CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

CARLOS ALBERTO – MACAÉ-RJ

Preclaro Editor.

Ouvindo nosso (queiram ou não) Presidente lançar suspeitas sobre ONGS nas queimadas, me lembrei do caso da “vassoura de bruxa” em 1989, quando a Veja (sempre ela) publicou:

“Franco Timóteo confessou ter organizado ações para espalhar a praga nas lavouras cacaueiras no sul da Bahia com o objetivo de atingir o poder econômico e político dos barões do cacau. Militante do PDT na época, Timóteo acusou pessoas ligadas ao PT de terem ajudado na disseminação do fungo da vassoura-de-bruxa. “Um indivíduo que assume isso está assumindo uma ação criminosa e deve ser responsabilizado”, acrescentou o diretor da Ceplac. Franco Timóteo contou que trouxe os ramos infectados com a vassoura-de-bruxa do Norte do País, onde a praga é endêmica. “

Não se comprovou isso mas a dúvida ficou.

A propósito alguém sabe me dizer prá onde vai essa madeira que tiram da Amazônia?

Deve dar uma graninha legal.

DEU NO X

DEU NO X

DEU NO JORNAL

É MUITA ASSOMBRAÇÃO PRUM DIA SÓ

A Operação Pentiti, 64º fase da Lava Jato, cumpre mandados de busca e apreensão desde a manhã desta sexta-feira.

A operação tem como alvos principais os endereços vinculados ao Banco BTG Pactual, a André Santos Esteves e Maria das Graças Silva Foster, ex-presidente da Petrobras e braço-direito de Dilma Rousseff.

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São duas assombrações da porra.

O banqueiro corruptor ativo e a petralha corrupta passiva.

André Esteves é uma assombração monetária e Graça Foster uma assombração de matar lobisomem de susto.

Vôte!!!

Duas assombrações: uma corruptícia banqueira e outra corruptícia petralheira

DEU NO JORNAL

DEU NO X

DEU NO JORNAL

A ORDEM É BOTAR FOGO EM TODA A AMÉRICA

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que o 747 SuperTanker, o maior avião tanque do mundo, já está a caminho do país para atuar no combate a incêndios florestais.

A aeronave, que tinha sua chegada inicialmente prevista para esta quinta (22), deve chegar sexta-feira, de acordo com o chefe da Defesa Nacional da Bolívia, Javier Zabaleta.

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Por ordens do proprietário do partido, o presidiário Lula, a gerente do PT, Gleisi Hoffmann, acabou de publicar uma nota declarando que o incêndio florestal da Bolívia é culpa de Bolsonaro.

Segundo Gleisi, a botadeira de chifres, que é conhecida pelo codinome de Amante no propinoduto da Odebrecht, a ordem de Bolsonaro é tocar fogo nas três Américas.

Ao mesmo tempo que esta notícia era divulgada, o leitor fubânico Luiz Leal enviou pra nossa redação uma notícia fresquinha, junto com uma foto dinossáurica.

Vejam

DEU NO JORNAL

TEREMOS UM EXCELENTE FINAL DE SEMANA!!!

A Operação Lava Jato está novamente nas ruas nesta bela sexta-feira (23).

A nova fase da maior operação contra a corrupção do mundo foi batizada de “Pentiti” e apura pagamentos da Odebrecht para o esquema do homenzinho preso em Curitiba, com base nas informações colhidas do delator Antonio Palocci.

A Polícia Federal neste momento cumpre mandado de busca e apreensão na casa de André Esteves, dono do Banco BTG Pacrual, tido como o banqueiro de Lula e responsável pela grana que financiou a compra da Revista Veja para o esquema.

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Notícia arretada!

A assombração petralha Graça Foster,  ex-presidente da Petrobras nos tenebrosos tempos lulaicos, também é alvo da pajaraca da Polícia Federal nesta linda manhã de sexta-feira.

Não é por acaso que a bandidagem vive bombardeando a Lava Jato, uma operação que bota presidentes e banqueiros bilionários na cadeira.

Teremos todos um excelente final de semana!

“Puta merda! Se caguei-me todinho! Vou acabar na cela ao lado do companheiro Lula”

DEU NO X

MARCELO BERTOLUCI - DANDO PITACOS

CORREIOS E AEROPORTOS

Tem gente que acha que o governo é necessário para ajudar os mais pobres. Se é verdade que o governo sempre FALA isso, o que ele FAZ costuma ser coisa bem diferente. Taí a lista dos jatinhos financiados pelo BNDES a juros de 2,5% ao ano para comprovar.

Os mais fanáticos pelo governo costumam apresentar uma afirmação peremptória para justificar a presença do governo na economia: os empresários são gananciosos e só atendem onde houver grandes lucros. Esta afirmação contém vários erros.

O primeiro deles: não são apenas os empresários que são gananciosos: todos os seres humanos são. Você conhece alguém que ao se inscrever no vestibular procure a profissão que paga os piores salários? Não, todos procuram o melhor possível, dentro de suas possibilidades. Todo mundo quer ganhar dinheiro. Para usar linguagem mais bonita, os seres humanos são movidos por estímulos. Ganhar dinheiro fazendo algo que as outras pessoas queiram é um estímulo, e dos mais saudáveis. Todas as sociedades humanas funcionam baseadas nisto.

