DEU NO JORNAL

DEU NO X

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

MÃE – Miguel Torga

Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?

Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.

Chamo aos gritos por ti – não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto – sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.

Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim! 

Colaboração de Pedro Malta

DEU NO X

DEU NO X

MEDIDA DEMAGÓGICA

* * *

Gleisi Hoffman enviou ao Jornal da Besta uma nota de protesto contra esta medida do governo.

Ela disse que isso é um absurdo, uma demagogia que vai custar caro aos cofres públicos.

Gleisi declarou que o que tem de ser zerada é a tarifa de importação de óleo para azeitar chifres.

DEU NO X

AS LEIS BANÂNICAS

* * *

Não foi só Alexandre Nardoni, assassino do próprio filho, que ganhou “saidinha” pra comemorar o Dia dos Pais.

Suzane von Richthofen, que matou o pai e a mãe, e está cumprindo pena de 39 anos, também teve direito à “saidinha”.

Foi no mês de maio passado, para comemorar o… Dia das Mães.

A diputada petista Maria do Rosário declarou ao Jornal da Besta que isto é justo e certo.

Trata-se de uma grande conquista das lutas pelos Direitos dos Manos.

Um exemplo que deveria ser seguido pelo governo do Estados Unidos. Um país atrasado e subdesenvolvido, segundo Maria do Rosário, que trata seus presidiários muito mal e sem direito a “saidinhas”.

Mark Chapman, o assassino de John Lennon, engaiolado há 39 anos e cumprindo uma sentença de prisão perpétua, já teve negados 10 pedidos de liberdade condicional. Nunca saiu da cadeia nem pra dar uma mijadinha.

Na foto abaixo, a matricida Suzane saindo da penitenciária feminina, ao lado do seu macho, pra comemorar o Dia das Mães.

Foi direto da penitenciária pro motel.

A PALAVRA DO EDITOR

O PADRE QUE MATOU O BISPO

O colunista fubânico George Mascena, no dia 2 deste mês de agosto, publicou aqui um texto com este título: SANGUE NO PALÁCIO: A HISTÓRIA DO PADRE QUE MATOU O BISPO

Um relato que conta como o Padre Hosana de Siqueira matou a tiros o bispo da diocese de Garanhuns, Dom Francisco Expedito Lopes, no mês de junho de 1957, cuja leitura eu recomendo aos leitores que ainda não acessarem este texto.

Um crime chocante que abalou Pernambuco e o Brasil, e que foi notícia no mundo todo.

Eu tinha 11 anos de idade e me recordo perfeitamente da comoção que o fato causou.

Naquele tempo, Palmares ainda não havia ascendido à condição de bispado e a nossa paróquia era subordinada à diocese de Garanhuns. Dom Expedito foi o bispo que me crismou.

Quiterinha, minha saudosa mãe, antes de se encantar me deu de presente a sua coleção de revistas O Cruzeiro, que ela comprava semanalmente.

Entre os vários números que tenho aqui comigo, um deles contém a matéria sobre o assassinato de Dom Expedito, de onde tirei as fotos que estão a seguir.

Na foto abaixo, à esquerda, aparece o Padre Hosana, logo após a ser preso. Continuou com a cara mais cínica do mundo. Na foto à direita, aparece Dom Expedito, baleado no peito, ainda vivo, em seus últimos minutos, sendo consolado pelo Padre Acácio Rodrigues Alves.

Padre Acácio viria a ser o primeiro bispo da Diocese de Palmares, criada no ano de 1962.

Já na condição de bispo, Dom Acácio teve uma participação muito importante na minha vida, quando eu fazia militância política estudantil naquele interior agitado dos tempos do governo Arraes.

Conversei muito com aquele bispo querido, aquelas dúvidas de adolescente em tempo de mulher, meio menino, meio homem.

Teve uma noite que invadimos a madrugada e amanhecemos o dia, conversando no terraço do Palácio Episcopal. Ele mais ouvia do que falava.

Dom Acácio é personagem do meu romance A Guerrilha de Palmares.

Na foto abaixo, Dom Expedito aparece junto com Padre Hosana, seu assassino, destacados pelos círculos. 

