rompi o contrato que tinha com Bartolomeu, o nosso hospedeiro, e o custo de manutenção caiu de lá cima aqui pra baixo.

Ficou dez vezes menor!

E enviei esta mensagem pra nossa patota, no mês de janeiro passado:

Caros amigos, colunistas e leitores:

Com as modificações que serão introduzidas no nosso jornal, vocês colaboradores estão dispensados de fazer suas doações.

Agradeço do fundo do coração a generosidade de todos vocês.

Os depósitos não serão mais necessários para a manutenção do nosso JBF no novo formato que será implantado.

Brigadão mesmo!!!

Abraços

Acontece que as pressões foram tantas, as cacetadas foram tão pesadas, que eu chega se assustei-me.

Foram xingamentos, esculhambações, pedidos chorosos, pragas e súplicas dengosas.

“Faz isso, não! Volta com a Besta!” 

Minha caixa de mensagens ficou entupida.

E eu, homem sem palavra, cabra frouxo e que não consegue manter o compromisso firmado, voltei atrás.

Perdi completamente a vergonha,  acabei com o blog e trouxe de volta o Jornal da Besta Fubana, este que vocês estão lendo agora.

Atualizado todos os dias. E o dia todo. Com primoroso suporte técnico.

De modo que restabeleci o contrato com o hospedeiro Bartolomeu e o custo voltou a ficar dez vezes maior, como era antes.

Custo contido inteiramente no meu orçamento pessoal, já que esta gazeta escrota, como é do conhecimento de todos, não tem qualquer patrocínio, seja público ou privado.

Nem a Coca Cola, nem a Petrobras, nem a Ford, nem a Prefeitura de Palmares, nem o Magazine Luiza, nem a Presidência da República se alembram-se da gente…

Com isso, atendendo súplicas chorosas de Chupicleide, nossa secretária de redação,  voltamos a receber as generosas doações dos nossos leitores e colunistas.

Abram os corações e os bolsos e ajudem a pagar o décimo terceiro e os salários atrasados em vários meses desta incansável funcionária do JBF.

Aí do lado direito estão todos os dados necessários para concretização deste piedoso ato de caridade e humanitarismo.

Antecipadamente agradeço a generosidade e a participação da comunidade fubânica, a grande força que mantém nos ares este jornaleco safado.

Continuaremos sendo um espaço aberto, democrático, sem cortes, censura ou moderação, e acolhedor de todas as tendências e manifestações.

Chupicleide se rindo-se de alegria com a volta das doações

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MARCOS ARAUJO – CAMPINAS-SP

Grande Luiz Berto,

Me chamo Marcos Araujo, potiguar, morador de Campinas-SP há 2 anos.

Estou aposentado e sou Personal Palmer* do Tico Mendes. (O cara contratado para puxar as palmas nos shows).

Antecipando-me ao ciclo junino que sucederá o carnaval, submeto à sua apreciação certeira o vídeo seguinte, com uma aula do pamonhólogo TICO MENDES:

Abração deste admirador do seu humor.

R. Meu caro, ao me chamar de “grande” você me fez relembrar uma frase de Eurico Coqueirão, um cabra bem alto que tinha lá em Palmares, nos tempos da minha infância.

Quando alguém dizia que ele era “grande”, ele respondia na bucha:

– Grande é Deus! Eu sou mesmo é comprido.

Como costumava dizer Otacílio, o filósofo da cidade, Eurico era “mais comprido do que um dia de fome“.

Gratíssimo pela força e pela audiência, caro Marcos Araújo.

Vocês leitores são a base de sustentação desta gazeta escrota.

E vamos ao vídeo que você nos mandou, no qual consta o seu nome como autor da música.

Só faltou dizer em que cidade é que que fica este belo cenário de fundo.

Parabéns, seu cabra!

Como costumo dizer, por aqui só tem gente malassombrada.

A interpretação multi linguarada é com o excelente Tico Mendes.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MARCOS ANDRÉ M. CAVALCANTI – RECIFE-PE

Berto, bom dia.