Segundo erro: transformar uma comparação (“grandes lucros”) em uma afirmação absoluta. Afinal, “grandes” comparado com quê? O que é grande para um é pequeno para outro, e é baseado nesta infinita variedade que o livre mercado funciona.

Terceiro erro: falar de “empresários” como se fosse um grupo à parte do resto da humanidade, uma casta fixa e inacessível aos demais mortais, como na antiga Índia. Na verdade, o mundo está cheio de potenciais empresários que só precisam, antes de mais nada, que o governo lhes deixe trabalhar.

Escrevo tudo isso inspirado em um comentário que li em outro blog: Alguém repetiu o velho chavão “O governo não pode privatizar os correios porque a iniciativa privada só vai atender onde houver lucro e as cidades pequenas e afastadas vão ficar desamparadas.” A resposta foi lapidar:

“Se você andar de barco pela Amazônia, em cada pequeno vilarejo que você encontrar pelo caminho haverá um boteco vendendo cerveja e Coca-cola. Se alguém consegue obter um lucro satisfatório fazendo garrafas e latinhas chegarem a estes vilarejos, porque não aconteceria o mesmo com cartas e encomendas?”

O estatista talvez tente argumentar “Ahhh, mas vai custar mais caro…” Sim, e porque não? Quem disse que todas as pessoas do país ou do mundo devem pagar o mesmo preço para enviar uma carta, ou para tomar uma cerveja? Afinal, muitas coisas são mais caras em cidades grandes do que em vilarejos da Amazônia (começando por habitação e transporte) e nem por isso o governo tira dinheiro das cidades pequenas para subsidiar a moradia de quem mora em São Paulo ou Rio de Janeiro.

De qualquer forma, privatizar os correios é uma decisão arriscada. Provavelmente o governo cederá a pressões de todos os grupos com interesses econômicos ou ideológicos e fará uma série de concessões (garantia de empregos, exigências de atendimento, tabelamento de preços, etc.) Quanto maiores estas concessões, maior o risco e menor a chance de empreendedores sérios se interessarem. Em outras palavras, cresce a chance de termos mais um compadre do governo fingindo uma privatização. Ironicamente, algumas pessoas acham que quando o governo subverte o livre mercado favorecendo os seus amigos, a solução é mais governo e menos livre mercado.

Vou mudar de assunto para uma comparação que ilustra bem o problema: O (des)governo Dilma “privatizou” cinco aeroportos, e Temer, mais quatro. (Sim, o termo técnico é “concessão”, mas esta é uma questão mais ideológica e de “fetiche vocabular” que outra coisa)

A diferença: nas privatizações da Dilma, a Infraero continuaria sócia dos aeroportos. Nas do Temer, não. Quando os ministros da Dilma anunciaram o projeto, soltaram fogos e prometeram que as maiores empresas do mundo participariam do leilão. Só esqueceram um detalhe: qual o louco que quer botar bilhões num negócio para ter uma estatal como a Infraero de sócia, com seus apadrinhados, seus “funças” indemissíveis e suas licitações suspeitas? Quem acabou ficando com as concessões foram uns velhos conhecidos dos brasileiros: Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS, Camargo Corrêa e os fundos de pensão do Banco do Brasil, Petrobrás e Caixa.

Na rodada de privatizações do governo Temer, a Infraero ficou de fora. Como resultado, os aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza foram comprados por três das maiores administradoras de aeroportos do mundo, uma francesa, uma alemã e uma suíça. Os quatro estão a todo vapor, com reformas e expansões. Os da era Dilma vivem se queixando e pedindo ajuda do governo, claro. O que você esperava de empreiteiras que passaram a vida toda tocando obras com o inesgotável dinheiro público?

De novo, os estatistas vão chiar: “Ahhh, daqui a trinta anos eles vão devolver o aeroporto todo sucateado.” Claro. Você faria diferente? Afinal, quem fez as regras foi o governo. Como não temos maturidade para fazer o óbvio, que é vender os aeroportos, todos, e entender que não é função do governo administrar aeroporto, correio ou posto de gasolina, ficamos nesta brincadeira de “concessão”. O que deveria garantir um bom serviço é a concorrência, que aqui não existe: construir aeroportos é monopólio do governo. (parece até piada: o governo faz uma lei proibindo qualquer um de construir um aeroporto. Aí as pessoas falam “viu, se não fosse o governo não teríamos aeroporto”.) E antes que alguém diga que é utópico achar que pode haver concorrência: Milão, Estocolmo, Ottawa, Copenhagen, Orlando, Varsóvia, Glasgow, são algumas cidades com mais de um aeroporto – e todas elas menores que Belo Horizonte, Fortaleza ou Porto Alegre.

Para completar o assunto da Infraero: atualmente, ela administra 46 aeroportos. Quase todos dão prejuízo. Ora, se uma empresa dá prejuízo, ela precisa baixar a despesa ou subir a receita, ou fechar. Óbvio que esperar que uma estatal reduza despesas é como esperar elefantes voarem; aumentar a receita poderia ser feito com vontade e competência, mas de novo, para que uma estatal vai se dar ao trabalho de ser eficiente e competente se ninguém corre o risco de perder o emprego por causa disso? Seria o caso de fechar, mas aí vem a gritaria da “função social” das estatais. É preciso gastar dinheiro público para manter abertos aeroportos deficitários, e fingir que isso vai beneficiar os pobres. Afinal, é preciso continuar acreditando que o governo cuida de nós.