Na fileira de baixo, do lado esquerdo aparece um padre careca, de óculos escuros. É o Padre Abílio Américo Galvão, o sacerdote que me batizou e me deu a primeira comunhão.

Na fileira seguinte, logo atrás de Padre Abílio, aparece o Padre Acácio, que viria a ser o primeiro bispo de Palmares, e em cujos braços Dom Expedito morreu.

Padre Abílio foi uma figura marcante na história de Palmares e na minha infância. Levei muitos cascudos dele pra me portar direito nas procissões.

Não tem um só menino da minha época que não tenha levado cascudo de Padre Abílio!

Eram as paixões da vida dele: tomar torrado (rapé) e dar cascudo em menino.

Na ilustração abaixo, está a minha certidão de batismo com a sua caprichada assinatura: Padre Abílio Américo Galvão. 

Uma saudade me bateu nos peitos e eu não resisti: tive que contar essa história.

Peço desculpas aos meus pacientes leitores.

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CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

ROGERIO – RIO DE JANEIRO-RJ

Berto,

quero comprar seus livros.

Por favor, indique um site.

Abraços

R. Meu caro leitor, todos os meus livros podem ser adquiridos através da Bagaço, a maior editora do norte e nordeste do Brasil, responsável pela modesta obra deste escritor.

Basta você clicar aqui para acessar a página da editora. Lá você faz a busca com toda tranquilidade, seguindo as instruções.

A compra pode ser feita com toda segurança via internet, e você receberá os volumes pelos correios.

Além dos títulos que estão na ilustração acima- que são a novela A Serenata e mais três romances -, também pode ser adquirido o livro de crônicas “A Prisão de São Benedito“, cuja sexta edição acabou de ser lançada.

É isto mesmo: sexta edição. Um livro que vende muito.

Uma coisa que me deixa ancho que só a porra!

Já a quarta edição d’O Romance da Besta Fubana será lançada ainda neste semestre. Acabei de fazer a revisão final. É outro título muito procurado pelos leitores.

Por favor, meu caro, me dê notícias se correu tudo certo e me avise quando receber os livros.

Vou ficar aqui torcendo pra que gosta da leitura.

Abraços e um excelente final de semana!

DEU NO JORNAL

O PCC DECAIU DEMAIS: TEVE DIÁLOGOS CABULOSOS

Uma liderança do PCC que teve conversas interceptadas pela Polícia Federal afirmou que a facção criminosa tinha um diálogo cabuloso” com o PT.

As conversas grampeadas são de abril deste ano e foram captadas pela Operação Cravada, que mira o núcleo financeiro do grupo.

Alexsandro Roberto Pereira, conhecido como “Elias” ou “Veio”, xinga Sergio Moro e reclama da falta de diálogo com o atual governo.

Com ‘nóis’ já não tem diálogo, não, mano. Se vocês estava [sic] tendo diálogo com outros, que estava na frente, com nóis já não vai ter diálogo, não. Esse Moro aí, esse cara é um filha da p…, mano. Esse cara aí é um filha da p… mesmo, mano. Ele veio pra atrasar”, diz o criminoso.

Elias prossegue:

Ele começou a atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nóis tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nóis, cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nóis ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano. Mas o PT, ele tinha uma linha de diálogo com nois cabulosa, mano.

* * *

Em princípio, esta parece ser uma notícia espantosa, escandalosa, absurda.

Mas, em se tratando do PT, tudo é possível.

Temos apenas uma associação entre uma quadrilha de “excluídos pelo capitalismo burguês” e uma quadrilha política de canalhas zisquerdóides.

As duas chefiadas por bandidos condenados e presos.

Uma reportagem do Jornal da Record escancarou esta situação surreal e banânica.

Vamos repetir o vídeo:

A propósito deste assunto, recebemos do leitor Simão Dantas um veemente protesto.

Este que está abaixo transcrito:

“Nunca pensei que chegariam a este nível tão baixo, negociando e conversando com o pior tipo de escória deste país. Se a imagem já era péssima, hoje ela foi pro lixo. Não imaginei mesmo que vocês chegariam a isso PCC. Negociar com petista já é demais”.