Segue texto de um grande amigo, José Djacy Veras, (escritor, poeta, advogado), que homenageia os cordelistas brasileiros.

Como o JBF comporta grande numero de colunistas mestres cordelistas, vai aí uma singela homenagem a todos eles.

* * *

O MAIOR CORDELISTA DE TODOS OS TEMPOS – José Djacy Veras

Leandro Gomes de Barros, nasceu em Pombal o Estado da Paraíba no dia l9 de março de 1865 e faleceu no Recife, no dia 04.03.19l8. Saindo da sua cidade natal, ainda veio a residir, também, no Estado da Paraíba, na Cidade do Teixeira, berço dos maiores poetas repentistas e violeiros do Nordeste do Brasil. Depois de enfrentar uma vida dura, incerta e de muitas dificuldades, veio a residir na Cidade de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. Era um profundo conhecedor e estudioso, por vocação, tornou-se um profundo conhecedor do fenômeno poético popular dos Sertões do Nordeste, com ênfase, na produção de cordéis que vendia aos milhares por onde se apresentava.

Já muito conhecido, veio residir em Recife, onde em sua arte, alcançou toda glória e apogeu, montando nas proximidades do Mercado Público de São José, uma gráfica e oficina de Xilogravura, consolidando-se no universo da poesia popular e cordelística de todo o Brasil, oportunizando aos seus pares à divulgação e impressão dos seus folhetos e opúsculos poéticos.

Muitos citam Leandro como o primeiro poeta a publicar estórias versadas no Brasil, em l889, quando já residia em Recife. Foi considerado o maior poeta popular brasileiro. Carlos Drummond de Andrade, outro grande poeta da lingua Portuguesa, chegou a chamá-lo de “o rei da poesia do Sertão”.

Em artigo publicado no Jornal do Brasil, Drummond assim escreveu: “Em 1913, certamente mal informados, 39 escritores num total de 173, elegeram por maioria relativa Olavo Bilac, príncipe dos poetas brasileiros. Atribuo o resultado à má informação porque o título, a ser conhecido, só podia caber a Leandro Gomes de Barros, nome desconhecido no Rio de Janeiro, local da eleição promovida pela revista Fon-Fon!, mas vastamente popular no Norte e Nordeste do país, onde suas obras alcançaram divulgação jamais sonhada pelo autor de Ouvir Estrelas”.

O pesquisador Luiz da Câmara Cascudo confirma: “conheci o velho Leandro Gomes de Barros. Viveu, com família e decência, exclusivamente de escrever versos, imprimí-los e vendê-los às dezenas de milhares. Tudo quanto escrevia era imediatamente lido pelo povo.

Foi autor de folhetos sem ocaso na predileção sertaneja e Nordestina”.

Sua produção total está estimada em aproximadamente 1.000 títulos, entre os mais famosos, a estória do boi misterioso, o príncipe e a fada, batalha de Oliveiros com Ferrabrás, O cachorro dos mortos , O pavão Misterioso, O valente Zé Garcia, A princesa da pedra, Dona Genevra e Bernardo, Juvenal e o dragão, que só na primeira tiragem,vendeu mais de l0.000 folhetos. Publicou em versos resumo biográfico dos precursores do repente Ugulino Nunes da Costa, Bernardo Nogueira, Francisco das Chagas Batista e de outros tantos.

Neste ano de 2016, comemora-se os 98 anos da morte de Leandro Gomes de Barros, o grande mestre do cordel e, como dito por Drummond, “o rei da poesia do sertão do Brasil em estado puro”.

Disse a professora do programa de pós-graduação em cuminação e semiótica da PUC/SP, Gerusa Pires Ferreira, um dos mais significativos dos cordéis de Leandro, sem dúvida, é a Batalha de Oliveiros com Ferrabrás, quando diz que o poeta em sua constante, revela a competência e potência de seus versos, transitando por vários domínios no campo do cordel.

