RODRIGO CONSTANTINO

“Desconfie de pesquisas pouco tradicionais e com resultado que diverge de TODAS as outras. Por sinal, hoje tem DATAFOLHA!!! Experiência, correção, segurança e a melhor informação”, escreveu no Twitter a “jornalista” Mônica Bergamo na véspera da eleição deste domingo. O Datafolha dava uma margem de 14 pontos para Lula, colocando apenas 36% de intenção de votos para Bolsonaro. Isso sem falar do restante, para senadores, governadores e deputados.

Guilherme Fiuza, após o resultado, comentou: “Chega de poesia: o ‘erro’ grotesco dos ‘institutos’ se chama MENTIRA – devidamente embalada pela imprensa. E que coincidência: os mentirosos estiveram SEMPRE alinhados com o TSE para impedir que a eleição pudesse ser AUDITÁVEL. Brasil, decide aí se quer continuar brincando disso”.

De fato, precisamos explicar o óbvio: erro, em estatística, é sempre aleatório. Se houver uma inclinação de lado constante para o tal “erro”, não se trata mais de erro, e sim de viés. Os “institutos”, que não são institutos, e sim empresas que buscam o lucro vendendo esse serviço, que tampouco é científico como alegam, provaram inúmeras vezes que “erram” sempre para o mesmo lado: favorecendo candidatos de esquerda.

São como o Saci Pererê: só pulam com uma perna. Estão sempre inflando as expectativas dos candidatos esquerdistas, e sempre subestimando as chances dos candidatos mais à direita. Alguns casos foram bem grosseiros, como para o governo do Estado mais rico do país, que colocou Tarcísio Freitas, o ex-ministro de Bolsonaro, como o primeiro colocado com larga margem, ou então para o Senado por São Paulo, com o Datafolha colocando Márcio França como líder com 45% de intenção de voto, ou ainda a disputa para o Senado pelo Paraná, que dava Álvaro Dias como favorito, enquanto ele acabou ficando em terceiro.

Tais “pesquisas” acabam influenciando muitos eleitores, e aí reside o maior problema. Alguns liberais mais ingênuos repetem que o próprio mercado cuida disso, pois empresas que só erram acabam perdendo a credibilidade. Ocorre que nas “lojinhas de porcentagem”, como brilhantemente chamou Augusto Nunes, o que se vende muitas vezes não é um serviço de previsão acurada, mas sim de resultados falsos para justamente influenciar o pleito. E isso é criminoso!

Siga o dinheiro, diria um típico detetive americano. Banqueiros petistas e emissoras de oposição bancam essas pesquisas, e as mesmas empresas de sempre disputam esse “mercado”. Em seguida, a própria imprensa coloca essas “pesquisas” como pauta de debate, e todos os comentaristas, até aqueles como eu, que nunca levaram a sério tais resultados, são obrigados a “analisar” os dados como se fossem reais e científicos. Isso é enganação pura!

Não por acaso alguns políticos começam a falar em criar uma CPI para investigar esses “institutos” de pesquisa, o que seria muito saudável para nossa democracia. Aproveitando a onda bolsonarista que elegeu inúmeros deputados e senadores alinhados ao governo, essa seria uma pauta bastante relevante no começo da própria legislatura. Algo precisa ser feito. Não podemos mais continuar brincando de pesquisas com essa imprensa vendida que tem lado.

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que foi reeleito neste domingo, 2, disse que vai apresentar um projeto de lei na Câmara dos Deputados para punir os institutos de pesquisas que divulgarem levantamentos cujos resultados não confiram com o que for computado nas urnas além da margem de erro.

“Eu vou apresentar um projeto de lei já amanhã [hoje], tornando crime pesquisas que, publicadas, não confiram com a urna além da margem de erro. Se diz que é uma técnica, é uma fotografia, então, a fotografia tem de ser verdadeira. Não tem cabimento uma pesquisa influenciando o eleitor, porque, infelizmente, no Brasil, tem eleitor que não quer perder o voto”, disse o deputado, em entrevista para o UOL. Barros é o líder do governo federal na Câmara dos Deputados.

“Não podemos permitir que haja manipulações de resultados em pesquisas eleitorais. Isso fere a democracia. Nada justifica resultados tão divergentes dos institutos de pesquisas. Alguém está errando ou prestando um desserviço. Urge estabelecer medidas legais que punam os institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura”, publicou o presidente da Câmara, Arthur Lira, em suas redes sociais, antes mesmo dos resultados tão discrepantes.