Hoje, Dezenove de Março, quando se comemora o dia do cordelista, não poderia deixar de render minhas homenagens, ao extraordinário nordestino, ao poeta maior da trova e do romance versado de quem se tem notícia no Brasil:

LEANDRO GOMES DE BARROS

Parabéns aos poetas do Brasil, aos repentistas e cordelistas dos “Brasis” nordestinos !

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MARCELO BERTOLUCCI – CURITIBA-PR

Bom dia, excelentíssimo Berto.

Segue uma coleção de frases que acredito merecem ser publicadas no melhor jornal deste país.

R. Me adesculpe-me, caro leitor, mas chamar esta gazeta escrota de “o melhor jornal deste país” é muito pouco.

Muito pouco mesmo.

Com a modéstia que me é peculiar, acho que o mais correto seria dizer que ela é “o melhor jornal deste mundo“.

Mesmo assim, saiba que fiquei ancho que só a porra com sua avaliação!

E vamos às frases que você nos mandou:

James Madison (16/03/1751 – 28/06/1836) foi o quarto presidente dos EUA. Madison é considerado o “Pai da Constituição” por seu papel fundamental na elaboração e promoção da Constituição dos Estados Unidos e da Declaração de Direitos. Madison fez uma grande contribuição para a ratificação da Constituição escrevendo, com Alexander Hamilton e John Jay, os ensaios federalistas. No Congresso, ele ajudou a estruturar a Declaração de Direitos e a promulgar a primeira legislação tributária. Foi um dos fundadores do Partido Republicano.

Eis algumas de suas lições:

“Será pouco útil que as leis sejam feitas por homens eleitos pelo povo, se elas forem tão volumosas que não possam ser lidas, ou tão incoerentes que não possam ser entendidas.”

“Há mais exemplos da abreviação de liberdade das pessoas por invasões graduais e silenciosas por parte do poder, que por usurpações violentas e repentinas.”

“Supor que alguma forma de governo pode assegurar liberdade ou felicidade a um povo sem virtudes é uma ideia absurda.”

“Os opressores podem se tornar ditadores apenas quando conseguem um exército permanente, uma imprensa escravizada e uma população desarmada.”

“O objetivo da Constituição é restringir a capacidade da maioria de prejudicar uma minoria.”

“A crise é o alimento do tirano.”

“O conhecimento governará para sempre a ignorância; um povo que quer ser seu próprio governante deve armar-se com o poder do conhecimento.”

“Desarmar as pessoas: esse é o melhor e mais eficaz modo de escravizá-las.”

“Se homens fossem anjos, nenhum governo seria necessário.”

“O problema a ser resolvido não é qual forma de governo é perfeita, mas qual das formas é menos imperfeita.”

“A verdade é que todos os homens que têm poder devem ser vistos com desconfiança.”

“A caridade não faz parte do dever do governo.”

“Sempre que houver interesse e poder para fazer o que é errado, o erro geralmente será feito.”

“A essência do governo é o poder; e o poder, alojado como deve ser, nas mãos humanas, será sempre passível de abuso.”

“Uma dívida pública é uma maldição pública e, em um governo republicano, mais do que em qualquer outro.”

“Eu sou amigo de um sistema de comércio muito livre; grilhões comerciais geralmente são injustos, opressivos e impolíticos.”

“Nas repúblicas, o grande perigo é que a maioria não respeite suficientemente os direitos da minoria.”

“Os meios de defesa contra o perigo estrangeiro historicamente tornaram-se os instrumentos da tirania em casa.”

“O direito pessoal de adquirir propriedade, que é um direito natural, dá à propriedade, quando adquirida, um direito à proteção, como direito social.”

“A proteção dos direitos das pessoas e dos direitos de propriedade são os objetos para os quais o governo foi instituído.”

“Exércitos, dívidas e impostos são os instrumentos conhecidos para deixar muitos sob a dominação de poucos.”

PENINHA - DICA MUSICAL