Em seu editorial, a Gazeta do Povo constatou que os “erros em série” mostram que há algo de muito grave nesses “institutos”: “Jogar a culpa dos erros de 2018 nas costas de uma suposta volubilidade do eleitor foi apenas uma maneira de empurrar o problema para a frente, e ele volta a explodir bem diante dos institutos, que precisam admitir que o produto que entregam não está correspondendo ao que se promete”. A questão é o que e a quem tais empresas lucrativas prometem. Pois para o consumidor geral, o eleitor no caso, sem dúvida o serviço seria considerado um lixo absoluto. Mas e se quem contrata tais “pesquisas” tinha exatamente a distorção da realidade como promessa? Aí não estamos mais falando em erros de metodologia ou amostragem, e sim em crime, estelionato eleitoral.

Até a imprensa internacional chamou a atenção para esse fato. O jornal norte-americano esquerdista New York Times e os argentinos La Nacion e Clarín apontaram os erros das pesquisas eleitorais em relação à votação, que levou Lula e Bolsonaro ao segundo turno. O jornal norte-americano chegou a afirmar que “ficou claro que ele estava certo”, referindo-se às críticas que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez aos institutos. Os analistas subestimaram “a força de candidatos conservadores em todo o país”, disse o NYT.

Eu confesso que comentava de má vontade e cheio de ressalvas as “pesquisas” nos programas de que participo, pois eram pauta obrigatória imposta pela direção. A partir de hoje, eu simplesmente me recuso a comentá-las. Não são caso de análise política, e sim de polícia! Que venha uma investigação profunda sobre bancos, veículos de comunicação e “institutos” de pesquisa, pois não resta a menor dúvida de que esse conluio vem prejudicando nossa democracia.

4 pensou em “CASO DE POLÍCIA

  1. Afinal, quantos, de fato, votam influenciados por pesquisas de intenção de voto? Não devem ser muitos. É verdade que o QI médio do 𝘗𝘪𝘵𝘩𝘦𝘤𝘢𝘯𝘵𝘩𝘳𝘰𝘱𝘶𝘴 𝘣𝘢𝘯𝘢𝘯𝘦𝘯𝘴𝘪𝘴 é bem baixo, 85 (segundo o Population World Review), mas para descarregar a dedada na urna influenciado por resultados de pesquisa precisa possuir um QI de ameba…

  2. “A CAIXA PRETA DO BNDES FOI ABERTA: 578 BILHÕES!”
    Por João Amaury Belem
    Após a confirmação de Palocci dos desvios de mais de 500 Bilhões no BNDES, fizemos uma matéria investigativa para saber onde foi parar esse dinheiro todo.
    E vocês irão se espantar com a farra que o PT fez e o rombo que ele deixou ao financiar obras faraônicas para as “Ditaduras Amigas”.
    Vamos começar pelos 5 maiores devedores do BNDES (e sabemos que a maioria está envolvido na operação Lava Jato):

    ✅ PETROBRÁS………….R$ 62 BI
    ✅ EMBRAER……………..R$ 49.3 BI
    ✅ QUEIROZ GALVÃO….R$ 25.5 BI
    ✅ VALE……………………R$ 22.4 BI
    ✅ ODEBRETCH…………R$ 18.1 BI

    Separamos por obras e países…

    Na VENEZUELA tivemos:

    ✅ Usina Siderúrgica……..R$ 3.2 BI
    ✅ Metrô da Venezuela….R$ 3.3 BI
    ✅ Estaleiro………………….R$ 2.3 BI
    ✅ Ponte Rio Orinoco…….R$ 912 MI

    Nas Ditaduras africanas:

    ✅ Aeroporto de Moçambique…R$ 469 MI
    ✅ Aeroporto de Gana…………….R$ 656 MI
    ✅ Barragem de Moamba…………R$ 1.3 BI
    ✅ BRP de Maputo………………….R$ 656 MI

    É isso mesmo, povo sofrido do Nordeste… Enquanto a seca corre solta por aí, paredões de água e obras de infraestrutura, estradas, aeroportos e barragens foram feitas com o dinheiro de seus impostos para as Ditaduras Africanas, através dos desvios de finalidade que o PT fez com verbas do BNDES.
    Como os “Ditadores amigos” não podiam ficar sem Energia Elétrica, várias hidroelétricas foram construídas em outros países, mesmo sabendo da necessidade de se ter uma em Roraima .

    ✅ Hidroelétrica da Nicarágua….R$ 1.28 BI
    ✅ Hidroelétrica do Equador…….R$ 1.1 BI
    ✅ Hidroelétrica do Peru………….R$ 1.4 BI

    O que mais me chamou a atenção foi a Hidroelétrica de Chaglla, no Peru, onde a Odebrecht fez uma obra faraônica que empregou 5.800 pessoas, financiada pelo BNDES. Foi um desafio de tecnologia, pois era encravada em um vale, mas o pior ainda está por vir. Vocês não vão acreditar…

    Em 2019, e já com dificuldades financeiras, a Odebrecht, que deveria quitar suas dívidas com o BNDES, vendeu a hidroelétrica de Chaglla para um grupo chinês e não pagou sua dívida no Brasil com o BNDES. Deixou tudo para os bancos locais e governo peruano, conforme o próprio site da empresa.
    Não podíamos esquecer a “menina dos olhos” do governo petralha. A Ditadura cubana levou bilhões em obras e empréstimos para o desenvolvimento, empregos e lucros do povo cubano, enquanto o desemprego e a miséria aumentavam no Brasil.

    Porto de Mariel…… R$ 2.557 BI

    Outro país comunista que levou a sua fatia de vantagens financeiras no rombo de 500 BILHÕES do BNDES, vindo do nosso suor, foi a Bolívia, onde foi expropriada a Refinaria de HACIA del NORTE, construída pela Petrobrás, e que Lularápio não fez nada quando Evo Morales nos roubou…
    Não satisfeito, Lularápio e sua quadrilha construíram, através das empreiteiras envolvidas na Lava Jato, várias obras também no PANAMÁ, entre elas um moderníssimo metrô, rodovias e hidroelétrica.

    ✅Metrô do Panamá……..R$ 3.7 BI
    ✅Autopista de Cólon……R$ 572 MI
    ✅Hidroelétrica…………….R$ 1.28 BI

    Los hermanos argentinos, através da Cristina Kirchner, também mamaram nas nossas tetas… Além de um empréstimo de R$ 8 Bilhões em dinheiro, ainda ganharam um aqueduto para matar a sede, enquanto o nordestino morre na seca.

    Aqueduto de Chaco…..R$ 675 MI

    E nós ainda tivemos os EMPRÉSTIMOS EM DINHEIRO, que foram feitos a estes países:

    ANGOLA…………..R$ 14.000.000.000,00
    VENEZUELA……..R$ 11.000.000.000,00
    CUBA……………….R$ 3.000.000.000,00
    ARGENTINA……..R$ 8.000.000.000,00

    Sim! BILHÕES têm todos estes zeros…
    E não somente países levaram seus BILHÕES, empreiteiras brasileiras também tiveram empréstimos feitos pelo BNDES, vamos lá:

    ODEBRETCH ……………R$ 36 BI
    A. GUTIERREZ…………..R$ 8 BI
    QUEIROZ GALVÃO……..R$ 3 BI
    CAMARGO CORRÊA…..R$ 2 BI
    OAS…………………………R$ 1 BI

    Antes que alguém venha perguntar como chegamos a estes valores, nossa fonte foi o próprio site do BNDES (e está tudo disponível no Google) podemos identificar esse montante de R$ 578 BILHÕES. Se tiver dúvidas é só você checar, basta ter boa vontade.”

  3. Sim, sou nordestino, mas não aceito o “desprezo” por Bolsonaro, vocês receberam as “águas do São Chiquinho” não do Ladrão e que custou o triplo do empenhado, mas, do Capitão Bolsonaro. Pensem bem meus irmãos, se dependence do LulaVagabundo, VOCÊS jamais receberiam esta dádiva! Seus governos petistas, receberam BILHÕES de reais para combater a pandemia e roubaram, tiveram suas dívidas prorrogadas é tanto, que “todos” estão com folhas em dia e sobra de dinheiro. Quem pagou esta conta? Capitão Bolsonaro!!!!

  4. Sugiro ao deputado que antes de apresentar esse projeto ele converse com alguém que usa estatística, que trabalha com análise de dados. Ao dizer “Eu vou apresentar um projeto de lei já amanhã [hoje], tornando crime pesquisas que, publicadas, não confiram com a urna além da margem de erro” ele está cometendo um erro. O ideal da pesquisa é que ela se enquadre, NÃO ALÉM DA MARGEM DE ERRO, mas DENTRO DA MARGEM DE ERRO. Se é previsto que um candidato terá 45% dos votos com uma margem de 2% para mais ou para menos, então, se espera que a votação dele seja entre 43% e 47% para manter a confiabilidade em 95%. O problema das pesquisas é o viés. No meu entendimento todas estas pesquisas foram realizadas no intuito de influenciar voto de eleitores. Seria mais importante esclarecer a metodologia. Eu escolho uma amostra usando uma função do Excel chamada aleatorioentre (assim junto mesmo). Eu publiquei um texto aqui no JBF falando como faço para selecionar uma amostra. Outro detalhe é que, no caso da pesquisa, usa-se uma proporção e dentro do erro padrão está a proporção que queremos estimar. Ai, como não temos o valor real, usando uma estimação: número de casos favoráveis/número de casos totais. Para isso ter alguma segurança, o número de casos totais deve ser grande. .

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